Mousse de chocolate ou de coco

Posted in Tutoriais on 25/05/2018 by Allan Taborda

Mousse de chocolate ou de coco

Ingredientes:

– Um liquidificador com capacidade de, pelo menos um litro e meio;

– Duas caixas (com 200 gramas cada) de creme de leite, com soro e tudo, e pode ser daquelas marcas onde não dá para separar o soro;

– Uma caixa (daquelas com 395 gramas) de leite condensado;

– Dois envelopes de gelatina em pó sem sabor (geralmente, quando você compra, já vem com dois). Evitar a marca Apti, pois a gelatina dessa marca não dissolve direito, mas serve também se não tiver outra;

Se o mousse for de chocolate:

– 100 ml de leite integral ou semidesnatado (desnatado talvez sirva, mas não testei com este leite);

– Quatro colheres de sopa de chocolate em pó daquelas cuja concentração de chocolate é de 50%, preferencialmente das marcas Garoto (“Chocolateria Garoto”) ou Nestlé (aquele com dois padres na embalagem). Chocolates em pó com concentrações diferentes de 50% (de 32% até 100%) devem servir, mas não testei a receita com tais compostos. Achocolatado em pó não servem, visto que, além de não terem uma boa concentração de chocolate, possuem açúcar, adoçando excessivamente a receita;

Se o mousse for de coco:

– Dois vidros (com 200 ml cada) de leite de coco;

Modo de preparo:

Adicione todos os ingredientes no liquidificador, exceto a gelatina em pó. Pode adicionar os ingredientes em qualquer ordem, mas eu recomendo que coloque os ingredientes mais líquidos primeiro, pois facilita a mistura. Bata o conteúdo do liquidificador durante uns três minutos, ou pelo menos até ficar tudo homogêneo.

Prepare a gelatina conforme as instruções da embalagem, preferencialmente no forno micro-ondas por ser mais rápido. Adicione no liquidificador e bata por, pelo menos, mais um minuto. Se for preparar um envelope de gelatina e depois o outro, bata no liquidificador a cada envelope preparado.

Despeje a mistura em formas pequenas e coloque as mesmas na geladeira por, pelo menos quatro horas. Após este período, o mousse estará pronto.

Rendimento: cerca de 7 porções (caso o mousse seja de chocolate) ou cerca de 8 porções (caso o mousse seja de coco, por ter mais líquido na mistura).

Caso não tenha visto, eu postei em 2014, junto a outras receitas, uma receita de mousse de algum sabor qualquer aqui no blog, que pode ser acessada através do link neste parágrafo. A receita de mousse deste post é baseada nesta receita de 2014 que, apesar do nome, não permite obter um mousse de chocolate. No caso do mousse de coco, a receita deste post se mostrou melhor que a do post de 2014.

Investindo além do Tesouro Direto

Posted in Tutoriais on 31/12/2017 by Allan Taborda

No último post deste blog, falei sobre o Tesouro Direto, como investir no mesmo, os diferentes tipos de título e outras informações importantes. Mas há outras opções de investimento além do Tesouro Direto, algumas com rendimentos acima deste. Neste post, falarei sobre algumas dessas opções de investimento.

Observação: é recomendável ler o post anterior a este, onde eu falo sobre o Tesouro Direto, antes desse aqui, visto que algumas informações sobre o Tesouro Direto, como a tabela do imposto de renda e como abrir conta em uma corretora e transferir o dinheiro para a mesma, também valem para essas outras opções de investimento.

Há dois tipos de investimento: renda fixa e renda variável. Os investimentos de renda fixa são aqueles onde a fórmula de rendimento é predefinida, ainda que os ganhos variem em razão de um indicador variável, como a taxa Selic (nestes casos, diz-se que a rentabilidade é pós-fixada). O Tesouro Direto é considerado como investimento de renda fixa e seus títulos seguem fórmulas predefinidas de rendimento: o Tesouro Selic rende a taxa Selic, o Tesouro Prefixado rende um percentual prefixado e o Tesouro IPCA+ rende um percentual prefixado mais a inflação do período. Outros exemplos de investimentos de renda fixa são CDBs, LCIs, LCAs, LCs, debêntures, CRIs, CRAs, LFs, previdências privadas e a infame caderneta de poupança. Este post será focado em investimentos em renda fixa.

Já os investimentos de renda variável são aqueles onde não há uma fórmula de rendimento predefinida e os ganhos não podem ser dimensionados, podendo inclusive haver perdas de dinheiro. Muitos investimentos de renda variável podem ter natureza especulativa, isto é, se investe esperando que o ativo valorize, vendendo o mesmo na alta, correndo o risco do ativo se desvalorizar. O exemplo clássico de investimento em renda variável são as ações negociadas nas bolsas de valores. Além das ações, há também, dentre outros investimentos de renda variável, imóveis, ouro, moedas estrangeiras e criptomoedas, como o Bitcoin. Não falarei sobre investimentos em renda variável neste post, visto que o foco do mesmo é a renda fixa, que é mais segura para se investir, principalmente para iniciantes em investimentos.

Para alguns investimentos de renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs, LCs e poupanças, há a garantia do Fundo Garantidor de Crédito, o FGC. Ou seja, em caso de quebra da instituição financeira responsável pelo título de investimento, o FGC paga o valor do mesmo, e este pagamento ocorre dentro de alguns meses (o período não é exato). O FGC garante investimentos de até 250 mil reais por CPF e por instituição financeira. Saldos de contas correntes também são cobertas pelo FGC, ainda que não sejam investimentos. O FGC não cobre investimentos em CRIs, CRAs, LFs, previdências privadas, debêntures e títulos públicos, incluindo os do Tesouro Direto (e os títulos públicos nem precisam de garantia do FGC, pois o governo já garante tais investimentos).

Alguns títulos de investimento de renda fixa são indexados por uma porcentagem do CDI (às vezes chamado de DI), que é uma taxa próxima à taxa Selic. A diferença entre a Selic e a CDI é que a Selic é a média ponderada da taxa de juros de todos os empréstimos interbancários com títulos públicos sendo dados como garantia, enquanto a CDI também, só que com outros títulos que não os títulos públicos sendo dados como garantia, geralmente títulos emitidos pelos próprios bancos. Outros usam outras fórmulas de rendimento (por exemplo, um percentual prefixado mais o índice IPCA, tal como o Tesouro IPCA+ do Tesouro Direto) ou são prefixados, com um percentual de rendimento predefinido.

Sobre a incidência de imposto de renda, alguns investimentos de renda fixa, como poupanças, LCIs, LCAs e debêntures incentivadas, são isentas de tributação, já outros investimentos, como CDBs, LCs, LFs e debêntures não incentivadas, há a incidência de imposto de renda seguindo a mesma tabela regressiva que eu citei no post anterior, sobre o tesouro direto. Planos de previdência privada possuem esquema de tributação diferente: os com tributação regressiva seguem uma tabela própria, variando de 35% até 10% dependendo do tempo investido, já os com tributação progressiva, a tributação é a mesma do imposto de renda retido na fonte.

Diferentemente do post anterior, eu não irei colocar vídeos explicando cada uma das modalidades de investimento, mas em canais do Youtube como o EconoMirna, o canal da corretora Rico e outros canais de educação financeira existentes, há vídeos explicando, com detalhes, tais opções de renda fixa. Neste caso, eu sugiro que pesquisem, pela busca do Youtube, pelas siglas e nomes dos investimentos que eu citei, e então aparecerão vídeos falando dos mesmos.

Todavia, eu irei resumir o funcionamento de algumas das principais modalidades de investimento de renda fixa (com exceção do Tesouro Direto, no qual eu falei sobre o mesmo no post anterior), em especial os CDBs, as LCs, as LCIs e as LCAs, onde pode-se investir através de corretoras, como a Rico, a XP Investimentos, a Clear Corretora ou a Easynvest.

Os certificados de depósito bancário (CDB) são empréstimos que o investidor faz ao banco (e o banco usa esse dinheiro para emprestar a pessoas físicas ou jurídicas, cobrando maiores que eles pagam aos investidores dos CDBs). Possuem uma data de vencimento na qual o dinheiro investido mais os juros (descontando o imposto de renda) são devolvidos ao investidor.

A maioria é indexada a uma porcentagem do CDI, e é recomendável que se faça investimentos somente em CDBs com juros de, pelo menos, 99% do CDI, ou a aplicação será menos rentável que o Tesouro Selic. Há CDBs, sobretudo os de bancos médios e pequenos, com juros superiores a 120% do CDI. Retornos maiores em CDBs se dão devido a um maior risco do banco quebrar (e para atrair investidores, eles remuneram mais). Como CDBs são cobertos pelo FGC, o investidor não perde dinheiro em caso de quebra do banco, fora que não é todo dia que um banco quebra, e um banco oferecendo CDB com 123% do CDI não significa que ele esteja para falir em um período de dois anos.

Alguns CDBs possuem liquidez diária, ou seja, podem ser sacados em qualquer tempo. Este podem ser usados como reserva de emergência tal qual o Tesouro Selic. Apesar disso, raramente tais CDBs remuneram mais do que 100% do CDI, fora que, sendo uma reserva de emergência, no caso da quebra do banco, o dinheiro só voltará a estar disponível após o pagamento do mesmo pelo FGC, que não é imediato e pode demorar meses, portanto, não recomendo tais CDBs, sendo preferível usar o Tesouro Selic como reserva de emergência.

As letras de câmbio (LCs) são semelhantes aos CDBs (para o investidor, acabam sendo praticamente a mesma coisa que os CDBs), a diferença é que na LC, o dinheiro é emprestado a uma financeira, enquanto no CDB, o dinheiro é emprestado a um banco.

As letras de crédito imobiliário (LCI), tal qual os CDBs, são empréstimos que o investidor faz ao banco, a diferença em relação aos CDBs é que o dinheiro investido é usado em financiamentos imobiliários, sendo pago às construtoras ou aos donos de imóveis, com o imóvel em questão sendo dado como garantia ao banco caso o financiamento não seja pago. A diferença para o investidor é que as LCIs são isentas de imposto de renda. Uma boa LCI é aquela que paga, pelo menos, 85% do CDI, menos que isso, a LCI renderá menos que o Tesouro Selic.

As letras de crédito do agronegócio (LCA) são quase a mesma coisa que as LCIs, a única diferença é que, em vez de financiar empreendimentos imobiliários, o dinheiro é usado em financiamentos de empreendimentos de agronegócio.

Não é recomendado fazer esses quatro tipos de investimento em bancos grandes, como o Itaú, a Caixa Econômica, o Bradesco ou o Banco do Brasil, visto que a rentabilidade oferecida é pequena. Há CDBs que chegam a render menos do que a poupança, como um que eu vi que rendiam ridículos 45% do CDI. A recomendação é que se possua uma conta em uma corretora, que, como eu escrevi no post anterior, funciona como plataformas com diversas opções de investimentos, servindo de intermediária para o investimento em CDBs, LCs, LCIs e LCAs de diversas instituições financeiras. Mas também é possível abrir contas de investimentos em bancos pequenos e médios que oferecem essas modalidades de investimento, como o Daycoval, o BTG Pactual e o Sofisa Direto.

Também não é recomendável manter quantidades maiores do que mil reais na poupança, visto que é a mesma um investimento com rentabilidade baixa, equivalendo a 70% da taxa Selic. Entretanto, a poupança ainda pode ser usada para armazenar uma pequena parte da sua reserva de emergência no valor de até mil reais (o que exceder este valor deve ficar guardado preferencialmente no Tesouro Direto, em títulos do Tesouro Selic), permitindo que esta quantia seja sacada rapidamente para o caso de pequenos imprevistos.

A poupança também pode ser usada como um local temporário para se acumular dinheiro, por um período de até seis meses, até que se atinja um valor mínimo a ser investido em um CDB ou outra aplicação financeira (CDBs, bem com LCs, LCIs e LCAs, possuem um valor mínimo para se investir, podendo ser mil reais, três mil reais, cinco mil reais, dez mil reais ou qualquer outro valor, até mesmo valores bem acima de dez mil reais). Para acúmulos de dinheiro por períodos maiores que seis meses, o Tesouro Selic é o mais indicado.

Sobre fundos de investimento, os mesmos consistem em, basicamente, pagar alguém para administrar um montante de dinheiro a ser investindo em outras aplicações. Eu não recomendo tais fundos, fora que, nos mesmos, há taxas de manutenção que consomem parte dos rendimentos. É preferível você mesmo administrar seus investimentos.

Sobre previdências privadas, o economista Samy Dana, em suas aparições em sua coluna no site de notícias G1, bem como em telejornais da Rede Globo, como o SPTV Primeira Edição, diz que as mesmas só são um bom negócio se não tiverem taxa de carregamento nem taxa de saída, e além disso, a taxa de manutenção não deve exceder 0,7% do valor investido. Como previdências privadas possuem muitos detalhes a ser prestar atenção e são demasiadamente complexas (se eu fizesse um post sobre elas aqui no blog, acho que daria um post duas vezes maior do que o sobre o Tesouro Direto), não sou fã das mesmas, e recomendo o uso do Tesouro IPCA+ para se guardar dinheiro para uma aposentadoria, bem como outros investimentos, como os citados neste post. O Tesouro IPCA+ é bem fácil, é só comprar os títulos.

Enfim, o básico sobre renda fixa além do Tesouro Direto é isso. Claro que eu poderia me aprofundar no tema e explicar outras modalidades de investimento, como as LFs (letras financeiras, semelhantes aos CDBs, mas sem cobertura pelo FGC e que só permite investimento com um montante de, pelo menos 150 mil reais, e que eu nunca vi constarem no rol de opções de investimento da corretora Rico) ou as debêntures (títulos emitidos por empresas e outras instituições, sem cobertura pelo FGC, com incidência de imposto de renda, exceto para as debêntures incentivadas, que fomentam investimentos em infraestrutura), mas o post poderia ficar muito grande e iria além do básico, que é o objetivo deste post. Caso tenha ficado alguma dúvida, deixe um comentário.

Ano que vem tem mais posts neste blog, e o próximo post será sobre criptomoedas como o Bitcoin (spoiler: tome cuidado), bem como outros investimentos em renda variável. Até o próximo post e feliz ano novo!

Investindo no Tesouro Direto

Posted in Tutoriais on 26/11/2017 by Allan Taborda

Muita gente costuma juntar dinheiro para uma finalidade específica, como comprar um imóvel ou um carro, cursar uma faculdade (ou pagar a de algum filho que futuramente venha a cursar alguma) ou mesmo para garantir uma aposentadoria confortável sem depender do governo (ou complementar a que futuramente possa receber). Entretanto, dessa gente, muitos não sabem qual a melhor forma de fazer suas economias e acabam por guardar o dinheiro na poupança ou, no caso das economias serem para uma futura aposentadoria, em planos de aposentadoria privada com taxas de carregamento, saque e manutenção sinistras, corroendo parte de tais economias. Mas há uma forma segura e de melhor rentabilidade do que a poupança e tais aposentadorias privadas, que é o Tesouro Direto.

Investir no Tesouro Direto significa emprestar dinheiro ao governo com juros determinados no momento do empréstimo pelo mesmo, com tais empréstimos sendo representados por títulos da dívida pública. O pagamento de tais títulos é sempre honrado pelo Tesouro Nacional, e o não pagamento dos mesmos acarretaria em um pandemônio econômico, com muitos bancos quebrando (visto que boa parte dos ativos dos mesmos está investida em títulos do Tesouro Nacional) e desemprego disparando a níveis nunca antes vistos, além do país falindo, em uma situação econômica muito pior do que qualquer época que o país tenha vivido, pior até do que a atual situação econômica da Venezuela. Ou seja, o Tesouro Direto é um investimento muito seguro, mais até do que as cadernetas de poupança e outras aplicações financeiras.

Para investir no Tesouro Direto, é necessário ter uma conta em um agente de custódia, que nada mais é do que um banco ou uma corretora habilitados para operar na plataforma do Tesouro Direto, que é provida pela B3, antiga BM&FBovespa, que é a bolsa de valores, mercadorias e futuros de São Paulo, que possui parceria com o Tesouro Nacional. Alguns bancos que são agentes de custódia são o Itaú, a Caixa Econômica Federal, o Banco Inter e o BTG Pactual. Dentre as corretoras que permitem aplicações no Tesouro Direto, temos, dentre outras, a Rico, a XP Investimentos, a Clear Corretora e a Easynvest. A lista completa de instituições financeiras (bancos e corretoras) que permitem fazer investimentos no Tesouro Direto pode ser acessada pelo link abaixo:

http://www.tesouro.gov.br/web/stn/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas

A diferença entre bancos e corretoras seria basicamente os serviços oferecidos pelas instituições, com bancos geralmente tendo serviços como conta corrente, empréstimos, cartão de crédito, CDBs, LCIs e LCAs do próprio banco e outros, e corretoras funcionando como plataformas com diversas opções de investimentos, inclusive servindo de intermediárias para o investimento em CDBs, LCIs e LCAs de diversos bancos, alguns deles pouco conhecidos.

Alguns bancos e corretoras cobram taxas, geralmente ao ano, pelos investimentos feitos no Tesouro Direto, mas a maioria não cobra qualquer taxa. Em relação às instituições financeiras citadas, o Itaú e a Caixa Econômica Federal cobram taxas pelos investimentos, e é necessário uma conta corrente de pessoa física nessas instituições para investir no Tesouro (conta poupança e conta corrente de pessoa jurídica não servem), por isso, eu não recomendo investir a partir desses bancos. Independente do banco ou da corretora, a B3 cobra uma taxa de 0,3% ao ano sobre o valor investido, cobrada em janeiro, julho ou quando o título é resgatado, o que ocorrer primeiro, e a taxa é cobrada pelo tempo proporcional que o dinheiro ficou investido. A taxa é debitada automaticamente do saldo da conta do banco ou da corretora. Se o valor de taxa da B3 devido for inferior a 10 reais, o valor será cobrado no semestre seguinte.

Além da taxa da B3 e da cobrada pelo banco ou pela corretora (caso tenha optado por uma instituição que cobre taxa), há ainda a incidência do imposto de renda sobre a rentabilidade dos títulos, mas tal imposto só é cobrado no resgate dos títulos e possui uma alíquota decrescente, e mesmo com este imposto, os títulos do Tesouro Direto rendem mais que a Poupança, mesmo considerando a alíquota maior. Se o título é resgatado em até 180 dias após o investimento, a alíquota é de 22,5%. De 181 a 360 dias de investimento, a alíquota é de 20%. Se os títulos ficarem investidos de 361 a 720 dias, a alíquota é de 17,5%. Acima de 720 dias, a alíquota é de 15%. Exemplo: se eu investi 600 reais em títulos e os mesmos foram resgatados quando valiam 1000 reais, e já tendo decorrido mais de dois anos do investimento, eu recebo 940 reais pelos mesmos, visto que o imposto de renda sobre os 400 reais que os títulos renderam é de 15% desse valor, ou seja, 60 reais.

Se o tempo de investimento for inferior a 30 dias, há ainda a incidência de outro imposto, o IOF, também com uma alíquota decrescente sobre a rentabilidade de acordo com o tempo do resgate, que eu não irei detalhar aqui por não valer a pena. Ela existe somente para desencorajar as pessoas de resgatem muito cedo os títulos. Devido a este imposto, recomendo que não resgate títulos antes de 30 dias.

Duas instituições financeiras que eu recomendo para investir no Tesouro Direto são o Banco Inter (antigamente chamado de Intermedium, e em alguns lugares, ainda aparece esse nome) e a corretora Rico, que permite também outros tipos de investimentos, como em CDBs com rentabilidades atrativas (farei um post dedicado a CDBs, LCIs e LCAs futuramente aqui no blog) e ações de empresas negociadas na B3.

O Banco Inter é um banco que, diferente do Itaú, do Bradesco, da Caixa Econômica Federal e de outros bancos tradicionais, trabalha somente com contas digitais e não possui agências bancárias nem caixas eletrônicos próprios (com exceção de um em Belo Horizonte). Permite fazer saques em caixas eletrônicos da rede Banco 24 Horas e transferências via TED para contas de outros bancos sem custo (desde que as contas sejam da mesma titularidade), além de permitir a transferência gratuita de dinheiro para a conta por meio de boletos bancários, fazendo com que o dinheiro de uma conta da Caixa Econômica Federal, por exemplo, seja transferido para a conta do Banco Inter sem precisar pagar a tarifa do DOC ou TED.

Este vídeo do canal EconoMirna fala sobre a conta digital do Banco Inter, bem como ensina a abrir uma conta no mesmo. Como o vídeo é um pouco antigo, o vídeo se refere ao banco como Intermedium, pois o nome do banco ainda não havia mudado.

Eu faço meus investimentos no Tesouro Direto pela corretora Rico, que, por ser uma corretora, permite outros tipos de investimento (apesar de que, por enquanto, eu só utilizo a conta na Rico para investir no Tesouro Direto). Uma conta na corretora é, basicamente, uma conta corrente sem taxas, mas que não tem cartão, não dá para pagar contas nem nada que seja serviço bancário, apenas depositar dinheiro por meio de TEDs de contas correntes de outros bancos (desde que sejam da mesma titularidade), investir o dinheiro que está no saldo da conta (e debitar possíveis taxas dos investimentos, como a da B3 que eu citei acima) e transferir o saldo para uma conta corrente previamente cadastrada.

Eu tenho uma conta digital no Itaú, denominada iConta, que permite fazer TEDs sem custo para a minha conta na corretora Rico. Infelizmente, a iConta não está mais disponível para novos correntistas (ou para aqueles que já são correntistas e desejam mudar de modalidade de conta), restando nesse banco apenas modalidades de conta cujo TED é tarifado. Como a maioria dos bancos não oferece nenhuma modalidade de conta com TEDs gratuitos (ou, às vezes, com um limitado número de TEDs), caso deseje ter uma conta na corretora Rico e ficar livre de tarifas de TED, você pode abrir uma conta no Banco Inter (ou outro banco com conta digital, o Banco Inter não é o único que existe) e então fazer TEDs por meio dessa conta.

Para abrir uma conta na Rico, você pode baixar o aplicativo para celular da corretora ou acessar o endereço abaixo, clicando no botão “Cadastre-se” no canto superior direito do site. Você precisará de fotos do RG e de um comprovante de residência recente, preferencialmente em seu nome (pode ser no nome do seu pai ou da sua mãe também).

https://www.rico.com.vc

A Rico permite o investimento e o resgate de títulos por meio do próprio site, mas nem todos os agentes de custódia permitem movimentação pelos seus sites, somente os que são agentes integrados. Mas é possível, investir e resgatar títulos, independente da corretora ou banco, por meio do site do Tesouro Direto, que pode ser acessado pelo link abaixo.

https://tesourodireto.bmfbovespa.com.br/PortalInvestidor/login.aspx

O Banco Inter não é um agente integrado, pelo que consta na lista de instituições financeiras habilitadas para operar no Tesouro Direto, mas o investimento por este banco não é muito difícil. Este vídeo do canal Saia do Buraco com o Titio Marcius ensina como investir no Tesouro Direto pelo Banco Inter.

Cada título possui um valor de compra e um valor de venda (que é ligeiramente menor que o valor de compra), mas para comprar (investir) ou vender (resgatar) títulos, não é necessário comprar ou vender os mesmos inteiros. É possível comprar (e vender) frações do mesmo, e cada fração equivale a 1% do título, ou 0,01 título. Para vender, não há limitação de valor, mas para comprar, o valor da compra deve ser de, no mínimo, 30 reais, e além disso, não é possível comprar mais de um milhão de reais em títulos em um mesmo mês.

Depois da solicitação de compra de títulos, há um período de dois dias úteis para os mesmos constarem na carteira de títulos do investidor. Algumas instituições, como o Banco Inter, só debitam o valor da compra após esses dois dias úteis, já outras debitam o valor imediatamente, como a corretora Rico.

Os títulos possuem também uma data de vencimento. Em tal data, os títulos são resgatados automaticamente. Todavia, é possível o resgate antecipado dos títulos, bastando o investidor resgatar os mesmos de forma manual no site do Tesouro Direto ou no site do agente de custódia, caso o mesmo seja um agente integrado. O valor dos títulos é creditado na conta do agente de custódia em, no máximo, um dia útil.

Há três tipos de títulos ofertados pelo Tesouro Direto. Um é o Tesouro Selic, que possui sua rentabilidade atrelada à taxa Selic (também chamada de Selic Over), que é a média ponderada da taxa de juros de todos os empréstimos interbancários com títulos públicos sendo dados como garantia, e essa taxa fica próxima da taxa básica de juros da economia (também chamada de Selic Meta), definida em reuniões do Comitê de Política Monetária, o COPOM. No momento em que eu escrevo esse texto, a Selic Meta é de 7,5% ao ano, mas a mesma varia de tempos em tempos de acordo com a situação econômica do país.

Há também o Tesouro Prefixado, que possui sua rentabilidade fixa no momento do investimento, caso deixe o título investido até o vencimento do mesmo (a rentabilidade não é garantida antes disso), e o Tesouro IPCA+, que possui sua rentabilidade atrelada ao IPCA, que é o índice oficial da inflação, mais um percentual prefixado, ou seja, é uma espécie de Tesouro Prefixado cuja taxa de rentabilidade incide não sobre o valor numérico investido, mas sobre o poder de compra do mesmo.

O Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+ possuem uma variante com juros semestrais, que adiantam o ganho com juros de seis em seis meses. Não recomendo investir nesses títulos com juros semestrais, visto que a alíquota do imposto de renda será sempre maior (vide a tabela regressiva que eu citei anteriormente), além dos juros não acumularem no total investido, o que renderia uma quantidade ainda maior de juros.

No link abaixo, é possível ver todos os títulos ofertados pelo Tesouro Direto, bem como seus valores de compra e venda:

http://www.tesouro.gov.br/web/stn/tesouro-direto-precos-e-taxas-dos-titulos

Na playlist de vídeos abaixo, do canal EconoMirna, há vídeos falando sobre cada um dos títulos do Tesouro Direto, bem como um tutorial de como investir e resgatar títulos pela corretora Rico, além de outras informações. No primeiro vídeo da playlist, é informado que a Rico cobraria uma taxa de 0,1%, todavia, o vídeo em questão é antigo e a Rico, que antigamente cobrava, não cobra mais nenhuma taxa para se investir no Tesouro Direto.

https://www.youtube.com/playlist?list=PLlX5xeBziJ1WHe43CpWmnrE9_YXrxAxgE

Dando uma resumida acerca dos títulos, o Tesouro Selic é o título que sempre se valoriza, nunca tendo oscilações negativas em seu valor, ao contrário do que ocorre com os demais títulos. Sua data de vencimento acaba sendo, na prática, um prazo máximo de quanto tempo o valor pode ficar investido sem recolher o imposto de renda. É indicado para reservas de emergência ou qualquer outra reserva que o investidor deseje que o investimento esteja disponível para resgate a qualquer momento. Recomendo para qualquer investidor que sempre tenha uma reserva em Tesouro Selic de, pelo menos, 6 a 12 vezes a soma de seus gastos mensais, não investindo em outros títulos até que se obtenha tal valor de reserva. Também é indicado para caso o investidor fique indeciso em relação a qual dos três tipos de título ele deveria investir, pelo fato do Tesouro Selic ser o mais conservador de todos.

Já o Tesouro IPCA+ é o ideal para se juntar dinheiro para uma aposentadoria, visto que garante o aumento do poder de compra do dinheiro ali investido, além de ter opções de datas de vencimento mais longas. No momento que eu escrevo, há opções de datas de vencimento para os anos 2024 (médio prazo), 2035 e 2045 (ambos de longo prazo). O Tesouro IPCA+ também é indicado para quem simplesmente deseja proteger o dinheiro contra a inflação.

O Tesouro Selic também meio que protege da inflação, visto que a taxa Selic costuma ser maior que o índice IPCA, que é a inflação, e se a mesma sobe, a taxa Selic tende a também subir. Ainda assim, não há uma garantia de que a taxa Selic seja sempre maior que o índice IPCA, além do fato de existir a possibilidade da diferença entre a Selic e o IPCA ser inferior ao índice prefixado do Tesouro IPCA+.

E o Tesouro Prefixado é ideal para quem deseja fazer investimentos de médio prazo (ainda que os outros títulos também sejam boas opções nesse caso), visto que, historicamente, este título tem rendido mais que o Tesouro Selic. Entretanto, há situações em que o Tesouro Selic pode render mais que o Tesouro Prefixado, como em casos que a taxa Selic possui tendência de alta, podendo ficar maior que o índice prefixado de aplicações anteriormente feitas.

O Tesouro Prefixado possui sempre um percentual fixo maior do que o do Tesouro IPCA+ ofertado na mesma data, mas não possui correção da inflação, podendo inclusive o dinheiro investido nesse título perder poder de compra caso a inflação seja muito elevada. Deve-se sempre analisar a situação econômica do país (índice IPCA e expectativa de crescimento ou redução da taxa Selic, principalmente) a fim de decidir se é vantajoso investir no Tesouro Prefixado. No momento em que eu escrevo, e considerando meu parecer pessoal acerca da situação econômica, me parece vantajoso investir nesse título, considerando o com data de vencimento em 1 de janeiro de 2023, mas somente se desejar manter o dinheiro investido até essa data.

Tanto o Tesouro Prefixado quanto o Tesouro IPCA+ não possuem valorização constante (exceto, no caso do Tesouro IPCA+, do valor creditado referente à correção da inflação), como é o caso do Tesouro Selic. Isto se deve a oscilações dos percentuais fixos de rentabilidade para a compra e venda de títulos no momento atual, e tais oscilações ocorrem devido a fatores de mercado, incluindo a situação econômica do país e oferta e demanda dos títulos. Tais oscilações podem fazer com que um título comprado em uma data tenha uma rentabilidade negativa em uma data posterior (mas a rentabilidade é garantida na data do vencimento do título). Por isso, ainda que o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+ possam ser resgatados antes do vencimento, não é recomendado usá-los como reserva de emergência.

O Tesouro Prefixado cujos rendimentos são resgatados no vencimento (ou seja, sem juros semestrais) funciona com a seguinte lógica (a versão com juros semestrais possui lógica diferente): no vencimento, cada título vale 1000 reais e cada fração de 1% do título vale 10 reais (isso sem descontar o imposto de renda). Quando é ofertado, cada título possui um valor que, aplicando um percentual de juros até a data de vencimento, faz o mesmo render até o valor total (valor investido mais juros) somar 1000 reais por título. Se, de um dia para o outro (ou ainda no mesmo dia, em horários diferentes), a taxa de juros ofertada sobe, o valor do título ofertado cai e, consequentemente, o valor de venda do titulo também cai na mesma proporção. Se a taxa de juros cai, ocorre o inverso. Os demais títulos, exceto o Tesouro Selic, seguem lógicas semelhantes.

Para encerrar o post, seguem mais algumas informações. O horário em que os títulos do Tesouro Direto podem ser comprados é de segunda a sexta, das 9:30 às 18:00, exceto feriados vigentes na cidade de São Paulo (incluindo o dia da Consciência Negra), todavia, nos demais horários, exceto das 5:00 às 9:00, que é quando o sistema fica em manutenção, é possível agendar a compra de títulos, neste caso, os mesmos serão comprados pelo valor de abertura de mercado do dia útil seguinte, que pode ser ligeiramente diferente dos valores de referência apresentados no momento do agendamento.

Antigamente, os títulos do Tesouro Direto possuíam outros nomes, como LFT para o Tesouro Selic e LTN para o Tesouro Prefixado. E até 2006, era ofertado o Tesouro IGPM+, chamado de na época de NTN-C, que era como o Tesouro IPCA+, mas com o índice IGP-M em vez do IPCA.

Além do Tesouro Direto, que só está disponível para pessoas físicas investirem e não permite a revenda de títulos de uma pessoa física para outra, há ainda os títulos públicos ofertados em leilões do Tesouro Nacional, que podem ser adquiridos por empresas e revendidos para terceiros. Este site fala um pouco sobre os tais títulos públicos:

https://www.genialinvestimentos.com.br/artigo/titulo-publico-fora-do-tesouro-direto-pode-ser

Independente dos títulos serem do Tesouro Direto ou dos leilões de títulos, todos os mesmos são armazenados em meio eletrônico, não havendo títulos impressos em papel nos dias de hoje, como havia até 1970, ano em que foram emitidos os últimos títulos nessa modalidade. Tais títulos tinham vencimento de, no máximo, um ano e, após cinco anos do vencimento do título, o mesmo prescrevia. Nos dias de hoje, há golpistas ofertando supostos títulos públicos daquela época que teriam sido repactuados (isto é, convertidos em títulos com vencimento mais recente) ou revalidados, muitas vezes com valores astronômicos, inclusive com supostos peritos atestando uma suposta autenticidade dos mesmos, com códigos ISIN (títulos da dívida pública não são passíveis de serem identificados com códigos ISIN, apenas ações e outros ativos do tipo) e outras estratégias para fazer o suposto título parecer um título verdadeiro. Acontece que esses papéis todos não possuem nenhum valor, e a grande maioria nem mesmo foi emitida pelo Tesouro Nacional (ou seja, a maioria é falsa). E teve até um pai e filho empresários que acabaram presos tentando resgatar um suposto título público em papel da década de 1970, comprado não sei de quem (um golpista), que supostamente valia não sei quantos bilhões de reais (não escrevi errado, é bilhões mesmo, com B de bosta), a notícia da prisão dos dois saiu em não sei que site de notícias (estou com preguiça de procurar a notícia e colocar o link aqui no post). Ou seja, não comprem tais títulos em papel, são todos sem valor, ainda que os golpistas digam argumentos supostamente convincentes, como a de que dívida pública supostamente não prescreveria. Título público que vale alguma coisa é só no Tesouro Direto e no mercado secundário, ou diretamente nos leilões do Tesouro Nacional, e tudo por meio eletrônico, sem impressão em papel.

No próximo post, que será postado ainda esse ano, falarei de outras opções de investimento em renda fixa, algumas com rentabilidade acima de alguns títulos do Tesouro Direto, como CDBs, LCIs e LCAs. E, em caso de dúvidas acerca deste post, deixe um comentário.

O homem veio do macaco?

Posted in História on 08/03/2015 by Allan Taborda

Muitas pessoas leigas na teoria da evolução acreditam que a ciência diz que o homem evoluiu do macaco (sem especificar qual, alguns consideram que evoluiu do chimpanzé) e alguns criacionistas usam essa tese a fim de desacreditar a teoria da evolução, pois o homem é consideravelmente diferente do macaco, além do fato de ainda existirem macacos (como se a evolução de um animal a partir de outro incorresse obrigatoriamente na extinção do animal original ou que a evolução gerasse apenas uma linhagem de espécies descendentes). O fato é que essa ideia está totalmente incorreta e o homem não descende de nenhum primata dos dias de hoje, ainda que tenha algum parentesco com os mesmos (e tem parentescos com todos os mamíferos, animais e outros seres vivos, inclusive com o mato que cresce no terreno baldio da esquina, se for olhar de outro ângulo).

Hoje, sabe-se que o ser humano moderno (Homo sapiens) evoluiu a partir de outras espécies de homem, como o Homo erectus e o Homo habilis, que por sua vez evoluíram a partir de outros hominídeos, como os Australopithecus (desses, além dos hominídeos do gênero Homo, originaram também os hominídeos do gênero Paranthropus, muito provavelmente sem descendência com o homem), que por sua vez acredita-se que tenha evoluído a partir dos Ardipithecus, que era descendente de espécies como Orrorin tugenensis e Sahelanthropus tchadensis (possivelmente o último ancestral comum entre homens e chimpanzés), que eram descendentes de outras espécies de macacos primitivos, como o Proconsul africanus (ancestral tanto de humanos e chimpanzés como também dos grandes macacos, como gorilas), que descenderam de macacos ainda mais primitivos, como o Teilhardina asiatica, que descenderam de mamíferos arborícolas como o Carpolestes simpsoni (semelhante a um macaco, mas também com semelhança com os ratos), que descendem dos Eutheria, como o Eomaia scansoria (semelhante a um rato, é um dos primeiros mamíferos placentários, com placenta primitiva), de descendem dos primeiros mamíferos, que descendem dos terapsídeos (classe de vertebrados já extinta, considerada o elo entre os mamíferos e os répteis), que evoluíram de répteis menores (dos quais possivelmente evoluíram os dinossauros), que evoluíram de anfíbios (os primeiros a possuir membros), que evoluíram de peixes vertebrados com mandíbula, que evoluíram de peixes sem mandíbula, extremamente primitivos, que evoluíram das pikaias, que são considerados os mais antigos vertebrados, que descendem de animais semelhantes a vermes, que descendem dos primeiros animais (que habitavam o ambiente marinho), que descendem dos cianoflagelados (do reino protista, portanto, unicelular) que descendem de outros eucariontes (de núcleo celular com membrana), que descendem dos procariontes (sem membrana delimitando o material genético), que descendem das formas de vida mais antigas existentes, possivelmente derivadas de moléculas de RNA reprodutoras.

Acredito eu que, no futuro, o Homo sapiens evolua para uma ou mais subespécies, talvez culminando com uma espécie diferente depois de milhões de anos. Como o Homo sapiens habita o mundo inteiro, acredito que passe a existir apenas uma linhagem de espécies futuras de homem. Na verdade, a evolução já está ocorrendo dentro da espécie Homo sapiens, com pequenas mudanças graduais ao longo dos séculos. Já foram detectados genes que tiveram origem há apenas cinco mil anos, e além disso, a altura média de alguns povos aumentou alguns centímetros em média em relação à altura média desses mesmos povos há um século, além de terem ocorrido outras mudanças significativas, como o sono segmentado dos homens da idade média ter sido alterado para um sono contínuo de oito horas nos dias de hoje e a idade média da primeira menstruação das mulheres ter mudado de 17 para 12 anos em questão de séculos.

Ainda sobre a questão do homem ter parentesco até com o mato que cresce no terreno baldio da esquina, ainda que isso soe estranho, isso é verdade. O parentesco entre duas espécies pode ser verificado pelo número de semelhanças entre duas espécies, ainda que uma não tenha descendido da outra. O cachorro, por exemplo, possui uma mandíbula com dentes, cérebro, orelhas, caixa toráxica com costelas, um coração, um pulmão e outros órgãos, quatro membros com dedos, um sistema reprodutor semelhante, um pênis (ou vagina) e um ânus, além de outras partes do corpo, assim como nós humanos também temos, e outros animais também têm essas mesmas partes em seus corpos.

Algumas partes do corpo possuem diferenças entre os animais devido à evolução dos mesmos e de seus ancestrais ter caminhado em outra direção (por exemplo, a mandíbula e os membros dos cachorros em comparação com os humanos), mas ainda assim tais partes tiveram uma mesma origem em comum.

Em parentes um pouco mais próximos com os humanos, como os chimpanzés, tais partes do corpo são mais parecidas. Outros parentes mais distantes também guardam semelhanças com os humanos, ainda que as semelhanças sejam menores. Os jacarés, por exemplo, possuem boca com mandíbula, cérebro, olhos, sistema digestivo e ânus, assim como os humanos. O tubarão também tem olhos e mandíbula.

Mas e o mato que cresce no terreno baldio da esquina, qual seria a semelhança com os humanos? Tanto os humanos quanto o mato possuem células com material genético dentro de um núcleo definido por uma membrana, além de organelas citoplasmáticas encontradas nas células de ambas as espécies, como o complexo golgiense. É um parentesco bem distante entre as duas espécies (plantas evoluíram a partir de protistas com cloroplastos em suas células, enquanto os animais evoluíram de protistas cianoflagelados, e ambos os tipos de protistas descenderam de um mesmo protista) e as células de ambas as espécies possuem bastante diferenças devido à evolução paralela das espécies, como cloroplastos apenas nas células vegetais e citoesqueleto apenas nas células animais.

Respondendo a pergunta do título da postagem: não, o homem não veio do macaco, ele veio de outro homem mais primitivo, que possui um ancestral comum com os macacos de hoje em dia (se esse ancestral também pode ser considerado como um macaco é uma outra questão, e mesmo que seja, ele não originou diretamente o Homo sapiens, que é a nossa espécie. E se for considerar que o homem veio indiretamente do macaco, considerando que o ancestral comum entre o homem e o chimpanzé é um macaco, também deve-se considerar que o homem veio do mamífero arborícola parecido com um rato, que veio dos terapsídeos, que veio dos peixes, que veio dos protistas…

Ultimamente, tenho me interessado bastante acerca da evolução das espécies, principalmente a da nossa espécie, bem como sua origem.

Observação: caso acredite que eu tenha cometido algum equívoco em algum ponto desse texto, deixe um comentário relatando o equívoco.

Pequenas receitas culinárias

Posted in Tutoriais on 30/05/2014 by Allan Taborda

Mousse de algum sabor qualquer:

– 395g de leite condensado, de preferência, aqueles de caixinha;
– 400g de creme de leite, de preferência, aqueles de caixinha, com duas caixinhas de 200g cada;
– 1 pacote de suco em pó, preferencialmente da marca Nutrinho (pode ser misturado também ao leite, por isso usei essa marca, não sei se funciona com suco em pó de outra marca) de algum sabor qualquer;
– 2 pacotes de gelatina em pó incolor e sem sabor, ou uma quantidade que seja suficiente para 1 litro segundo descrito na embalagem (a gelatina em pó que eu usei diz que um pacote é suficiente para meio litro);
– Um pouco de leite, o suficiente para tudo der 1 litro de líquido, uma caixinha da medida do leite condensado acho que dá;
– 1 liquidificador com capacidade mínima de 1 litro e com graduação para saber quanto líquido tem dentro;

Taca tudo no liquidificador, menos o leite, a gelatina em pó e o liquidificador, até porque não tem como botar uma coisa dentro dela mesma. Bata tudo durante alguns segundos (não contei quantos eram, acho que eram uns 60 ou 90). Prepare a gelatina em pó segundo as instruções da embalagem da mesma, adicione a gelatina preparada e o leite até dar 1 litro (confesso que botei a olho e deu 1 litro) e bata tudo de novo. Adicione em formas até acabar o líquido, e se acabarem as formas, improvise com copos pequenos, que foi o que eu fiz. Ponha tudo na geladeira e deixe endurecer, acho que em 4 horas está pronto o bagulho. Aí, já pode comer.

Observação: o fabricante do suco em pó Nutrinho não patrocinou este post.

Pipoca comum no micro-ondas:

– Meia xícara (ou meio copo daqueles baixinhos, caso não tenha uma xícara) de milho para pipoca;
– 1 tampa para micro-ondas;
– 1 micro-ondas;
– 1 recipiente grande que possa ir ao micro-ondas;
– Sal;
– Um pouco de óleo;

Coloque o milho no recipiente junto com um pouco de óleo, tampe com a tampa e aqueça no micro-ondas utilizando a função “pipoca” de seu aparelho (no meu, o tempo é de 3 minutos e 30 segundos, programe esse tempo caso seu aparelho não tenha essa função). Coloque sal e coma as pipocas.

Observação: não jogue fora os milhos que não estouraram. Após comer as pipocas, reaqueça os milhos no micro-ondas, com um pouco de óleo, e pare imediatamente o aquecimento ao perceber que os estouros pararam.

Ovo cozido no micro-ondas:

– 1 ovo;
– 1 micro-ondas;
– 1 garfo;
– 1 xícara, copo ou prato;
– 1 tampa para micro-ondas;
– Sal;

Quebre o ovo dentro da xícara, do copo ou do prato, fure a gema com o garfo e adicione um pouco de sal. Cozinhe o ovo no micro-ondas por 1 minuto, utilizando uma tampa para micro-ondas, e depois coma com o garfo.

Observação: o ovo terá aparência de um ovo frito, todavia, como não houve fritura no óleo, tecnicamente é considerado um ovo cozido, ainda que muito diferente do ovo cozido tradicional. Apesar que a fritura também é um tipo de cozimento, logo, ovos fritos também são tecnicamente ovos cozidos.

Sanduíche de hambúrguer com ovos:

– 4 fatias de pão de forma;
– 2 ovos;
– 1 hambúrguer;
– 1 frigideira;
– Um pouco de óleo para a fritura;

Em uma frigideira, frite o hambúrguer e depois os dois ovos. Após isso, monte o sanduíche, colocando uma fatia de pão, um dos ovos fritos, outra fatia de pão, o hambúrguer, mais uma fatia de pão, o outro ovo frito e a última fatia de pão. Agora é só comer o sanduíche antes que o mesmo esfrie.

Observação: os ovos podem ser preparados no micro-ondas, de acordo com a receita anterior, todavia, como o hambúrguer vai ser frito de qualquer jeito, eu aconselho a aproveitar a frigideira e fritar os ovos.

Caso não tenha visto, eu postei em 2010 uma receita de banana com aveia aqui no blog, que pode ser acessada através do link neste parágrafo.

O paradoxo da carne moída

Posted in Idiotices on 31/12/2013 by Allan Taborda

A matemática tem suas bizarrices, incluindo seus conjuntos numéricos. Algumas das bizarrices a maioria das pessoas nem sabe para que serve, apesar de que tudo na matemática possui alguma aplicação, por mais bizarro que a bizarrice possa parecer. Entretanto, algumas bizarrices acarretam em alguns paradoxos igualmente bizarros, como o famigerado da divisão por zero e o paradoxo da carne moída, que irei explicar neste post, e que na verdade é um conjunto de paradoxos, considerando cada exemplo.

Conjuntos numéricos são conjuntos de números que possuem uma determinada particularidade, como o conjunto dos números naturais, que são inteiros e representam quantidades positivas e também inclui o zero (isso por si só já é um paradoxo, pois se o zero é um número natural, ele deveria ser positivo, mas como ele é zero e está situado no meio da reta numérica, ele não é um número positivo e não deveria ser um número natural, mas ele é um número natural), o conjunto dos números inteiros, que é o conjunto dos números naturais mais os números negativos, o conjunto dos números racionais, que são os inteiros mais os fracionados, o conjunto dos números irracionais, que são como os racionais, só que piores, o conjunto dos números complexos, que têm bagulho de raiz quadrada de -1 no meio (e a própria raiz quadrada de -1 também é um paradoxo, pois não há nenhum número que elevado ao quadrado dá -1, entretanto já foi provado que ele existe, logo, deveria existir um número que elevado ao quadrado dá -1, mas o mesmo não existe, apesar de existir esse número), e por aí vai. Os números dos conjuntos numéricos exprimem uma determinada quantidade que existe no mundo real, por mais bizarra que essa quantidade seja.

Agora imagine um açougue que vende, dentre outras carnes, carne moída, que é uma carne que pode ser fracionada em quantidades teoricamente mínimas, e vamos supor, ainda que isso não seja possível no mundo real, que o açougue tenha uma tecnologia de moagem que permita moer a carne até um tamanho não maior do que a constante de Avogadro (menor que isso faria os átomos da carne se quebrarem, fazendo o bagulho deixar de ser carne e virar outra coisa que não tem nada a ver), podendo a carne moída representar qualquer número que exista no mundo real, e imagine também que o açougue permite a venda de qualquer quantidade de carne moída que exista no mundo real, qualquer mesmo. Além disso, imagine também um freguês sacana que adora pedir quantidades bizarras de carne moída.

Aí o freguês sacana vai no estabelecimento e pede uma quantidade negativa de carne moída. Até que isto não chega a ser muito bizarro, pois o cara pode entregar carne moída no açougue e, na hora de pagar, receber dinheiro. Isso pelo menos na teoria, já que o açougue em questão permite a venda de qualquer quantidade de carne moída, na prática, quero ver você entregar carne moída no açougue e esperar receber dinheiro na hora de “pagar”. O açougueiro vai é te mandar engolir a carne moída, isto sim.

No outro dia, o freguês vai e sacaneia novamente o açougueiro, pedindo o número Pi em quilos de carne moída, ou então a raiz quadrada de 2 em quilos de carne moída. A quantidade, ao contrário da do dia anterior, é uma quantidade positiva, mas aí o sacana diz assim: “Olha, não pode errar uma única casa decimal sequer, entendeu?”, deixando o proletário emputecido e fazendo-o moer uma grande quantidade de gordura junto com a carne só de raiva, moendo não carne de segunda, mas de quinta. Só que, ainda que o infeliz açougueiro e o freguês sacana sejam imortais e que a carne não apodreça nunca (sei lá de que jeito, talvez o cara do açougue botou de pirraça formol no bagulho), o pedido bizarro nunca será concluído (ou seja, o Sol se apagará, o mundo acabará e o universo se colapsará, formando um novo Big Bang, antes do açougueiro terminar de atender o pedido), uma vez que o número Pi e a raiz quadrada de 2 são números irracionais, com infinitas casas decimais, sendo uma diferente da outra. Para piorar a situação, o açougueiro bizarro, na tentativa igualmente bizarra de tentar computar a quantidade de carne exata para atender ao pedido também bizarro do freguês sacana, ao computar uma enésima casa decimal do número irracional (que também é bizarro), irá fatalmente esbarrar na bendita constante de Avogadro, não podendo dividir a carne além disso (e mesmo que ele quebre os átomos da carne utilizando um reator de fissão nuclear ou um acelerador de partículas tipo LHC devidamente instalado no açougue, uma hora não será mais possível a divisão), acarretando no não atendimento correto do pedido, uma vez que não é possível representar correta e fielmente um número irracional, ainda que o mesmo represente uma quantidade do mundo real.

No outro dia após o pedido anterior ter sido atendido (incorretamente, visto a explicação acima), o freguês filho de uma boa prostituta vai lá no açougue e faz outro pedido sacana: ele pede um número complexo de quilos de carne moída (na verdade, todo número real é também complexo, visto que o coeficiente da parte imaginária é igual a zero, mas nesse exemplo em específico, o número de quilos é especificado com a parte imaginária diferente de zero). O problema ocorre na hora que o cara que mói carne precisa saber quanto é uma quantidade imaginária a fim de multiplicar essa quantidade imaginária pelo seu coeficiente (se o coeficiente fosse zero, seria mais fácil, pois todo número multiplicado por zero é igual a zero, mas a porqueira é diferente de zero) e então somar essa quantidade com a parte real do número da quantidade de quilos de carne moída do pedido. Visto que a unidade imaginária é igual à raiz quadrada de -1, o problema cai naquele paradoxo da raiz de -1 que citei no começo do post.

Ou pior, vamos supor que o safado fez três pedidos em separado, A, B e C, sendo que A é igual a B e C é diferente dos outros dois, e os três pedidos sejam de uma quantidade complexa de quilos de carne moída, com os coeficientes das partes complexas sendo diferentes de zero. Supondo que o açougueiro tenha heroicamente conseguido atender os três pedidos, o freguês paga os mesmos com uma quantidade provavelmente complexa de reais (imagine tal quantia sendo contabilizada) e vai para casa. Lá, ele resolve pesar os pedidos utilizando uma balança daquelas que têm dois pratos em cada lado e que compara se algo de um lado é mais pesado, menos pesado ou tem o mesmo peso do que o que foi posto do outro lado. Aí ele coloca os pedidos A e B cada um em um lado da balança, e então a mesma indica que ambos os pedidos têm o mesmo peso. O problema ocorre quando o sujeito resolve colocar o pedido C no lugar do pedido A (ou no lugar do B, que acaba dando na mesma). Visto que os números complexos não podem ser comparados se um é maior ou menos que o outro (exceto se todos os coeficientes da parte imaginária forem zero), podendo apenas comparar se um é igual ao outro, a balança não será capaz de determinar qual pedido contém mais carne. A situação se complica quando A e B são colocados cada um em um lado da balança e C ser colocado junto com A (ou junto com B, que acaba  dando na mesma). Ainda que A e B sejam iguais, a balança permanecerá sem determinar qual lado possui mais carne. A situação fica ainda mais complexa quando um dos lados da balança fica sem nenhuma carne e o outro lado fica com A, B, C ou uma combinação qualquer desses pedidos somados, permanecendo a indefinição de qual lado tem mais carne, ainda que um dos lados esteja vazio, exceto se o peso do pedido A (ou B, tanto faz) for o oposto ou o conjugado (ou qualquer outro número complexo com a parte complexa oposta) do peso do pedido C, o que aniquilará a parte complexa e fará a soma do peso das carnes moídas ser um número real, podendo assim determinar se o lado vazio possui mais ou menos carne do que a soma dos dois pacotes de carne do outro lado, ou a mesma quantidade de carne (ou seja, zero). Caso o peso dos pacotes A ou B seja o oposto do peso do pacote C, a soma dos pacotes será igual a zero, ainda que a parte real do número do peso tenha sinal oposto da parte imaginária do mesmo número (ou seja, o número é em parte positivo e em parte negativo).

Se tudo isso já é difícil de imaginar, agora imagine o sacana do freguês pedindo um número ainda mais complexo de quilos de carne moída, como por exemplo, um número quaternião, ou um número octonião, ou um número sedenião (o pior de todos, pois possui 16 dimensões (mais que o universo, que tem 11 dimensões segundo a teoria das cordas) e uma série de peculiaridades e regras bizarras para cálculos envolvendo tais números), ou ainda um complexo hiperbólico, um quaternião hiperbólico, um bicomplexo, um biquartenião, um coquartenião, um tessarino ou qualquer tipo de número mais complexo do que os complexos “normais” (se é que eles podem ser considerados normais). O açougueiro vai ter que fazer faculdade de matemática para poder moer a carne para o homem!

Daí o açougueiro se enche e resolve impor uma regra: somente serão aceitos pedidos de números racionais positivos de quilos de carne, e dízimas periódicas serão arredondadas para no máximo tantas casas decimais (não citei as dízimas periódicas, mas as mesmas caem no mesmo problema dos números irracionais que eu citei neste post, principalmente se pensarmos num caso em que o freguês pede um terço de quilos de carne moída e a quantidade de unidades resultantes da divisão até a constante de Avogadro presentes em um quilo exato de carne moída não é um número múltiplo de 3). Daí o freguês discípulo do Marquês de Sade e do Príncipe Sado vem e faz mais um pedido sádico: pede uma quantidade vertiginosamente elevada, por exemplo, um googolplex de quilos de carne. Independente de tal quantidade vertiginosamente gigantesca existir (e não existe no mundo real, ainda que fosse possível transformar toda a matéria do universo em carne), o açougueiro, como num ato de vingança, pede para o freguês escrever o número num papel. Ainda que o papel seja infinito e o número comece a ser escrito no momento do Big Bang, mesmo quando o Sol já ter esfriado o número ainda não teria sido escrito, ainda que o papel e lápis (ou seja lá o que tenha sido usado para escrever) sejam substituídos por um computador e o freguês tenha tuchado o dedo no botão do zero no teclado. E, considerando que a tentativa de se escrever o número enorme tenha sido feita com papel e caneta (ou outra coisa usada para escrever), ainda se toda a matéria do universo for convertida em tinta (ou grafite no caso de ser usado um lápis), a tinta (ou grafite) acabará antes do número ter sido escrito por completo.

Conclusão: ainda que todos os números expressem quantidades que existem no mundo real, nem todas as quantidades podem ser representadas com precisão, seja em quilos de carne moída ou qualquer outra unidade de medida.

Bônus: mais um paradoxo envolvendo os nossos dois personagens no mesmo estabelecimento que vende carne moída, ainda que este paradoxo seja na verdade uma idiotice minha (como se o post inteiro já não fosse). O freguês pede toda a quantidade de carne existente no mundo, sendo essa carne toda moída. Vamos supor que seja possível atender mais esse pedido, que é atendido. Considerando que, tanto o açougueiro quanto o freguês possuem carne em seus respectivos corpos, após o atendimento do pedido, ambos os personagens tiveram suas carnes moídas no processo. Sendo assim, presumivelmente, ambos morreram no processo. Neste caso, como foi possível o açougueiro entregar o pedido, e como foi possível o freguês receber o pedido? Como foi possível concluir o pedido, visto que a mão do açougueiro é que manipulava o moedor de carne e a mesma mão possui carne?

O post, postado a poucos minutos da virada do ano, termina aqui, e Feliz Ano Novo para todos!

Allan encontra Lena Katina (e vai ao show da mesma)

Posted in História, Música on 25/11/2013 by Allan Taborda

Após mais de cinco meses sem nenhum assunto interessante para postar, hoje relatarei o meu encontro com a cantora russa Lena Katina, ex-integrante da dupla t.A.T.u. (ou não tão ex-integrante assim, visto que ela ainda faz alguns shows com a Yulia Volkova, a outra integrante da dupla), em um jantar no hotel onde a mesma se hospedou, bem como o show feito por ela no feriado da proclamação da república.

Tudo começou no final do mês de Julho, quando teve início o financiamento coletivo de um show da Lena Katina em São Paulo no Queremos, um site de financiamentos coletivos de shows musicais. O site funciona da seguinte maneira: um determinado show musical é agendado para uma data futura, mas não é confirmado de imediato seu acontecimento. Para que um show seja confirmado, um determinado número de cotas pré-estabelecido precisa ser vendido e, somente após esse número de cotas ser completamente vendido, o show é confirmado e acontece na data marcada, caso contrário, é cancelado e o dinheiro arrecadado é devolvido.

Cada cota vendida, geralmente, dá direito a um ingresso e, dependendo do show, caso o “empolgado” (como é chamado quem compra cotas no site Queremos) compre duas ou mais cotas, este tem direto a algum benefício pré-estabelecido referente ao show, como conhecer o artista pessoalmente. Pelo mesmo site, é possível pedir um show de um determinado artista ou banda em uma determinada cidade, o que dá a ideia acerca da demanda de um show de algum artista ou banda em uma determinada cidade.

Para o show da Lena, agendado para o dia 15 de Novembro, eram necessárias 400 cotas a serem vendidas, cada uma a 70 reais, e caso o “empolgado” comprasse duas cotas, poderia conhecer a cantora pessoalmente, tirar foto com ela, obter um autógrafo dela e falar alguma coisa rápida com a mesma, e tal encontro era chamado de “meet & greet” (algo como “encontre e cumprimente”).

O prazo para o financiamento coletivo encerrar era de 20 dias, entretanto, as vendas não estavam alavancando e, após 10 dias do início do prazo, cerca de 100 cotas haviam sido vendidas apenas. A fim de alavancar a venda de cotas, a organização do show lançou uma promoção: os primeiros cinco “empolgados” que comprassem 10 cotas ganhavam um jantar exclusivo com a Lena Katina, realizado um dia antes do show, no dia 14.

Após ficar sabendo acerca do financiamento coletivo do show da Lena e da promoção do jantar com a mesma, eu, que sou muito fã do t.A.T.u. e consequentemente da Lena, após pensar durante alguns dias e vendo que eu tinha um dinheiro guardado, comprei as 10 cotas, (comprei primeiro 4, e depois que a fatura do cartão de crédito fechou e a mesma foi paga, mais 6, uma vez que meu limite não é muito alto). Além de mim, uma moça chamada Thamiris também comprou 10 cotas. Mais ninguém comprou as 10 cotas além de nós dois.

De maneira dramática, as cotas foram sendo vendidas, e alguns patrocinadores compraram algumas cotas e estamparam seus logotipos no mosaico de cotas da página do site Queremos referente ao show da Lena Katina. Faltando menos de dois dias, todas as 400 cotas foram vendidas e o show foi confirmado. Fiquei extremamente feliz com a confirmação do show e vibrei muito, pois iria ver uma das minhas cantoras favoritas pessoalmente e iria ainda jantar com a mesma.

Algum tempo depois, quando a minha mãe veio me visitar aqui em São Paulo, eu contei para ela acerca do show da Lena Katina, que eu ia no show, e também sobre o jantar que eu ia ter com ela um dia antes do show. Minha mãe detestou a ideia e disse para eu não ir no show, pois lá ia ter um monte de usuários de drogas fazendo uso das mesmas e poderia ser perigoso andar à noite, além de eu acabar ficando no meio da multidão. Eu respondi que não ia acontecer nada disso e que não ia ter tanta gente no show (e de fato não teve, se comparar o show da Lena com outros de maior tamanho, que ocorrem em casas de shows maiores do que o Hangar 110, que é uma casa de shows relativamente pequena, onde geralmente são realizados shows de bandas de rock alternativas).

O tempo passou e eis que chegou o dia do jantar com a Lena Katina. Dias antes, perguntei aos organizadores do evento onde e que horas iria ser o jantar, e me responderam que iria ser no hotel onde a Lena estava hospedada (me deram o endereço do hotel), às 21 horas (no dia, alteraram o horário para as 19 horas, o que foi até bom, pois eu não iria mais precisar forrar o estômago com alguma coisa para não ficar azul de fome até lá e nem precisaria matar o tempo em algum outro lugar).

Saí do serviço morrendo de ansiedade, peguei o metrô e fui até o hotel onde a Lena estava hospedada, a 10 minutos a pé da estação Trianon-Masp. Chegando lá, perguntei sobre o jantar e me pediram para aguardar num sofá que havia na recepção do hotel, pois eu havia chegado com uns minutos de antecedência. No sofá, estavam sentados uns repórteres da MTV que vieram para entrevistar a cantora russa.

Acabei puxando assunto com o pessoal (nem sabia que eram da MTV, depois que eles me falaram), a repórter (Talita Alves, do programa Coletivation, e que também é cantora) disse que ia entrevistar ela e tal, e depois de uns minutos, um rapaz chamado Jonathan (conhecido como Johnny, que era um dos organizadores do jantar e também fã da Lena) me chamou e me levou até o restaurante do hotel. Vieram junto comigo, além do Johnny, a Thamiris e a equipe da MTV.

Eu, o Johnny e a Thamiris nos acomodamos em uma mesa que acabou não sendo a mesa onde ocorreu o jantar, ficamos lá mais para esperar a Lena chegar. Aguardamos um pouco e então chegou a Lena. Eu estava muito ansioso desde que saí do serviço, e até aquele momento eu estava bem ansioso, mas como a Lena foi chegando “aos poucos”, consegui controlar a ansiedade. Primeiro avistei-a de longe enquanto ela falava com não sei quem, posteriormente ela caminhou até o fundo do restaurante, onde concedeu a entrevista à equipe da MTV. No caminho, a Lena me cumprimentou dizendo “Hi”, eu respondi “priviet”, (“olá” em russo), e ela respondeu de volta “priviet” e pegou na minha mão.

Durante a entrevista com a MTV, eu, que tinha levado uma câmera fotográfica digital, tirei uma foto de longe da Lena Katina sendo entrevistada, aí o Johnny me chamou atenção, pois fotos com flash poderiam prejudicar a entrevista. Depois chegou a equipe da Rede TV! que também entrevistou a Lena, em um local ligeiramente diferente.

Durante a entrevista com a Rede TV!, falei um pouco com o Sven Martin (o músico que trabalha com a Lena e que também veio para o jantar) arriscando algumas palavras em inglês (basicamente me apresentei e disse que eu trabalhava como programador), e depois tirei uma foto ao lado dele. Aproveitei e tirei também uma foto com a Talita Alves da MTV. Ambas as fotos foram tiradas com a minha câmera digital. Também saí de papagaio de pirata na foto de não sei quem. Nesse meio tempo, um dos garçons do local me perguntou quem era a moça que estava sendo entrevistada e eu respondi a ele que era a Lena Katina, fazendo uma breve explicação da carreira da cantora.

Depois das entrevistas, aí sim, fomos jantar, numa outra mesa, mais no interior do restaurante. A Lena sentou-se na ponta da mesa, o Sven se sentou à esquerda da Lena, o Johnny se sentou á direita, a Thamiris se sentou ao lado do Sven e eu me sentei ao lado do Johnny.

Aí eu me apresentei à Lena, disse “Menya Zovut Allan Taborda dos Santos” (“Meu nome é Allan Taborda dos Santos” em russo) e ela me respondeu “Prazer em conhecê-lo” em russo, que agora não me lembro as palavras dela, pois não aprendi a falar “Prazer em conhecê-lo” em russo, visto que eu estou no começo do aprendizado do idioma, aí o Johnny teve que traduzir para mim a partir da tradução da Lena para o inglês.

Aí a gente ficou conversando, mas a Lena falava mais do que o resto, até porque ela tinha mais assuntos. Me lembro que conversamos sobre a cidade de São Paulo, os lugares que tinham aqui, eu falei que eu estava gostando muito de morar aqui, eu comentei que eu morei na maior parte da minha vida em Praia Grande e antes eu morei em Curitiba, depois ela falou sobre a Rússia, falou sobre a KGB (acho que era sobre um livro que ela leu, que na KGB ninguém confiava em ninguém e mais não sei o quê), sobre a vida pessoal dela e do Sven, falamos sobre a comida também, além de outros assuntos, em mais ou menos umas duas horas de jantar.

Eu era o único que não sabia falar inglês, apesar de saber mais ou menos ler e escrever nesse idioma, mas eu entendia algumas coisas que eles conversavam. Outras eu pedia para o Johnny traduzir e, quando eu falava algo, o Johnny traduzia para o inglês. Não falei muito com ela, mas eu falei o mesmo que eu costumo falar quando eu converso com outras pessoas.

Na mesa ao lado, estava o ator Oscar Magrini e mais umas pessoas que o acompanhavam, todavia não chegamos a falar com ele, mas comentamos com a Lena sobre o ator.

Jantei uma carne enorme com uma batata recheada com queijo dentro e uns tomates com um outro queijo em cima. A Lena pediu a mesma coisa, a Thamires também, e o Johnny pediu um negócio que eu não entendi bem o que era, só sei que tinha alface. Era alface com umas tiras de não sei o que em cima. não me lembro o que o Sven pediu (acho que eu nem vi o que ele pediu). Para beber, pedi uma água de coco de caixinha (me embananei todo para abrir o bagulho), a Lena pediu chá, a Thamiris pediu suco, o Sven uma bebida aparentemente alcoólica que eu não sei qual era e o Johnny pediu guaraná.

As bebidas chegaram primeiro que as comidas, aí, quando eu consegui abrir a água de coco, eu ofereci à Lena, entretanto, ela entendeu que eu tinha proposto um brinde. Aí fizemos tintim, mas a bebida da Thamiris ainda não tinha chegado e o Sven deu um pouco da bebida dele para ela, aí ela acabou tomando duas bebidas.

Depois do prato principal (no qual após eu terminar de comer, eu disse ao garçom, no momento que este recolheu o prato, que o jantar estava ótimo), veio a sobremesa, que era sorvete. Tinha três opções de sabor, todo mundo (menos o Johnny, que me parece que não pediu sorvete) escolheu o de jabuticaba (não me lembro quais eram os outros sabores), que inclusive era rosa (nem sabia que sorvete de jabuticaba era dessa cor). Acho que foi o melhor sorvete que eu já tomei na vida. E ainda a porção de sorvete era generosa.

Sobre o cardápio, o mesmo não era muito vasto, mas havia opções boas de jantar e de bebidas. Apesar do custo do jantar já estar incluído no valor das 10 cotas que eu comprei (ou seja, não precisei pagar a consumação), no cardápio, constava o valor de cada pedido. O prato que eu pedi estava saindo 54 reais mais ou menos, e a água de coco uns 8 reais. O sorvete eu não vi o preço, pois o garçom ofereceu os sabores sem mostrar o cardápio.

Terminado o sorvete, foi a hora de tirar fotos. Com a minha câmera, foi tirada uma foto comigo entre a Lena e o Sven e uma com a Lena e comigo do lado (eu já tinha tirado uma ao lado do Sven). Também foi tirada uma da mesa com todo mundo em seus respectivos lugares. Ou melhor, duas da mesa, uma com a minha câmera e outra com o celular do Johnny, celular este que tirou outras fotos, como a com a Lena, a Thamiris e o Sven.

Nessa hora, também foram dados autógrafos. A Lena me deu um autógrafo em um papel que eu tinha levado (e o Sven também, embaixo do da Lena). A Thamiris levou um CD do t.A.T.u., acho que era a edição de aniversário de 10 anos do primeiro álbum da dupla.

Após terminado o jantar, foi todo mundo (inclusive a Lena) para a porta do hotel onde ficamos conversando mais um pouco. Alguns (inclusive a Lena) acenderam cigarros, entretanto, a cantora disse que pretendia parar de fumar para preparar o corpo para a maternidade, pois estava pensando em ter um filho. Ela também comentou que estava meio frio, então eu comentei que há pouco tempo atrás havia feito 33 graus na capital paulista. Falamos também outras coisas além disso.

Por fim, nos despedimos. Cumprimentei todo mundo, inclusive a Lena, que me abraçou e então eu beijei o rosto da cantora. Então fomos embora e a Lena e o Sven entraram novamente no hotel. Retornei para casa feliz da vida.

Na volta, voltei de metrô e a linha vermelha deu problema e fiquei esperando vários minutos pelo trem chegar. Aí lotou a composição, e o pior é que tinha um monte de torcedor do Santos comemorando a vitória do time naquele dia, aí o pessoal meio que ficou cantando dentro do trem.

Após terem sido feitas todas as fotos, eu removi o cartão de memória da câmera e guardei por precaução, para o caso de roubarem a câmera no caminho de volta, não perder as fotos que tirei. Aí, chegando na estação próxima ao local onde moro, me certifiquei se o cartão de memória com as fotos estava no meu bolso, aí eu vi que não estava. Procurei na minha bolsa e não achei. Já começando a achar que eu tinha perdido as fotos, procurei no compartimento da bolsa onde eu havia guardado a câmera e lá estava o cartão. Na pressa de remover o cartão, acabei por guardá-lo junto à câmera. Aliviado, pus o cartão de memória no bolso e caminhei até o local onde moro, e tão logo eu cheguei, publiquei as fotos no meu Facebook.

Como eu disse anteriormente, cada cota do financiamento coletivo do Queremos comprada dá direito a um ingresso. Como eu comprei 10 cotas mais por causa do jantar, então eu fiquei com 9 ingressos sobrando. Sem saber o que fazer com tanto ingresso, ainda no dia 14 resolvi postar no evento do Facebook relativo ao show da Lena Katina que eu tinha ingressos sobrando. Alguns me contataram e combinamos de nos encontrar próximos ao Hangar 110, casa de shows onde ocorreu o show e o meet & greet.

No início, antes de vir para o show, eu pensava em vender os ingressos, posteriormente eu passei a cobrar apenas pelos ingressos com direito a meet & greet o mesmo valor que eu paguei e os demais eu daria em troca de uma gratificação não obrigatória qualquer, mas eu acabei dando todos e recebendo algumas gratificações.

No dia seguinte, 15 de Novembro, foi o dia do show, que estava marcado para às 19 horas. O período do meet & greet foi das 14 às 17 horas. Eu estava me programando para chegar lá às 14 horas, mas me atrasei um pouco por causa do almoço e também devido a eu ter me embananado para chegar ao local do show, partindo da estação Armênia do metrô, pois não sabia por qual saída da estação eu deveria sair.

Chegando lá, havia uma fila um pouco grande, mas não de virar o quarteirão, que era a fila para o meet & greet com a Lena. Informei-me como eu devera fazer para retirar meus ingressos, uma vez que quem comprou as cotas no site Queremos deve retirá-los no dia e local do show, e então me informaram que a fila dos ingressos era a mesma da do meet & greet e que a pessoa já pegava o ingresso e já entrava para ver Lena.

Após ir para o fim da fila, contatei as pessoas que combinaram comigo de pegar ingressos por meio de torpedos SMS, a maioria já estava na fila e um estava do meu lado. Uma perguntou por SMS como eu estava e eu respondi que estava bem e que estava no fim da fila, aí ela enviou outro SMS dizendo que tinha perguntado como eu estava vestido e depois eu respondi que estava de camisa regata azul. Aí eu me encontrei com o pessoal, incluindo uma adolescente de 17 anos conhecida como Jenny (que até tinha ingresso para ela, mas ela ia pegar para uma amiga dela que não pôde comprar), que me acompanhou até o fim do show e ainda tiramos fotos juntos posteriormente. Junto com a Jenny, viram alguns amigos dela também.

Depois de um tempo na fila e tomando uma boa quantidade de sol que me deixou um pouco queimado, chegou a hora de eu pegar os meus ingressos e eu os peguei, mas deixei a Jenny passar na minha frente, mas teve um problema com o ingresso que ela ia pegar porque ela comprou o ingresso dela de segunda mão de uma outra pessoa e para pegar o mesmo, tinha que ser a pessoa que comprou originalmente o ingresso, aí eu peguei os meus ingressos, mas não fui direto para o meet & greet (tinha essa opção, mas aí, para ir ver a Lena novamente, tinha que pegar a fila novamente). Algum tempo depois, chegou a pessoa que vendeu os ingressos à Jenny e nesse meio tempo, eu passei para frente alguns dos ingressos para alguns que haviam combinado comigo de pegá-los.

Quando a gente voltou para a fila, ela já não estava tão grande e não precisamos esperar tanto para nos encontrarmos com a Lena Katina no meet & greet. Novamente, deixei a Jenny ir na frente, aí o rapaz da bilheteria carimbou nossos ingressos e fomos ver a Lena. A organização do evento liberava a entrada de um grupo de três ou quatro pessoas por vez (acredito eu), mas cada pessoa era atendida individualmente pela cantora, que autografava algo levado pelo fã e tirava uma foto com o mesmo (ou melhor, quem tirava a foto do fã e da Lena era uma fotógrafa que havia lá, parece que era a Patrícia Devoraes). Na entrada, uma moça que fazia parte da organização relembrava que não era permitido gritar, abraçar, beijar, agarrar ou puxar a Lena, caso contrário, o infrator seria posto para fora sem direito a retorno.

Enquanto a Lena atendia uma outra pessoa, eu dei um “oi” para Sven Martin (que estava acompanhando o evento) e falei para a Jenny que aquele era o Sven, o músico da Lena. Mas a menina parecia que estava hipnotizada e só olhava atônita para a cantora, como se não acreditasse no que via e eu acho que nem escutou o que eu falei. Ela levou umas fotos da Lena para serem autografadas, falou algo com ela e tiraram uma foto juntas. Chegando a minha vez, a Lena me reconheceu do jantar. Como eu já tinha pedido autógrafo no jantar, eu não trouxe nada para ser autografado, então ela pegou os ingressos que eu estava segurando e autografou todos. Não me lembro o que eu falei para a Lena naquele momento. Tiramos a foto e saí (o meet & greet foi rápido, cerca de um minuto), me encontrando novamente com a Jenny do lado de fora.

Depois, eu, a Jenny mais uns amigos dela fomos ao shopping D, que fica próximo do local. Ficamos um tempo lá, conversamos um pouco (falei bem pouco, menos do que no jantar), o pessoal comprou algumas coisas para comer e beber (eu não comprei nada por não estar com fome naquele momento), compraram mais não sei o que, e lá para umas 18 horas retornamos ao Hangar 110, onde fomos para a fila para entrar no show, de tamanho semelhante à fila anterior, e onde me livrei dos demais ingressos que eu ainda tinha comigo.

Um pouco tempo depois que a gente chegou na fila, flagramos a Lena Katina saindo da casa de shows pela porta da frente e entrando num carro. O carro deve ter levado-a de volta ao hotel para a cantora se arrumar para o show.

Apesar de no ingresso constar que a abertura da casa era às 19 horas e que o início do show era às 20 horas e 30 minutos, a casa abriu quase umas 20 horas. Um pouco antes, tirei algumas fotos com o pessoal (foi aí que eu percebi que a câmera digital que eu havia levado estava sem cartão de memória, pois quando eu removi o cartão no dia do jantar, eu acabei o substituindo por um adaptador microSD vazio, mas eu acabei usando o celular para fazer as fotos), além disso, fiquei com fome (eu estava sem comer a algum tempo) e comprei um cachorro quente de um vendedor que lá havia.

Na entrada, dois seguranças, um homem e uma mulher, revistavam todos os que entravam, com o homem revistando o homens e a mulher revistando as mulheres. Na hora de me revistar, o homem achou que meu celular fosse algo estranho e me pediu para mostrar o mesmo, apesar disso, não pediu para ver a câmera digital que estava no outro bolso, ele viu também o meu RG e depois me liberou para entrar. No caso da Jenny, demorou um pouco mais para ela entrar, pois ela estava com uma bolsa, aí tinha um suco que ela trouxe e não podia trazer nada de fora para consumir e ela teve que beber o bagulho antes de entrar no local, então eu fiquei esperando a Jenny enquanto a música eletrônica de antes do show tocava. Algum tempo depois, ela entrou e ficamos mais ou menos próximos do palco onde a Lena posteriormente se apresentou.

O interior do lugar não era muito grande (como acredito que devem ser outras casas de show), mas era suficientemente grande para acomodar as pessoas que ali estavam. Basicamente era uma pista onde todo mundo ficava em pé com um palco no fundo e uma área onde era possível comprar bebidas (mais detalhes nas fotos ao fim deste post).

O início do show demorou a ocorrer e se deu mais de uma hora e meia depois de entrarmos na casa de shows (acho que o relógio do Hangar 110 no qual se basearam os horários estava errado). Em alguns momentos, parecia que o show ia começar, mas não começava e outra música eletrônica tocava. Nesse meio tempo, deu tempo da Jenny ir comprar algo para beber e ir ao banheiro. Também nesse meio tempo, a produção do evento ajustou algumas coisas, como câmeras e uma bandeira do Brasil na parte de cima do lugar, que era restrita ao público. Nessa parte de cima com acesso restrito, a Lena Katina foi vista andando de um lado a outro, apesar de que a grande maioria dos que lá estavam não viram (e nem eu vi, fiquei sabendo por uma amiga da Jenny).

Depois de muita demora e do povo começar a pedir o início do show, gritando “Lena! Lena! Lena! Lena!”, eis que as cortinas do palco se abrem e o show começa com a Lena Katina, agora com cabelos mais loiros, cantando uma versão remix de Never Forget You (remix até pelo fato da Lena não estar com a banda completa, com apenas o Sven tocando).

A partir daí, ninguém ficou parado durante mais ou menos uma hora de show, onde a Lena Katina cantou suas músicas de sua carreira solo e alguns sucessos do t.A.T.u., com destaques para All The Things She Said (onde em um determinado momento da música, vários casais homossexuais que ali estavam se beijaram), Polchasa (versão em russo de 30 Minutes, inclusive o povo pediu para a Lena cantar uma música em russo) e Lift Me Up (onde vários balões vermelhos e brancos surgiram, uma ideia da equipe da casa de shows).

Ao final do show, eu e o grupo da Jenny ficamos mais um pouco no local e, depois das 23 horas, me despedi do pessoal e saí do Hangar 110 (tive que ir embora até porque eu tinha que pegar metrô e o mesmo fecha meia-noite). Nesse meio tempo, minha mãe me ligou para saber se estava tudo bem comigo. Na saída do estabelecimento, perguntei a uma moça que ali se encontrava e que se chamava Bianca o caminho até a estação Armênia do metrô e, para a minha surpresa, ela me informou que o caminho era uma linha reta (se eu soubesse disso antes, eu não teria me embananado tanto para chegar ao local). Reparei que ela pensou que eu fosse de outro país, provavelmente pela minha fala peculiar de Asperger. Agradeci a informação e fui embora, pegando um metrô tranquilo. A Jenny e seus amigos ficaram mais tempo e conseguiram ver a Lena novamente, saindo da casa de shows, e voltaram para casa de madrugada.

No dia seguinte, fiquei num estado que eu não sei descrever direito, seria tipo meio cansado, uma espécie de ressaca (embora eu não tenha bebido), sei lá, provavelmente devido a eu ter tido uma interação social intensa na qual eu não estou acostumado. Nesse mesmo dia, a Lena e o Sven participaram de um “meeting”, um evento de duas horas mais ou menos onde fãs faziam perguntas a ambos, evento este que eu não participei, pois custava 250 reais e eu já estava satisfeito em ter jantado com a Lena.

E acaba aqui o meu relato acerca da vinda da Lena Katina ao Brasil. Abaixo, seguem as fotos que eu tirei do jantar e do show:

SAM_0333

Aqui, um vídeo do show completo feito por uma outra pessoa (acho que foi feito pela organização do show, mas não tenho certeza):

Pesquisando no Youtube por “Lena Hangar 110”, há outros vídeos do show além deste.

Então é isso, pessoal, até o próximo post, que será feito quando eu tiver um assunto relevante no qual eu queira relatar neste blog.

Bônus: O vídeo a seguir não é de minha autoria, é de uma adolescente que inclusive eu vi na fila do meet & greet e no show chamada Myrella, é um vídeo feito um tempo antes do show e que eu quase chorei vendo o mesmo, e acredito que a autora do vídeo não vá se importar se eu divulgá-lo aqui:

Tutorial de atualização do Debian 6.0 para a versão 7.0

Posted in Tutoriais on 10/06/2013 by Allan Taborda

Em março de 2011, fiz um post com um tutorial de atualização do Debian 5.0 (codinome Lenny) para a versão 6.0 (codinome Squeeze). Neste post, sintetizarei o processo de atualização do Debian 6.0 para a versão 7.0 (codinome Wheezy), em uma versão simplificada do tutorial original, que é mais extenso e tem outros detalhes. Baseei-me nas instruções contidas no próprio site do Debian, que podem ser acessadas em http://www.debian.org/releases/stable/amd64/release-notes/ seções 4 e 5. Este tutorial foi testado nas versões 32 (i386) e 64 bits (amd64) do Debian GNU/Linux. Não foi testado no Debian GNU/kFreeBSD, mas creio que deva funcionar também para o mesmo, fazendo apenas uma adaptação com relação ao nome do pacote do kernel (onde está escrito linux-image, substitui-se por kfreebsd-image). Todos os comandos devem ser executados como root e recomenda-se, assim como na atualização da versão 5.0 para a 6.0, não usar o aptitude no lugar do apt-get para rodar os comandos (isso consta no tutorial do site do Debian).

1) Tecle Ctrl+Alt+F1 para ir para o console em modo texto e logue-se como root.

2) Instale todas as atualizações lançadas para a versão 6.0 pelo menos até a versão 6.0.7:

apt-get update
apt-get upgrade

3) (Opcional) Caso possua um conjunto de DVDs do Debian (dez, no total), insira um dos DVDs no leitor de DVDs e use o comando abaixo para adicioná-lo à lista de repositórios:

apt-cdrom add

Repita o processo para todos os DVDs.

4) Edite o arquivo /etc/apt/sources.list com um editor de texto, alterando todas as referências a “squeeze” para “wheezy”. Eu usei o nano como editor de texto.

5) Mate o modo gráfico (não sei sei isso é realmente necessário, mas o seguro morreu de velho):

killall gdm3

Se estiver usando outro gerenciador de login ao invés do GDM, altere a linha acima para matar o gerenciador que estiver usando (por exemplo, o KDM).

6) Atualize os pacotes para os do Wheezy (isto não atualizará todos os pacotes, mas é assim mesmo):

apt-get update
apt-get upgrade

7) Instale o kernel do Debian Wheezy:

apt-get install linux-image-3.2.0-4-amd64

A linha acima é específica para a versão 64 bits do Debian. Para a versão 32 bits, a linha seria:

apt-get install linux-image-3.2.0-4-686-pae

Caso esteja em dúvida e queira verificar o nome correto do pacote a ser instalado, use o comando:

apt-cache search linux-image

E instale a versão com nome semelhante à versão que já está instalada no sistema, que irá aparecer no comando acima também. Observação: na versão 32 bits, não há pacote de kernel 686 sem suporte PAE. Caso faça muita questão de não ter um kernel com suporte a PAE, sugiro instalar a versão 486 no lugar da 686.

8) (Opcional) Caso possua instalado o pacote ia32-libs ou deseje futuramente instalar pacotes 32 bits sendo a versão instalada do Debian a de 64 bits, execute os comandos abaixo:

apt-get install dpkg
dpkg –add-architecture i386
apt-get update

O primeiro comando instala a nova versão do DPKG, que possui suporte a multi-arquitetura. Substitua nos comandos acima i386 por amd64 se desejar instalar pacotes 64 bits sendo a versão instalada do Debian a de 32 bits (o kernel em execução deve ser a versão 64 bits quando for executar programas 64 bits). Caso não execute esse passo, o DPKG será atualizado normalmente junto com outros pacotes.

9) Rode o comando abaixo, que irá, de fato, atualizar o Debian para a versão 7.0:

apt-get dist-upgrade

10) Aproveite para remover pacotes inúteis, que eram dependências de outros pacotes mas que agora não são mais necessários, e, novamente, verifique (antes e depois de remover os pacotes inúteis) se não há mais nenhum pacote a ser atualizado:

apt-get upgrade
apt-get autoremove
apt-get upgrade

11) Reinicie o sistema, com o comando “reboot”.

12) Repita o passo 1 e rode o comando abaixo para remover o antigo kernel da versão 6.0 do Debian:

apt-get remove linux-image-2.6.32-5-amd64

A linha acima é específica para a versão 64 bits do Debian. Para verificar o nome correto do pacote a ser removido, use o comando:

apt-cache search linux-image-2.6

E isso é tudo. Caso deseje consultar um tutorial mais detalhado acerca da atualização do Debian para a versão 7.0, consulte o manual oficial no link do início deste post, que é bem maior e tem outros detalhes.

Como a mediunidade poderia ser provada cientificamente

Posted in Temas polêmicos on 27/05/2013 by Allan Taborda

Há quem acredite e há quem não acredite em vida após a morte, mediunidade, espiritualidade, tratamentos médicos espirituais e uma série de temas correlatos. Quem acredita em espiritualidade, costuma defender sua existência, inclusive citando ocorridos envolvendo comunicações entre mortos e vivos, sendo esses últimos denominados médiuns. Por outro lado, quem não acredita argumenta de diversas formas, como apontando falhas nas doutrinas espiritualistas (tanto na parte dita “científica” quanto na parte ideológica), argumentando que não há indícios e/ou provas científicas da vida após a morte, apontando explicações científicas para fenômenos mediúnicos, e por aí vai.

Este post não tem como objetivo tomar partido para um lado ou para o outro lado da discussão, mas apontar uma forma de acabar de uma vez por todas com a dúvida de se é verdade ou não a possibilidade de contatos com espíritos por meio da mediunidade. Essa forma se daria através de um teste científico e isento de interferências externas que poderiam prejudicar sua credibilidade, não restando dúvidas de que existe mesmo comunicação entre mortos e mediunidade caso o teste seja bem-sucedido, e derrubando tais crenças caso contrário.

Segue o teste: dois médiuns, de preferência que não se conheçam, ficam cada um em uma sala, e cada uma dessas salas devem estar a pelo menos 200 metros de distância uma da outra, de modo que nenhum som proveniente de uma sala ou de algum lugar próximo a essa sala pudesse ser ouvido a partir das proximidades da outra. Para garantir que nenhum som se propague entre as duas salas, ambas devem ter isolamento acústico.

Em cada sala, além do respectivo médium, deve haver mais seis pessoas, sendo três espiritualistas, que acreditam em comunicação com os mortos, espiritualidade e afins, mas que não necessariamente são médiuns, e três céticos, que não acreditam nessas coisas. Essas seis pessoas devem auditar o experimento em cada uma das salas e conferir o resultado do mesmo, com testemunhas de ambos os lados em um número razoável de testemunhas.

Essas salas devem ficar trancadas pelo lado de fora, com um espiritualista e um cético na porta de cada sala, portando as respectivas chaves e garantindo que nenhuma interferência externa próxima às salas ocorra. Observando cada uma das portas de cada sala, deve haver pelo menos uma câmera, e essas câmeras transmitem imagens para uma terceira sala onde há mais três espiritualistas e três céticos, coordenando o teste e auditando o mesmo.

Vamos denominar as salas como sendo sala A, sala B (onde ficam os médiuns) e sala C (onde ficam os coordenadores do teste). O teste consiste em uma mensagem partindo da sala A sendo transmitida por meio de mediunidade para a sala B.

O teste começa com o pessoal das salas A e B sendo trancado nas mesmas logo de cara, ficando incomunicáveis lá dentro (exceto para avisar o término de sua parte no teste às duplas que ficam nas portas das respectivas salas). Antes de entrarem em suas salas, todos são revistados a fim de não entrarem com nenhum equipamento eletrônico que possa prejudicar a confiabilidade do teste, como rádio, celular, tablet, etc.

Em seguida, o pessoal da sala C se reúne a fim de confeccionar pelo menos dez textos de uma página cada um, a partir de trechos de textos diferentes extraídos de outros lugares, como a Internet (de onde fica mais fácil e ágil de copiar e colar). Cada texto deve conter pelo menos três trechos de diferentes textos aleatórios, que podem ser quaisquer textos, excetuando textos que podem causar desconforto aos médiuns, como contos eróticos, textos com palavras de baixo calão e/ou histórias macabras.

Após a confecção dos textos, estes são impressos em apenas uma via e inseridos cada um em um envelope lacrado e idêntico aos demais. Então, os envelopes são embaralhados e um deles é sorteado, sendo transportado por um espiritualista e um cético, cada um segurando uma ponta do envelope e mantendo-o a frente de seu corpo e de maneira visível a fim de garantir que de maneira alguma ele seja substituído no trajeto, até a dupla que fica na porta da sala A. Os demais envelopes ficam na sala C para conferência, só sendo abertos ao final do teste.

Após o retorno da dupla que transportou o envelope à sala C, é dado o sinal por meio eletrônico (rádio, ponto eletrônico ou outro) para os porteiros da sala A abrirem a porta da mesma e entregarem o envelope, com cada porteiro segurando uma ponta do envelope e sem falar nada a ninguém que está lá dentro. Após a entrega do envelope, a porta da sala A é trancada.

Assim que o médium da sala A começar a fazer a transmissão do texto por meio de espíritos (caso realmente existam e possam se comunicar com os médiuns), alguém da mesma sala deve tocar um sino ou outro dispositivo de comunicação semelhante afixado na porta a fim de informar aos porteiros que a transmissão começou. Em seguida, os porteiros informam ao pessoal da sala C que a transmissão do texto começou, e então os porteiros da sala B são orientados por meio eletrônico (rádio, ponto eletrônico ou outro) pelo pessoal da sala C a avisarem através de um sino ou outro dispositivo de comunicação semelhante afixado na porta que a mensagem já pode começar a ser psicografada pelo médium da sala B.

Ao término da transmissão do texto pelo médium da sala A, alguém dessa sala deve informar por meio do sino que a transmissão do texto se encerrou. E ao término da psicografia do texto pelo médium da sala B, alguém dessa sala deve informar por meio do sino que a psicografia do texto se encerrou. Após ambos os sinais aos respectivos porteiros (e por consequência o informe dos mesmos ao pessoal da sala C), os porteiros da sala B são orientados pelo pessoal da sala C a recolherem o envelope lacrado com a mensagem psicografada e trazerem o mesmo até a sala C, cada um segurando uma ponta do envelope e mantendo-o a frente de seu corpo e de maneira visível a fim de garantir que de maneira alguma ele seja substituído no trajeto.

Por fim, na sala C, o texto é conferido para ver se é exatamente o texto que foi levado até a sala A. Os nove envelopes que não foram sorteados são usados para saber qual era o texto que foi transmitido, uma vez que ele não estará entre os nove. Alternativamente a isso, ou complementando isso, o texto original poderá ser trazido de volta à sala C pelos porteiros da sala A.

Caso o texto tenha sido transmitido com êxito entre os médiuns, terá enfim sido provado cientificamente que existe comunicação com espíritos (ou, pelo menos, algo sobrenatural que tenha transmitido o texto entre as salas A e B). Caso a transmissão tenha falhado, poderão ser feitas mais seis tentativas de transmissão, substituindo ou não o pessoal das salas A, B e C e/ou os médiuns. Para cada tentativa, os dez textos deverão ser diferentes e confeccionados para os respectivos testes, não podendo de forma alguma reaproveitar algum texto de um teste anterior. Caso a transmissão dos textos tenha falhado nas sete tentativas de realização do teste, ter-se-á provado que a comunicação entre espíritos e médiuns não existe.

Alternativamente, poderá haver mais de um médium em cada sala a fim de fazer a transmissão e psicografia da mensagem. Eu propus três espiritualistas e três céticos em cada sala porque creio que este seja um número razoável de auditores de ambos os lados da questão, menos que isso eu creio que a confiabilidade do teste poderia ficar prejudicada. Além disso, poderão ser feitas mais de sete tentativas de transmissão do texto a ser psicografado, mas o número mínimo deve ser sete para que não se reste dúvidas acerca da questão.

É recomendável que cada envolvido no teste assine um termo aceitando as condições de realização do mesmo. Também é recomendável que o teste seja tema de um documentário a fim de divulgá-lo, preferencialmente com esse documentário sendo exibido na TV aberta.

No caso da recusa generalizada dos espiritualistas em realizar esse teste alegando alguma desculpa, será um indício (mas não uma prova) de que comunicação com espíritos é apenas uma crença, entretanto, creio que os espiritualistas são os que deveriam ser os mais interessados em provar suas crenças a fim de serem levados a sério, ainda mais que muitos afirmam que a espiritualidade é uma ciência.

Caso alguém tenha alguma sugestão de como melhorar o teste ou apontar alguma falha no mesmo, ou ainda deixar qualquer tipo de comentário, deixem comentários na seção de comentários deste post.

Como eu descobri ter Síndrome de Asperger

Posted in História on 01/03/2013 by Allan Taborda

Eu sempre tive um comportamento, de um modo geral, diferente do das outras pessoas. Não só o comportamento, mas a maneira de eu pensar, de agir, de me expressar, de uma série de coisas.

Sempre tive dificuldade de me relacionar com os outros. Na época da escola, eu ficava isolado de outros colegas, pois não me era interessante interagir com os mesmos. Quando eu tentava interagir com os outros, era como se eu falasse uma língua e os outros falassem outra, ainda que eu e os outros falássemos português. Isto também se repetiu na época da faculdade, embora nessa época eu já tentasse a todo o custo mudar isso, com poucos avanços relacionados a isso.

Meu problema de relacionamento não se dava apenas no ambiente presencial, mas também no virtual. Eu percebia que as pessoas me viam de uma forma diferente no Orkut, quando eu participava das comunidades, principalmente em comunidades onde havia bastante conversa. Além disso, eu acabava postando coisas que incomodavam as outras pessoas, ou coisas sem noção (e depois eu percebia que era sem noção). Cheguei a chorar uma vez quando vi que não conseguia me relacionar nem pela Internet, numa comunidade onde o povo conversava sobre assuntos variados. Mais recentemente, tentando arranjar uma namorada pela Internet, comecei a conversar com uma moça muito bonita e vi que ela estava ficando interessada, mas eu só fazia perguntas e eu não sabia o que escrever, até que eu escrevi uma pergunta que parece que ela não gostou e ela me respondeu que eu fazia perguntas estranhas, aí ela parou de se corresponder comigo e eu fiquei muito frustrado.

Nunca liguei para o que os outros pensavam ou curtiam. Sempre quis ter minhas próprias opiniões com relação a tudo, ainda que tais opiniões fugissem do senso comum relacionado. Sempre tive meus gostos musicais independente da moda do momento. Não só os gostos musicais, mas qualquer tipo de gosto, como do que eu gostava de assistir na TV, do que eu gostava de fazer, do que eu gostava de brincar quando eu era criança (brincava principalmente com meu irmão, que era praticamente o único com quem eu me relacionava), do que eu gostava (e gosto) de fazer no computador…

Por muitas vezes, eu acabava não gostando de nada do que havia em uma determinada área, como do teor dos textos que eu tinha que copiar quando eu estava na escola, nas aulas de português, ou como o teor dos enredos de séries de TV que passavam na época (apesar de eu assistir um ou outro seriado), então eu acabava por criar meus próprios textos e meus próprios personagens cujas histórias que eles participavam tinham enredos criados por mim.

Desde que eu me conheço por gente, eu consumo ter manias estranhas, com a de mexer com os braços, as mãos e os dedos de forma repetitiva ou limpar a boca seguindo sempre com os mesmos passos, na mesma ordem. Quando eu era bebê, segundo a minha mãe (e há também uma foto minha da época onde se pode notar isso), eu ficava abanando as orelhas repetidamente. Hoje em dia, eu não tenho tanto dessas manias repetitivas, só de vez em quando, quando estou sozinho, eu acabo por mexer os dedos repetidamente, e por uma quantidade menor de tempo do que antigamente.

Eu sofri muito bullying quando eu era criança, na época em que eu cursava da primeira até a quarta série do ensino fundamental, principalmente na quarta série, quando adquiri um grave problema na fala que tenho até hoje, embora o problema tenha diminuído bastante, com o passar do tempo. Meus colegas da época viam que eu era mais quieto, que eu seguia mais as regras que me eram impostas, viam que eu era “diferente” e me faziam de alvo para seus ataques de bullying.

Era perceptível que eu tinha algo de diferente das demais pessoas da mesma idade que eu. Eu mesmo percebia isso já desde a época que comecei a frequentar a escola. Durante alguns anos, acho que de meados dos anos 90 até 2005, minha mãe me levava ao ambulatório de saúde mental de Praia Grande (posteriormente, passei a ir sozinho), onde eu passava por consultas de psicólogas e psiquiatras. Cheguei a passar por uma fonoaudióloga, mas não fez efeito algum na minha fala, na verdade, só teve efeitos adversos. As psicólogas me ajudaram um pouco na parte emocional, já os psiquiatras passavam alguns remédios, mas nenhum diagnóstico do que eu tinha era dado. Os remédios prescritos iam desde antidepressivos até remédios para síndrome do pânico. Um psiquiatra disse que eu tinha dificuldade de aprendizado (com certeza, eu nunca tive isso, muito pelo contrário), chegaram a me falar que eu tinha um “problema crônico”, falando de um modo meio que pejorativo. Eu sei que tinha alguma coisa, mas eu não sabia o que era, mas parecia ser um problema dificílimo de ser solucionado, visto que, mesmo com os tratamentos, eu continuava do jeito que eu sou.

Em 2005, quando ocorreu a última tentativa de eu me tratar com um psiquiatra, me foram receitados uns remédios que fizeram meu comportamento ficar estranho, eu fiquei mais espontâneo e menos tímido, mas também comecei a agir de forma estranha e fiz coisas que eu não costumo fazer em meu juízo perfeito. Na época, eu acreditei estar ficando louco. Depois de ter uma crise de ansiedade e de eu adquirir dificuldade para urinar, foi comunicado ao psiquiatra sobre os ocorridos e o mesmo suspendeu abruptamente o tratamento, causando efeitos ainda mais adversos sobre mim, como uma depressão profunda. Cheguei a não ter mais vontade de sair de casa e pensei que talvez não voltaria à faculdade. Felizmente, isto ocorreu durante o período de férias e, até as aulas voltarem, eu já tinha quase totalmente recuperado da depressão.

Após o tratamento psiquiátrico fracassado, me tratei com florais com uma terapeuta holística (havia também consultas presenciais semanalmente). Alguns problemas como a ansiedade foram resolvidos, a habilidade de me comunicar melhorou um pouco, mas alguns problemas permaneceram, como o fato de eu nunca iniciar uma conversa e de não saber interagir com as pessoas.

Eu sempre me cobrei para ser o máximo possível como as outras pessoas. Tentava, na medida do possível, ser como as demais pessoas, ainda que muita gente não percebesse e até achasse que eu tentava ser diferente, especial. Lembro-me de que, na época da quarta série do primário, a professora (ou a diretora, ou ambas, confesso que não lembro com exatidão) gritou comigo dizendo que eu era um menino normal ou algo do tipo.

Durante toda a minha vida, formulei muitas teorias que explicariam o porquê de eu ser daquele jeito. Dentre essas teorias, estavam a de que a minha mãe não soube me criar direito e me criou errado, a de que eu era a reencarnação de um cachorro, de um gato ou de outro animal e que a reencarnação atual seria a minha primeira como humano, a de que eu era um espírito inferior (durante anos, eu fui espírita, hoje eu não tenho religião e não sei se Deus existe ou não), dentre outras teorias daquelas.

Sempre achei que boa parte da explicação para o meu comportamento era pelo fato de eu ser tímido. Eu acreditava, por muitos anos, ser extremamente tímido, tão tímido que eu acabei ficando do jeito que eu sou, ainda que outros tímidos que eu via não fossem como eu. Até que um dia, vi uma reportagem do Globo Repórter que falava sobre a timidez e mostrou o que era a timidez. Cheguei à conclusão de que eu não era exatamente uma pessoa tímida, pois fazia coisas que os tímidos não faziam, como falar em público (já fiz isso um monte de vezes). Além disso, vi que os tímidos não se comportavam como eu me comporto.

Houve uma época que eu pesquisei na Internet sobre alguma coisa que eu poderia ter. Cheguei a suspeitar que eu fosse disléxico, uma vez que minha letra é horrível e às vezes eu não entendia algumas coisas, mas aí eu vi o que era dislexia e descartei esse diagnóstico. Cheguei a ler o artigo da Wikipédia sobre Síndrome de Asperger, mas na época, o artigo estava mal escrito e era demasiadamente curto, dizendo que era uma condição parecida com o autismo descoberta nos anos 80 que consistia na pessoa levar tudo ao pé da letra, ou algo assim. Naquela época, eu descartei ter isso.

Entretanto, há cerca de um mês e meio, li novamente o artigo da Wikipédia sobre a Síndrome de Asperger e, ao contrário da primeira vez, acabei me identificando com os sintomas e características descritas no artigo, não com todos os sintomas e características, mas com a maioria dos mesmos, muitos que só eu sabia, pois não havia contado a ninguém. A fim de saber mais sobre a síndrome, pesquisei outros sites, que reforçaram a minha identificação com este diagnóstico, ainda que não feito por um psiquiatra (se eu não tenho Síndrome de Asperger, eu teria o quê então, uma outra síndrome com os mesmos sintomas da de Asperger?) e então eu acabei me autodiagnosticando como tendo Síndrome de Asperger.

Estou “digerindo” até hoje essa descoberta e desde então eu tenho feito mais pesquisas sobre essa síndrome, bem como sobre o autismo, uma vez que Asperger é uma das síndromes do espectro autista. Entrei em um grupo do Facebook sobre a Síndrome de Asperger, o Grupo Asperger – Brasil, e estou relatando minhas experiências acerca dessa síndrome, bem como participando dos tópicos criados por outros participantes.

Com esse autodiagnóstico, acabei por tabela entendendo melhor o porquê de eu ter tanta consideração, tanto carinho pela Mara, uma ex-colega de sala de aula dos tempos do ensino médio, chegando a chamá-la de irmã (ainda mais pelo fato de eu não ter uma de verdade). Provavelmente vocês devem ter percebido que o endereço do blog é irmaodamara.wordpress.com, ele vem do meu e-mail, irmaodamara@yahoo.com.br, que foi criado em 2004, após o término do ensino médio e quando comecei a faculdade. O nome de usuário do e-mail é uma homenagem à Mara. Como eu escrevi, eu sempre tive dificuldades para me relacionar com as pessoas, e para piorar, eu nunca conseguia iniciar uma conversa e sempre ficava quieto num canto. A Mara foi a garota que se relacionou comigo, conversou comigo, fez trabalho de escola junto comigo, me convidou para ir na casa dela passar o dia, veio na minha casa (isso ocorreu depois do término do ensino médio)… Ela me fez me sentir como se eu fizesse parte do grupo. Ainda que ela tenha pisado na bola algumas vezes (todo mundo tem seus defeitos e comete erros), sou até hoje grato pelo que ela me proporcionou. Hoje o nosso contato é mais pela Internet, já que eu estou morando em São Paulo e ela permaneceu em Praia Grande, no litoral paulista.

Descobrir que eu tenho Síndrome de Asperger me fez descobrir que não há cura para o que eu tenho, por outro lado, me fez descobrir que minha condição é mais comum do que eu pensava (eu cheguei a pensar que eu era o único assim), vendo outras pessoas com as mesmas dificuldades que eu. Ainda que eu não seja uma pessoa completamente normal, descobrir que eu tenho Síndrome de Asperger me fez sentir mais normal e não mais um ET.

Meu desejo é que a Síndrome de Asperger seja mais divulgada e mais conhecida pela sociedade, tanto para as pessoas terem mais informações sobre essa condição, tanto para quem está na mesma situação que eu ou tenha um filho nessas condições possa eventualmente se autodiagnosticar ou procurar um diagnóstico de um psiquiatra especializado.

Este post termina aqui. Confesso que este post demorou alguns dias para ser escrito, era para ter sido postado no Carnaval, entretanto, acabei demorando um pouco para terminar de escrever, até porque lembrei de coisas que eu passei e que mexeram um pouco comigo. Até o próximo post!

(insira aqui um tipo de música que você detesta) é música boa!

Posted in Música, Temas polêmicos on 07/01/2013 by Allan Taborda

No primeiro post de 2013, irei falar sobre um assunto muito polêmico: gostos musicais. Nele, tentarei expor meus gostos musicais de uma maneira mais resumida possível. Além disso, provarei (ou tentarei provar) que, na verdade, toda música é boa independente de seu gênero, acreditem se quiser (e a explicação é bem simples).

Meus gostos musicais são muito variados, eu gosto de muitos gêneros musicais diferentes e, dentro de um gênero musical, há músicas que eu curta mais ou curta menos, ou não curta. Mas, para tentar resumir sem deixar nada de fora, acho mais fácil escrever que tipos de música eu não curto (e o restante é o que eu curto, com maior ou menos intensidade). Depois, eu irei escrever o que eu mais curto atualmente e o que eu mais curti há tempos atrás (na verdade, com o passar do tempo e quanto mais novas músicas são lançadas, as músicas que eu curto mais vão mudando, mas sem eu deixar de curtir as que eu curtia mais antes).

As músicas que eu não gosto se resumem a algumas categorias específicas. Observação: não tenho nada contra quem gosta de tais tipos de músicas e nem quem as canta, o meu não gostar é com as músicas em específico. São elas:

1) Músicas demasiadamente repetitivas, como por exemplo, alguns tipos de música eletrônica incluindo (mas não se resumindo a) o funk (o funk é uma música eletrônica, para quem não sabe), onde, tanto nas letras quanto nas batidas musicais, ocorrem exaustivas repetições, uma vez que tal gênero musical é de baixo orçamento e os compositores de funk aparentam não ter muita criatividade para compor o enredo e a melodia das músicas, nessa categoria, incluem-se também músicas com poucos acordes, como Legião Urbana;

2) Músicas com ritmo demasiadamente pesado e/ou com vocais muito gritados, como por exemplo, as tocadas bandas de rock como Metallica, Iron Maiden, Megadeath, bandas punk e similares;

3) Músicas cuja letra não é cantada, e sim falada durante a melodia, como por exemplo, quase a totalidade dos raps existentes, além de alguns funks (e as piores nessa categoria são as mais rápidas, onde o cantor vomita a letra);

4) Músicas cuja letra possui conteúdo reprovável a meu ver, como por exemplo, conteúdo machista, sexista, apologista ao consumo de álcool, maconha e/ou outras drogas, ou que só falem de sexo e/ou putaria;

5) Músicas que só falem de um tema específico, como por exemplo, músicas que só falem de legalização da maconha (tais músicas se encaixariam também na categoria do parágrafo acima), músicas gospel (só falam de religião) e outras;

6) Músicas onde o cantor ou cantora não possui vocação alguma para cantar, nessa categoria, incluem-se (mas não se limitam a) músicas cantadas por muitos cantores de funk, algumas bandas de forró e músicas semelhantes, algumas bandas de rock, etc. Na verdade, essa categoria independe de gênero musical, nela, há geralmente (mas não se limitando a) músicas do ritmo do momento que, pelo fato de ser um gênero de música que está fazendo muito sucesso, pipocam bandas e cantores sem vocação para a música que se aproveitam do sucesso do gênero musical e pegam carona no mesmo a fim de tentar ganhar dinheiro. Essa categoria é um pouco subjetiva, pois um determinado cantor ou cantora, na avaliação de alguns, não tem vocação para cantar, mas para mim ou outras pessoas, tem sim alguma vocação (o que ocorre é que alguns timbres de vozes não agradam a certas pessoas, como o da Joelma da banda Calypso, que, a meu ver, não se encaixa nessa categoria e em nenhuma outra aqui listada, mas há muitos que não curtem a voz dela e a maneira dela cantar);

7) Músicas demasiadamente melancólicas, como (mas não se limitando a) muitos tangos e fados (acredite, a música Everybody Hurts, do REM (e regravada pelo The Corrs), não chega nem perto de tais músicas em nível de melancolia e não se inclui nessa categoria, e muito menos é a música mais melancólica do mundo, como muitos dizem);

8) Músicas demasiadamente bregas, como as do Paulo Sérgio, Amado Batista e semelhantes, muitas delas dos anos 70 (mas há também de outras épocas, e até algumas atuais);

9) Músicas que, por algum motivo em específico, ainda que não se incluam nas categorias acima, eu não curta, são bem raras as músicas inclusas nessa última categoria, e eu não me lembro de nenhuma no momento.

Observação: nas vezes que me referi a funk nos parágrafos acima, me referi ao que atualmente é chamado de funk, que é um ritmo eletrônico brasileiro que se popularizou no início dos anos 2000, principalmente entre o público mais humilde, digamos assim. Na verdade, há várias denominações de funk além dessa, que serão abordadas em um post futuro.

Bom, espero que eu não tenha esquecido nenhuma categoria de música que eu não curta, mas creio que sejam só estas aí, se houver mais alguma, eu edito o post, mas acho que é só isso mesmo.

Então, seu Allan, músicas de Luan Santana, Gustavo Lima, Justin Bieber, Miley Cyrus, KLB e Michel Teló não se incluem em nenhuma das categorias acima, então você curte essas músicas?

Não é que eu curta, de ficar escutando, o que ocorre é que eu não “não curto”, se tiver tocando, não vai ter problema nenhum, digamos que eu curto, mas muito muito muito pouco. Na verdade, Michel Teló eu até curto.

Eu divido as músicas em três categorias principais: A, B e C. Na categoria C, encontram-se as músicas que eu não gosto, que se encaixam em pelo menos uma das subcategorias anteriormente listadas. Na categoria B, encontram-se as tipo a do parágrafo anterior, as músicas que eu não tenho nenhum problema em ouvir, mas não são músicas que eu adore. E na categoria A, são as músicas que eu gosto mesmo.

Vou escrever quais tipos de música eu curto, ou melhor, vou escrever o principal, pois há muita música que eu curto e que se encaixa na categoria A, muita mesmo.

A maioria das músicas que eu curto (mas não todas, obviamente) são cantadas por vozes femininas, muitas delas são músicas do gênero pop, há também músicas mais eletrônicas, rocks moderados, algumas músicas dos anos 80 e 90 (apesar de eu não ser dos anos 80, mas não são todas as dos anos 80 e 90 que eu curto), sambas, pagodes, música baiana, alguns tipos de música sertaneja, músicas de alguns países diferentes, como Alemanha, Rússia, Japão, Itália e outros (uma das últimas descobertas que fiz na Internet foi uma cantora da Eslováquia chamada Petra Kepenova, mas ainda não tive muito tempo de pesquisar mais sobre músicas dela e só ouvi algumas poucas), músicas instrumentais, música clássica, e por aí vai (não acredito que consegui sintetizar tudo o que eu gosto de música em um parágrafo tão curto).

Atualmente, tenho escutado Shakira (estou escrevendo este post ouvindo Shakira), T.a.t.u (apesar da dupla ter se desfeito), Nena (cantora alemã dos anos 80 que canta até hoje, e curto tanto músicas antigas dela quanto novas), Kim Wilde (idem à Nena, apesar da Kim ser inglesa), Ace Of Base (desde o primeiro CD, de 1993, até o último, lançado em 2010, com uma nova formação da banda), The Corrs, Adele, Heart (uma banda de rock formada por garotas), etc. Mas as músicas que eu mais escuto variam de tempos em tempos, e já escutei bastante (ainda escuto, mas com uma frequência um pouco menor, mas pode ser que eu volte a escutar mais vezes, dependendo das minhas vontades musicais) Celine Dion, Avril Lavigne, Kyle Minogue, Kid Abelha, Gwen Stefani, Madonna, Michael Jackson, Sandy e Junior (principalmente na época do auge da dupla, bons tempos eram aqueles), uns pagodes, etc.

Por último, eu irei explicar o porque de todas as músicas existentes serem boas músicas, inclusive as listadas dentre as categorias de músicas que eu não gosto nos parágrafos numerados acima e inclusive as que você, leitor, não gosta. Pode parecer ilógico, mas é a mais pura verdade, acredite se quiser.

Na verdade, a explicação é bastante simples: para cada música, há alguém que goste, toda música tem seu público, toda música há alguém que a classifique na categoria A (supondo que todo mundo fizesse esse mesmo sistema de classificação de músicas que eu). Ou seja, toda música é boa para alguém. Você, ou eu, ou outra pessoa pode não gostar de tal música, mas há alguém que goste da mesma, há alguém que ache a música boa.

Mas, seu Allan, não tem como funk ser uma música boa, esse tipo de música é muito ruim! Ou melhor, funk nem é música, é barulho! Você mesmo escreveu que não gosta dessa porcaria! Como funk pode ser uma música boa?

Quando a gente não gosta de uma determinada música, o problema não está na música, está na gente que não gostou da música. E se a música fosse mesmo ruim, por que há gente que gosta da mesma? Outra coisa: da mesma forma que há quem goste das músicas que você não gosta, há também quem não goste das músicas que você gosta. Se for pensar da forma como está no parágrafo acima, tanto eu quanto você escutamos música ruim, já que há alguém que pensa a mesma coisa acerca das músicas que gostamos.

Espero que tenham gostado do post (se não gostaram, o problema não está no post, está em vocês que não gostaram do mesmo, visto há quem goste), e caso discordem de algo, ou mesmo caso não discordem, ou caso desejem perguntar se eu curto um tipo de música em específico (ou outro tipo de pergunta), escrevam suas considerações na seção de comentários.

Allan Taborda lendo A Moreninha, capítulo 12 (e mais dois vídeos)

Posted in Idiotices on 25/12/2012 by Allan Taborda

Hoje é Natal, dia 25 de Dezembro! Feliz Natal a todos os que estiverem lendo isso (e os que não estiverem lendo também), ainda que leiam isso após o Natal!

O post de hoje é para divulgar três vídeos que eu gravei com a webcam do meu notebook, entre eles, um onde eu leio um capítulo do livro A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo e faço comentários sobre o texto enquanto leio. Esse vídeo possui duração de quase 42 minutos e, apesar de longo e da minha dicção não ser boa, é muito engraçado (ou pelo menos, eu achei engraçado, não sei quanto a você que está lendo isso). Os outros dois vídeos são só testes idiotas feitos na webcam.

Seguem os vídeos abaixo:

Eu lendo A Moreninha, capítulo 12:

Cabelo esquisito:

Félix, o gato branco com olhos verdes:

E um próspero ano novo de 2013 a todos, e que o mesmo seja melhor que esse ano!

São Paulo versus Praia Grande

Posted in Temas polêmicos on 05/12/2012 by Allan Taborda

Ultimamente, não tenho tido muito tempo para escrever nos meus blogs, mas acredito que eu volte a ter tempo a partir de agora. No post de hoje, descreverei os motivos de eu achar que São Paulo é uma cidade melhor para se morar do que Praia Grande (pelo menos para mim). Caso discordem dos meus pontos de vista e/ou desejem contra-argumentar em favor de Praia Grande, vocês podem efetuar comentários ao final deste post.

Cada vez mais pessoas estão vindo morar em Praia Grande e a população da cidade vem subindo a cada ano. Por outro lado, a cidade de São Paulo tem uma tendência de queda em sua população, pelo menos nos últimos tempos. Atraídos pela ideia de morar em um lugar não tão agitado quanto a capital paulista, com praia e mais algumas supostas vantagens, somando ao fato de que imóveis em Praia Grande saem mais baratos do que os de muitas regiões da capital, muitas pessoas, incluindo muitos idosos, optam por sair de São Paulo rumo a esta cidade na qual morei por quase 20 anos.

Cada um tem seus motivos particulares para mudar de cidade e preferir uma ao invés da outra. Eu, que já estou em São Paulo já há algum tempo, acabei vindo parar aqui por um motivo em específico, que é o de que eu passei a trabalhar aqui. Entretanto, acabei descobrindo outros que me fizeram ficar de vez por aqui, indo para Praia Grande apenas para visitar os familiares que ficaram por lá. E, no geral, acabei por concluir que São Paulo é uma cidade melhor para se morar do que Praia Grande.

Como eu disse, eu vim para a capital paulista porque passei a trabalhar aqui. Em Praia Grande, há muito poucas vagas de emprego para profissionais qualificados de um modo geral, não apenas na área da informática, mas em muitas áreas especializadas. Em informática, tirando as vagas de técnicos de hardware que ganham um salário de fome, praticamente não há vagas de emprego, e em desenvolvimento de software, que é a minha área de atuação, menos ainda.

Se um programador opta por trabalhar em Praia Grande, ou ele vai ter que fazer bicos e trabalhar como freelancer, desenvolvendo pequenos sistemas para empresas menores, como por exemplo sistemas de cadastro de clientes para lojas que vendem alguma coisa, ou ele terá que tentar a sorte em algum concurso público da prefeitura ou de algum órgão que, por sorte, esteja oferecendo vagas a essa categoria de profissional.

Em São Paulo, há muitas vagas de emprego para as mais diversas áreas, principalmente as que requerem profissionais qualificados. Em desenvolvimento de software, chovem vagas de emprego, principalmente para as linguagens de programação mais populares. No site Apinfo.com, a grande maioria de vagas são para trabalhar na cidade de São Paulo, com muitas vagas para programador Java, DotNet, PHP e outras plataformas.

Eu não disse que não há empregos em Praia Grande, há empregos na construção civil, vagas para trabalhar no comércio, e outras, mas tais tipos de empregos também existem em São Paulo.

Outro motivo é a infraestrutura de ambas as cidades. Enquanto em Praia Grande há apenas um hospital, que funciona em condições horríveis, bem como as unidades de saúde do município, que não são muitas, em São Paulo há vários hospitais e unidades de saúde. A qualidade dos serviços de saúde também não é 100%, deixando a desejar muitas vezes (isso varia de unidade de saúde para unidade de saúde), mas não é pior do que em Praia Grande, onde as consultas médicas tem que ser remarcadas uma série de vezes devido à falta de médicos (só para citar um exemplo de problema), além de outros problemas já conhecidos da população.

E não é só na infraestrutura da saúde pública que São Paulo é melhor do que Praia Grande, em todas as áreas a infraestrutura de São Paulo é melhor. Há muitos tipos de lugar que existem em São Paulo e que em Praia Grande simplesmente não tem nada, como lojas especializadas e determinadas opções de lazer, por exemplo.

Onde tem loja que vende discos de vinil em Praia Grande? Em São Paulo tem! Lojas de CD em Praia Grande eu só conheço a do hipermercado Extra e as das Lojas Americanas. Em São Paulo, andando pelo centro da cidade a fim de fazer não sei o quê, topei com uma e comprei uns CDs difíceis de achar hoje em dia. E biblioteca? Em São Paulo, tem algumas, com destaque para a que fica localizada próximo ao Metrô Carandiru, e ao lado há um belo parque, o Parque da Juventude. A de Praia Grande, quando eu fui precisar consultar livros para fazer o TCC da faculdade, o máximo que a bibliotecária tinha para me oferecer era um livro velho de Delphi versão 2.0 e só. Zoológico, autódromo e estádio de futebol, esquece, provavelmente nunca vai ter naquela cidade. Comércio popular? Em São Paulo há a 25 de Março, além de outros polos especializados, como a Santa Efigênia, especializada em eletrônicos. Em Praia Grande, só há um pedaço da Avenida Vicente de Carvalho, formado por alguns quarteirões, com lojas mixurucas, além da feira livre que ocorre de fim de semana do outro lado da pista.

Pontos turísticos em São Paulo tem um monte, como o centro histórico, o Theatro Municipal (é assim mesmo que se escreve), que também fica no centro histórico, o Zoológico, o Parque da Juventude e a Biblioteca Municipal, já anteriormente citados, o parque que fica na região da Luz que não sei ao certo o nome (acho que deve ser Parque da Luz ou algo assim), o MASP e muitos outros lugares. Em Praia Grande tem a praia (eu particularmente não vejo graça nisso, mas há quem goste), um teatro (na verdade, o Palácio das Artes) que fica onde o Mourão perdeu as botas, um shopping que fica tão longe quanto (fica perto do Palácio das Artes, e fora esse shopping tem mais um outro menor), tem a Praça das Bolas (ih, esqueci, a prefeitura acabou com a praça), o aeroclube (ah, esqueci que o aeroclube foi fechado e atualmente está em ruínas…), a Praça das Cabeças (se bem que ninguém gosta daquela praça, só o prefeito gosta daquilo) e… Só! Ah, tem também o Forte Itaipu, mas eu não sei se está aberto à visitação pública, tipo, se chegando lá dá para entrar ou não.

O trânsito de São Paulo é bastante caótico, principalmente na chamada hora do rush, onde muitas pessoas precisam ir ou voltar do trabalho em um mesmo horário e por uma mesma via. Praia Grande, no momento, tem um trânsito melhor, mas com cada vez mais gente indo morar nesta cidade, a tendência é piorar, ainda mais com as intervenções desastrosas feitas pela prefeitura na Avenida Presidente Kennedy, que deixou tal avenida uma tremenda duma porcaria, com voltinhas estranhas (foi por causa de uma dessas voltinhas que acabaram com a Praça das Bolas, pois o espaço da voltinha ocupou o da praça), ciclovia no meio da pista (deveria ser nas laterais, no meio pouca gente usa, muitos continuam andando pelas laterais da via) pista estreita em alguns pontos de tal modo que, se um carro andar devagar, atrapalha todo o fluxo de veículos e/ou não é possível se manter em uma faixa, tendo que invadir a faixa lateral, semáforos em cruzamentos com ruas pouquíssimo movimentadas e tempo de sinal vermelho exagerado, pouquíssimo espaço entre a ciclovia e a pista para os pedestres passarem, tendo que muitas vezes dividirem o mesmo espaço das bicicletas, impossibilidade de entrar, sair da avenida ou fazer o retorno sem ser por alguns pontos da mesma, tendo que gastar mais combustível, e outros problemas bizarros na principal avenida da cidade. Em Santos e São Vicente, cidades da mesma região, já há problemas no trânsito, cheguei a ficar preso num congestionamento com minha mãe em São Vicente quando fiz a certificação SCJP (e a história toda foi postada neste blog). Em Praia Grande, em breve, não será diferente, mesmo sem ter muito lugar para ir, como explique nos parágrafos anteriores.

O transporte público praiagrandense possui uma passagem cara demais para o trajeto percorrido, apenas dez centavos a menos que o transporte público de São Paulo (formado não só por ônibus, mas também por metrô e trem), isso se não optar por modalidades mais baratas de tarifas, como a do Cartão Fidelidade, tarifa do madrugador, desconto da linha 9 da CPTM no horário das 9 às 10 da manhã, etc. Aí a tarifa fica mais barata do que a do ônibus de Praia Grande.

Além do preço, os ônibus de vez em quando vem lotados, além de demorarem a chegar. Isso, infelizmente, também ocorre na capital, principalmente na hora do rush. Mas pelo menos tem um monte de mulher bonita no transporte público, em maior quantidade do que na terra do Mourão. Eu, particularmente, não vejo problema em pegar metrô lotado, ainda que a linha vermelha possua uma situação bastante tensa devido ao saturamento da mesma (mas há planos e obras em andamento para tentar mudar isso).

Por fim, ainda que São Paulo não tenha dado sorte com os últimos prefeitos (vamos ver agora com o Fernando Haddad se a cidade deu mais sorte, espero que sim), é possível eleger prefeito e vereadores de qualquer partido, ainda que da oposição, já em Praia Grande, onde o povo é masoquista e as eleições costumam ter suspeitas de fraude de vez em quando (principalmente a de 2008, quando o Boneco Assassino venceu o pleito dessa forma), teremos que aguentar mais quatro anos de Mourão, com apenas dois vereadores da oposição gritando THIS IS SPARTAAAAAAA na câmara de vereadores perante a absoluta maioria de aliados do Mourão. Ah, e um candidato a vereador que reconhecidamente e assumidamente comprou votos na eleição de 2008 se elegeu nesse pleito, e não duvido que tenha comprado votos de novo, principalmente se tratando de uma cidade onde a cultura do povo é de parar de estudar cedo para começar logo a trabalhar. Até um conhecido meu que era da área da informática fez isso e não concluiu o Ensino Médio.

Talvez exista algum outro motivo menos importante que agora eu não me lembre, mas o mais importante é isso. Caso discordem e/ou tenham algo a acrescentar, deixem um comentário.

Por que planos de saúde não valem a pena

Posted in Temas polêmicos on 10/10/2012 by Allan Taborda

Minha mãe vive me dizendo que eu deveria optar por contratar um plano de saúde, especialmente se a empresa onde trabalho oferece desconto em um plano conveniado, com desconto direto na folha de pagamento. Como vantagens, minha mãe cita que eu poderia ser melhor atendido do que se eu fosse atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que eu poderia fazer exames e consultas mais rapidamente (pelo SUS seria mais demorado), que eu poderia incluir familiares como dependentes e que eu poderia precisar no futuro, caso eventualmente necessitasse de algum cuidado médico, dentre outros motivos.

Mas eu nunca optei por contratar um plano de saúde, alegando principalmente que acaba saindo muito caro um plano de saúde, mesmo com um desconto devido ao fato da empresa onde trabalho ter convênio com uma administradora de planos de saúde. Na verdade, o preço que eu iria pagar seria apenas um dos motivos. O principal motivo é que planos de saúde não compensam, e eu irei explicar por quê.

Para começar, uma grande parte dos planos de saúde acabam sendo uma espécie de “SUS pago”: as consultas são marcadas para datas demasiadamente distantes, ocorre demora no atendimento, há falta de médicos (e quando tem médico, muitas vezes o mesmo atende mal) e consultas acabam sendo remarcadas devido à falta dos mesmos, da mesma forma que ocorre com o SUS, só que com o pagamento por parte do paciente pelos serviços prestados. Pode ser que o SUS acabe tendo um serviço pior do que determinado plano de saúde, principalmente nas cidades onde o SUS é pior (a qualidade dos serviços do SUS varia de cidade para cidade), mas ainda assim acaba não sendo vantagem, já o atendimento do plano de saúde é ruim do mesmo jeito.

Recentemente, vemos nos jornais, tanto pela Internet quanto pela TV, talvez até nos jornais impressos, notícias sobre médicos que fazem greve e deixam de atender pelos planos de saúde, sobre o mau atendimento dos mesmos, sobre a proibição de determinados planos de saúde de receberem novos conveniados devido ao serviço deplorável oferecido, e por aí vai. Essas notícias demonstram como está a situação atual dos planos de saúde, que cada vez mais querem lucrar o máximo possível sem investir em melhorias para comportar tantos conveniados.

Outro grande motivo é que o dinheiro gasto com um plano de saúde acaba sendo maior do que se o paciente pagasse individualmente pelas consultas e pelos atendimentos nos quais precisasse. O ideal neste caso seria guardar o dinheiro que seria usado no pagamento das mensalidades de um plano de saúde na poupança e usar parte desse dinheiro quando precisasse de um serviço de saúde, pagando individualmente pelo mesmo, o que sairia bem mais barato. Pagando individualmente pelo serviço possibilitaria a livre escolha do hospital, laboratório ou profissional de saúde que lhe melhor atendesse, sem depender do conjunto limitado de opções providas por cada plano de saúde.

Além disso, a não ser que você seja uma pessoa com saúde debilitada, que precisa de serviços médicos constantemente, não vale a pena pagar uma quantia considerável de dinheiro todo mês para precisar de um serviço médico uma vez na vida e outra na morte, ou quando um time da capital paulista ganha Libertadores.

Se não bastassem esses motivos, muitas vezes um determinado problema de saúde não pode ser tratado usando os serviços do plano de saúde contratado, seja por precisar esperar passar a carência do mesmo, seja pelo problema ser uma doença preexistente, seja pelo problema não ser coberto pelo plano de saúde, seja pela falta de profissionais conveniados próximos ao incauto que assinou o plano de saúde ou por outro motivo absurdo qualquer. Mas a mensalidade sempre é cobrada, independente do usuário usar algum serviço do plano de saúde ou do usuário precisar do serviço e o plano não o atender.

E é por isso que eu não pago plano de saúde e nem aconselho outros a pagarem. Não vale a pena. O post termina aqui. Caso tenham algo a comentar ou discordem de algum ponto (ou de todos eles) de algo que eu escrevi neste post, comentem na parte destinada aos comentários do mesmo.

Por que eu escolhi ser programador / Saber programar em uma ou várias linguagens?

Posted in Atividades profissionais, Temas polêmicos on 02/09/2012 by Allan Taborda

O post de hoje possui dois assuntos, ambos voltados ao desenvolvimento de software. O primeiro é sobre por que eu escolhi ser programador (e por que talvez seria bom você escolher essa profissão). O segundo é sobre saber programar em uma ou em mais linguagens de programação.

Antes de eu entrar na FATEC de Praia Grande e cursar o curso de Tecnologia em Informática com Ênfase em Gestão de Negócios, eu pensava em ser professor de matemática e dar aulas em escolas públicas e particulares, da quinta série até o ensino médio, ou ser técnico de computadores, dando manutenção em PCs, consertando-os, montando-os, resolvendo pepinos no sistema operacional, etc, já que eu tinha feito um curso de hardware numa escola profissionalizante. Aí eu acabei passando no único vestibular que eu tinha feito, que era o da FATEC de Praia Grande (passei em décimo segundo lugar entre 254 candidatos, mesmo sem ter estudado para a prova) e cursei aquele curso, no período da tarde.

No curso, aprendi muitas coisas, como o uso e administração de banco de dados, com ênfase no Oracle e sua linguagem PL/SQL; análise de sistemas, que engloba a elaboração dos requisitos do programa, dois casos de uso e criação de diagramas diversos, incluindo o diagrama UML; lógica de programação e estrutura de dados, ambas as matérias usando a linguagem de programação C++ como base; linguagem de programação Java, tanto para desktop quanto para web; gerência de projetos, com ênfase na metodologia PMI; matérias teóricas acerca de sistemas de informação; planejamento de negócios, onde aprendi a elaborar um plano de negócios a fim de montar um negócio próprio; etc, além de matérias menos importantes, como filosofia, recursos humanos, cálculo numérico, computação gráfica, matemática (matrizes e vetores), estatística, marketing, inglês e espanhol, e outras.

Um profissional formado no curso que eu fiz pode atuar em diversas áreas relacionadas ao conteúdo do curso explanado no parágrafo anterior. Pode atuar tanto na área de gestão de negócios (a metade do curso é formado por matérias relacionadas a gestão de negócios) quanto em profissões voltadas à informática, como programador, analista de sistemas, administrador de banco de dados, etc. Para cada profissão, o profissional deve, além de usar o conhecimento obtido no curso, se aprofundar na área buscando conhecimento de outras fontes (cursos específicos, principalmente), uma vez que o curso de Tecnologia em Informática com Ênfase em Gestão de Negócios (que atualmente chama-se Informática para Gestão de Negócios e teve algumas alterações a fim de melhorar o mesmo) não ensina tudo (nem existe curso que ensine tudo), mas dá uma boa base para ir começando e depois se aprofundar na profissão escolhida.

Dentre essas profissões relacionadas, eu escolhi ser programador. Como no curso houve uma ênfase maior na linguagem de programação Java, foi natural eu escolher programar nessa linguagem. Posteriormente, me aprofundei nos meus conhecimentos em Java obtendo a certificação SCJP (fiz um post sobre a obtenção dessa certificação neste blog inclusive) e estudando por conta própria por livros e tutoriais na Internet. Pretendo no futuro tirar mais certificações Java (a próxima será a SCWCD, que agora é OCWCD, uma vez que a Sun foi comprada pela Oracle), além de fazer cursos com conhecimentos mais avançados.

Mas por que eu decidi ser programador, e não analista de sistemas ou administrador de banco de dados, por exemplo?

O principal motivo é que programar é uma coisa que me dá prazer (tá, sexo também me dá prazer, mas acho muito perigoso trabalhar como profissional do sexo, além da concorrência estar brava nesse ramo). Eu sinto prazer em criar aplicações (e também alterar aplicações já existentes, melhorando-as) e vê-las funcionando bem, fazendo o que foram projetadas para fazer. Gosto tanto de programar que programo não apenas profissionalmente, como também por hobby, desenvolvendo meus projetos pessoais de software, como o Robowebert Player e o AOPT, ambos já citados aqui neste blog.

Outro motivo é a grande quantidade de vagas de emprego existentes no mercado de trabalho. Devido à escassez de profissionais qualificados em desenvolver softwares (e para piorar a situação, há os qualificados que não sabem programar direito), aliada à alta demanda por esses profissionais, uma vez que milhares de sistemas precisam ser desenvolvidos do zero ou alterados a fim de ficarem aos gostos dos clientes, os profissionais que se qualificam têm praticamente emprego garantido (apesar do primeiro emprego como programador ser um pouco mais difícil de se conseguir, devido à falta de experiência e ao fato do fato da maioria dos empregadores exigir experiência anterior, mas há quem contrate programadores sem experiência, além de ser possível obter experiência por conta própria, desenvolvendo sistemas como autônomo, ou começar como estagiário), com um salário maior do que muitas profissões por aí (a não ser que comece como estagiário), ainda que o mesmo não seja tão grande nos primeiros empregos.

Um outro motivo, este um pouco polêmico, pois não é um consenso entre os programadores, é o salário, que eu acho que é um bom salário. Eu não vou dizer o quanto eu ganho, mas é o suficiente para pagar minhas contas e juntar um pouco na poupança. Mas há os que acham que não ganham um bom salário, agora vai saber que salário eles ganham… Já vi gente achar um valor que era mais ou menos o que eu ganhava aviltante (vai saber quais são as necessidades de dinheiro do cara, como ele administra o dinheiro dele…), já vi gente exigindo salários muito altos e irreais e já vi gente se contentando com um pouco mais da metade do que eu ganho atualmente para fazer a mesma coisa que eu faço.

Um programador de início de carreira não vai ganhar um salário tão alto, mas a medida que ele vai ganhando experiência, seu salário vai aumentando, seja com aumento salarial dado pela empresa onde trabalha ou quando esse programador muda de emprego, sendo contratado por uma outra empresa que paga um salário maior do que a empresa anterior, visto que agora possui mais experiência profissional do que quando entrou no emprego anterior.

Ainda na questão do salário, a relação esforço/remuneração, em minha opinião, é melhor do que a de outras profissões relacionadas à informática, como a de técnico de computadores, que é uma relação bem ruim, pois um técnico ganha muito menos e se esforça muito mais do que um programador (eu ensaiei ser técnico e vi o esforço que era, além de assuntar quanto um técnico ganhava), ou a de administrador de servidores.

Um programador, por saber programar, caso tenha alguma necessidade não suprida por algum programa de computador existente, pode criar o seu próprio programa que satisfaça essa sua necessidade, sem depender de algum outro programador ou empresa que desenvolva esse programa. Pode também alterar um programa já existente, adaptando-o às suas necessidades.

São basicamente esses cinco motivos de por que eu escolher ser programador. Talvez haja mais algum outro que eu não me lembre, mas o mais importante é isso.

Emendando um assunto no outro, existe a questão de saber programar em uma ou em mais linguagens de programação. O que seria melhor para o profissional de desenvolvimento de software, saber apenas uma ou saber um monte delas?

No mercado de trabalho, há vagas para trabalhar como programador de várias linguagens de programação, algumas tendo mais vagas que outras (Java, C# e VB.net costumam ter muitas vagas). Sabendo mais de uma, teoricamente, o programador possuirá mais chance e mais qualificação no mercado de trabalho.

Já vi alguns afirmarem que o melhor é saber várias linguagens, pois o mercado de trabalho pode mudar e uma outra linguagem passar a ser mais usada que outra, ou porque sabendo várias, o programador tem mais chance de ser contratado, ou outros motivos. Mas há um porém de saber várias linguagens de programação: você acaba dividindo seus estudos entre várias e não aprofunda seus conhecimentos em nenhuma, muitas vezes sabendo apenas o básico de cada uma delas. Aí não vai adiantar nada saber mais de uma e não saber programar direito em nenhuma, cometendo erros de, por exemplo, na linguagem Java, comparar Strings com dois sinais de igual ao invés de usar o método equals (eu já cheguei a, neste blog, dedicar dois posts para enumerar erros irritantes cometidos por programadores Java, e talvez eu dedique outros no futuro) ou não saber usar uma biblioteca na qual o uso da mesma é melhor do que uma outra que é mais simples e mais arcaica, mas que é a única que o programador sabe (por exemplo, o programador não saber JPA e fazer a persistência dos dados no banco de dados com JDBC, que é bem mais trabalhoso).

Muitas vagas para se trabalhar programando em uma linguagem requerem conhecimentos específicos em frameworks e bibliotecas e um profissional que não se aprofunda nessa linguagem terá menos probabilidade de saber esses conhecimentos específicos.

E não apenas os estudos são divididos entre várias linguagens de programação: a experiência profissional pode acabar também sendo dividida. Há vagas que requerem um ou mais anos de experiência com a linguagem em questão. Se você dividiu sua experiência profissional entre várias linguagens, irá demorar mais para obter os anos de experiência em cada uma das linguagens.

Então o programador deve saber apenas uma linguagem e se aprofundar somente nela? A resposta é: Não. Apesar de as linguagens de programação não ficarem obsoletas e deixarem de ser usadas da noite para o dia e de haver muitos sistemas legados, feitos em linguagens antigas, como Cobol e Clipper, que demandam manutenção por serem usados até os dias de hoje, pode ocorrer de, no futuro, uma determinada linguagem outrora popular deixar de ser tão usada (foi o que ocorreu com o Delphi, por exemplo, que era uma linguagem muito popular aqui no Brasil, mas atualmente não é tão usada pelas empresas ao implementar sistemas novos, a não ser uma ou outra empresa). Além disso, há softwares que são melhor implementados usando determinadas linguagens do que outras devido a particularidades dessas linguagens.

O que eu aconselho é se aprofundar em uma em específico e, após estar bem aprofundado nessa linguagem, começar a aprender uma segunda linguagem (ou até uma terceira linguagem, caso deseje aprender duas de uma vez, aí depende de você), mas sem se estagnar na primeira, pois as plataformas de desenvolvimento de software estão em constante evolução, mesmo linguagens antigas, como C e C++. Se você sabe lógica de programação, já é meio caminho andado para se aprender uma linguagem nova e sua sintaxe (a outra metade do caminho são os conhecimentos específicos que estão além da sintaxe da linguagem). Aí, com o tempo, você vai se aprofundando nessa segunda (ou terceira) linguagem, podendo, dependendo de seus conhecimentos, atuar profissionalmente utilizando as mesmas.

O ideal é saber pelo menos umas duas ou três, mas se você é iniciante no desenvolvimento de software, uma já é mais que o suficiente.

Antes que me perguntem, além do Java, que a linguagem na qual eu programo profissionalmente, eu sei um pouco de C e C++ (estou aprendendo ambas ao mesmo tempo por serem semelhantes, apesar de que, por falta de tempo momentânea, parei de estudá-las), JavaScript (inclusive usando a biblioteca JQuery, a uso bastante no ambiente de trabalho na interação do usuário com o navegador, se bem que JavaScript não é bem uma linguagem de programação como Java, C# e outras), PL/SQL (também não é bem uma linguagem de programação como Java, C# e outras, mas dá para programar nela, tal qual JavaScript, é uma linguagem do banco de dados Oracle) e um pouco (muito pouco) de Delphi/Lazarus. Pretendo me aprofundar nessas linguagens e aprender outras no futuro.

Por hoje é só, até o próximo post.

Minha experiência com um MacBook Pro

Posted in Atividades profissionais, Temas polêmicos on 29/07/2012 by Allan Taborda

Quem me conhece, sabe que eu não sou fã da Apple e de seus produtos. Sempre critiquei a postura dessa empresa com relação às suas restrições absurdas de design e usabilidade, além de suas políticas restritivas tanto em seus produtos, como no que entra ou não na app store do iPhone por exemplo, quanto com relação às ameaças desleais aos seus concorrentes, processando a todo custo os mesmos por violação de supostas patentes, não com intenção de ganhar dinheiro em cima, como faz a Microsoft, mas com a intenção de eliminar os concorrentes do mercado. Isso sem contar nos erros de projeto que têm ficado cada vez mais frequentes, como iPad que esquenta muito e iPhone que pega fogo e tem problema de sinal caso segurado pelo usuário da maneira tradicional (e a Apple, na maioria das vezes, não admite as falhas, fazendo de conta que não existem).

Eu sempre critiquei a Apple (na verdade, nem sempre, só passei a criticar após conhecer melhor a empresa e ouvir falar mais de seus produtos e ver como eles realmente eram, antes disso, eu até achava legal a empresa devido a comentários de terceiros e, devido a esses comentários, tinha uma imagem positiva da Apple), mas até então nunca tive que usar um produto da empresa por um tempo prolongado. Minhas experiências anteriores com produtos da Apple se resumiam a duas vezes que usei o iPad, uma vez a primeira versão do tablet, na Saraiva, localizada no Shopping Metrô Santa Cruz, e a outra vez o iPad 2, na Fast Shop, próxima ao Metrô Carandiru. Nas duas vezes, eu abri alguns programas (não vi nada de mais nos mesmos), mas não consegui fechar nenhum deles por não descobrir de jeito nenhum como fazer isso. Na primeira vez, eu tentei até acabar a bateria do bagulho, na segunda o iPad tinha acesso à Internet e pesquisei no Google como fechar os programas e vi que existem tutoriais completos apenas para fechar programas no iPad (algo que deveria ser simples, como clicar num ícone de fechar o programa), mas acabei achando o tutorial demasiadamente complicado e desisti. O iPhone eu nunca usei (me parece que é praticamente o mesmo sistema operacional do iPad), o iPod menos ainda, e o MacBook eu tinha olhado por cima duas vezes em lojas de eletrônicos e não vi nada de mais, mas também não deu para tirar nenhuma conclusão, a não ser que o sistema operacional parece um “Linux com um ambiente gráfico diferente”.

Dos produtos Apple, o que eu tinha uma imagem menos negativa era justamente o MacBook, bem como o iMac (a diferença é que um é desktop e outro é notebook, mas ambos são “computadores tradicionais” da Apple). Eu tinha uma imagem menos negativa principalmente pelo fato de eu não ser fã de smartphones e tablets, independente de ser da Apple ou não, e ser mais fã de computadores tradicionais (desktops e notebooks). Mas, como eu já havia dito, nunca havia usado um computador da Apple por um tempo prolongado.

Nesta última semana, comecei a trabalhar numa nova empresa. Quando eu comecei a trabalhar, não havia um computador para mim, então a empresa teve que comprar um novo (que não é da Apple e provavelmente virá com Windows). Enquanto o novo computador não chegava, eu usei um outro pertencente a um colega que estava de férias no momento. Este outro computador era um MacBook Pro, o único computador da Apple da empresa (acredito eu). Este MacBook Pro possuía processador Core 2 Duo 2,53 GHz e sistema operacional MacOS X (sistema operacional exclusivo dos computadores da Apple), versão 10.6. Eu aceitei usar aquele notebook e passei a semana toda trabalhando no MacBook Pro. Para quem não sabe, eu sou programador Java. Agora, irei contar como foi essa minha experiência com o MacBook Pro. Vou adiantando desde já que não foi uma boa experiência.

Eu até estou conseguindo realizar meu trabalho, mas com um rendimento bem abaixo do que eu costumo ter quando uso um computador normal, com Windows ou Linux. Não devido a “mudar a cor do pasto”, porque eu costumo me adaptar bem a alterações de interface, como quando eu passei a usar o Gnome no lugar do KDE como ambiente gráfico do Linux e quando testei outros ambientes gráficos e sistemas operacionais, mas devido a vários problemas de usabilidade que encontrei.

Um dos problemas era que os programas tinham teclas de atalho diferentes do que costuma ser o padrão dos programas Windows/Linux. Muitas vezes, as teclas de atalho envolviam o uso de uma tecla que só existe no Mac, a tecla Command, a maioria das vezes substituindo a tecla Ctrl, apesar do Macbook ter a tecla Ctrl, que é usada em outras combinações de atalhos.

Além disso, algumas teclas tradicionais não possuem o mesmo comportamento como em outros computadores, como por exemplo a tecla End, que, quando pressionada, deveria fazer o cursor ir para o fim da linha, mas no MacOS X, faz o cursor ir para o final do documento ou não tem efeito algum. Talvez até exista uma maneira de como fazer o cursor ir para o final da linha (uma combinação de teclas talvez), mas não consegui descobrir e nem pesquisei como (isso é uma coisa que deveria ser algo intuitivo de ser feito).

Ainda com relação às teclas, apesar do MacOS X instalado no equipamento ser em português do Brasil, os dois teclados (o do notebook e outro USB, provavelmente o dono do equipamento não gostava do teclado do mesmo e plugou um USB, também da Apple, feito de alumínio) não possuíam teclas de acentuação e a tecla C cedilha, fazendo com que, quando eu precisasse acentuar as palavras, eu tinha que recorrer ao corretor ortográfico (quando tinha no programa em questão) e torcer para que o corretor corrigisse corretamente, quando não corrigia corretamente, ou quando não tinha corretor ortográfico, eu jogava a palavra no Google para ver se aparecia resultado escrito com acentuação correta ou copiava e colava o caractere acentuado de outro lugar, ou escrevia sem acento mesmo. Na verdade, até tinha alguns acentos no teclado, como o acento circunflexo na tecla 6, ativado em conjunto com a tecla Shift (nos teclados tradicionais, padrão ABNT2, a tecla 6 possui o trema), mas quando pressionadas as teclas com acentos, tanto antes quanto depois da letra a acentuar, o acento não ficava sobre a letra, ou seja, não servia para nada.

O teclado de alumínio USB tinha teclas de funções até o F19 (no do MacBook, só havia até o F12, como os teclados tradicionais). Para que serviam essas teclas de funções extra eu não sei, mas o que tinha de teclas de função de mais, tinha de teclas essenciais de menos. Por exemplo, não havia, além dos acentos e C cedilha, teclas como a Insert e a Print Screen. A tecla Backspace estava com o nome de “Delete”, apesar de ter outra tecla Delete, que era a Delete normal.

O principal problema de usabilidade do sistema operacional era a alternância falha entre os programas abertos, usando as teclas Command e Tab (equivalente à combinação entre as teclas Alt e Tab nos PCs normais). Mesmo quando um programa era fechado, ele ainda constava na lista de programas a alternar, atrapalhando a alternância entre programas e obrigando o usuário a clicar mais vezes no Tab ou a clicar no ícone presente no dock (uma barra de ícones que fica na parte de baixo da tela, com um efeito visual quando se passa o mouse sobre o mesmo). Além disso, o MacOS X trabalha com o conceito de alternância entre programas como um todo, com todas as suas janelas abertas (independente de quantas sejam), não das janelas individualmente, o que atrapalha a alternância entre as mesmas.

Parece que, mesmo após um programa ser fechado, ele continuava aberto em partes, constando na lista de programas a alternar e no menu da barra superior (no MacOS X, os menus ficam integrados à barra superior ao invés de ficarem localizadas nos próprios programas, algo aceitável, porque não atrapalha a usabilidade, apenas se muda o lugar do menu). Para fechar o programa completamente, tinha que se clicar na opção correspondente na barra de menus, e isso não funcionava para todos os programas.

Ainda sobre os programas abertos, não há como saber que programas estão abertos ou não, pois o dock exibe tanto os programas abertos quanto os fechados e não há uma barra de tarefas informando quais são os programas abertos, como ocorre nos outros ambientes gráficos. Só se sabe quais estão abertos minimizando todos eles.

O menu do MacOS X não possui uma lista dos programas instalados. Quando eu precisei de uma calculadora (e a mesma não estava presente no dock), recorri à busca presente no menu. Só depois que eu descobri que, para ver quais eram os programas instalados, tinha que abrir o gerenciador de arquivos, chamado de Finder. É como ter que abrir o Windows Explorer para saber quais são os programas instalados no Windows ou ter que abrir o Nautilus para saber quais são os programas instalados no Linux (ou FreeBSD, ou outro sistema que utilize o X Window System) com Gnome.

O programa responsável por editar arquivos TXT é o Editor de Texto (o nome é esse mesmo), apesar disso, caso o Editor de Texto seja aberto sem abrir um arquivo TXT existente, não há a opção de salvar o arquivo no formato TXT. O Safari, o navegador web padrão do MacOS X, possui problemas de usabilidade diversos, como não ter barra de status ou algo equivalente informando o destino de um link e não ter como voltar ou avançar mais de uma página no histórico de navegação (pelo menos, tinha o Firefox instalado).

Com relação ao hardware, o touchpad (área onde o usuário movimenta o mouse deslizando o dedo, presente na grande maioria dos notebooks) não possuía os dois botões relativos ao clique com os botões esquerdo e direito. O teclado presente no notebook possuía teclas com iluminação embaixo (não vi vantagem nenhuma nisso, a não ser se eu fosse usar o MacBook no escuro). O mesmo teclado possuía um botão que sugere que, ao ser pressionado, o drive de CD abriria (como ocorre nos outros notebooks que possuem essa tecla), apesar disso, aquele MacBook não possuía drive de CD e aquele botão não tinha efeito algum.

Havia um mouse sem fio da Apple (com conexão via bluetooth), o Magic Mouse, que era a única cousa que eu gostei naquele equipamento por possuir, além do scroll vertical, um scroll horizontal, devido ao mouse não possuir uma rodinha, mas sim um sensor no qual o usuário passa o dedo no sentido horizontal ou vertical e faz o efeito do scroll. Apesar disso, uma vez ou outra o scroll horizontal atrapalhava, mas algo totalmente aceitável, nada que comprometa o trabalho.

Pontos positivos do MacBook Pro: o mouse (que na verdade nem faz parte do MacBook, é um acessório externo). Pontos negativos do MacBook Pro: todo o resto. De zero a dez, eu dou nota 1,5 para este que está sendo até o presente momento o pior computador no qual eu já usei até hoje.

Eu, sinceramente, esperava mais do MacBook Pro, ainda mais que muito se ouve que os produtos da Apple, incluindo o MacOS X, são mais fáceis e mais intuitivos de se usar (algo que eu não vi naquele equipamento, muito pelo contrário, o sistema não era lá muito intuitivo, talvez seja porque uma mentira dita muitas vezes acaba sendo aceita como verdade). Para piorar, um MacBook Pro é muito mais caro do que um notebook de configuração similar fabricado por outro fabricante. Não sei o que os fãs da Apple e usuários do MacBook veem no mesmo, caso alguém tenha algo a dizer em defesa desse computador, escreva seu comentário na seção de comentários, expondo seu ponto de vista e/ou defendendo o computador da Apple.

Atualização em 05/08/2012: Após conversar com o dono do MacBook que eu havia usado (desde essa última semana, já estou usando o novo computador que já chegou, e veio com Linux, mais precisamente um Debian Testing customizado), ele me explicou umas coisas sobre o mesmo.

Sobre a acentuação nas palavras, realmente não há como teclar acentos como costuma-se teclar em outros sistemas operacionais, e nem dá para alterar o layout do teclado, mas há teclas de atalho que geram acentos, como por exemplo, Option + C que gera um C cedilha e outras combinações envolvendo a tecla Option com outras letras que geram acentos e, em seguida, o usuário tecla a tecla desejada. Apesar de ser pouco prático, como ele já se acostumou a gerar acentos dessa forma, ele nem acha ruim.

Sobre a tecla Home ir para o início do documento ao invés de ir para o início da linha, me foi explicado que, para ir ao início da linha, tecla-se Command + seta para a esquerda. Isto porque a Apple possui um ponto de vista diferente do que as teclas Home e End deveriam fazer. Como as funções de ir para o início e o final da linha são mais usadas do que as de ir para o início e o final do documento, creio que este ponto de vista acaba por fazer o uso do teclado um pouco menos prático, visto que usa-se mais a ida do cursor para o começo ou o final da linha do que do documento, ou seja, o segundo é que deveria ter combinações de teclas para essas funções, não o primeiro.

Sobre o MacBook não possuir drive de CD, ele possui sim um drive de CD, mas é diferente de qualquer drive de CD que eu já vi. Ele não possui uma bandeja, e sim uma fenda (que eu pensei que seria apenas uma fenda por onde o notebook dissipava calor), onde se introduz o CD ou o DVD (e por onde pode entrar poeira, já que a fenda nunca fica fechada). Aí, para ejetar a mídia óptica, aperta-se o botão do teclado, que também existe no teclado plugado na USB. Sobre o MacBook não possuir botões no touchpad, na verdade ele tem sim, mas não estão visíveis.

Sobre fechar completamente os programas, de fato eles ficam abertos mesmo após clicar no X, em estado de repouso, mas podem ser fechados pelo item correspondente do menu, como eu havia dito no post, ou com a tecla de atalho Command + Q.

Achei essa página acerca das teclas de atalho dos computadores da Apple, para caso alguém fique perdido tendo que usar um desses:

http://support.apple.com/kb/HT1343?viewlocale=pt_BR&locale=pt_BR

Minha técnica para memorizar posições no Classic Simon (jogo de Genius para Android)

Posted in Lazer, Tutoriais on 02/06/2012 by Allan Taborda

Há um pouco mais de dois meses, instalei no meu celular com Android um jogo chamado Classic Simon, disponível no Google Play em https://play.google.com/store/apps/details?id=com.neilneil.android.games.simonclassic&hl=pt_BR ou diretamente pelo celular, pesquisando por “Classic Simon” na loja de aplicativos (o aplicativo é desenvolvido pela Mobikats Ltd). É basicamente um jogo de Genius (ver página da Wikipédia), onde o usuário ganha pontos ao memorizar um determinado número de posições representadas por botões coloridos.

No Classic Simon, além do modo tradicional com quatro botões (Classic), há um modo de nove botões (Super), além de diferentes modos de jogo (quatro velocidades, Magic Memory mode, Chaos mode e dois jogadores) tanto no modo Classic quanto no modo Super. Para quem tem um celular com Android, recomendo fortemente a instalação desse jogo, que é gratuito. Para iPhone, pelo menos até o momento, não há uma versão dele, mas como a Mobikats desenvolve aplicativos também para o iPhone, é possível que exista uma versão dele para o iPhone no futuro (enquanto essa versão não sai, para quem possui iPhone, creio que exista um programa similar na app store da Apple).

Há algum tempo atrás, consegui o meu melhor recorde até o momento, com 95 posições memorizadas, obtendo o segundo lugar entre os recordes globais, que contém os resultados de todos os milhares de jogadores do Classic Simon (o primeiro lugar consta com 119 posições memorizadas e o terceiro com 82). A partida em questão demorou mais de uma hora e meia. É provável que, no futuro, eu melhore ainda mais esse recorde, talvez até alcançando o primeiro lugar no ranking global do aplicativo.

No post de hoje, além de apresentar o Classic Simon, irei explicar a técnica que eu uso para memorizar o maior número de posições possível. A técnica é bem simples, mas muito eficiente.

A primeira e mais importante parte da técnica é a de agrupar as posições em conjuntos de posições, e memorizar esses conjuntos de posições ao invés das posições propriamente ditas. É muito mais fácil memorizar a ordem exata de 6 grupos de 6 posições do que a ordem exata de 36 posições, por exemplo.

A segunda parte da técnica é a de como agrupar as posições em grupos. A cada turno, uma nova posição gerada aleatoriamente pelo jogo é adicionada à sequencia e, a medida que novas posições são adicionadas, novos grupos devem ser formados. Cada grupo deve ter entre três e nove posições (ou até mais de nove posições, caso consiga memorizar grupos maiores).

Para fazer o agrupamento das posições, basta que associe uma sequencia curta a algo de fácil memorização para você. Por exemplo, a sequencia amarelo-azul-verde-vermelho eu chamo de “volta completa”, pois é como se um ponteiro de um relógio desse a volta no mesmo, sendo o painel de quatro botões o relógio. Já a sequencia vermelho-verde-azul-amarelo eu chamo de “volta completa invertida”, pois é a sequencia inversa da “volta completa”. A sequencia amarelo-azul-vermelho-verde eu chamo de “escrita linear”, pois a mesma ocorre da esquerda para a direita, pulando a linha de cima para baixo. A sequencia amarelo-verde–azul-vermelho eu chamo de “X com ligação à direita”, pois é como se traçasse uma linha que resultasse em um X, mas com as duas hastes da direita ligadas. A sequencia amarelo-vermelho-vermelho eu chamo de “ponto de exclamação à esquerda” pelo fato dos botões amarelo e vermelho ficarem à esquerda (por que eu chamo de ponto de exclamação eu não sei, mas eu associo uma posição em cima e duas embaixo como sendo um ponto de exclamação). Há muitas outras sequencias que eu memorizei além dessas.

Além das sequencias memorizadas, existem também as sequencias derivadas das mesmas, que nada mais seriam do que sequencias que diferem de uma já previamente memorizada por apenas uma posição a mais, ou pela repetição da primeira ou da última posição. Uma sequencia derivada também pode ser uma sequencia memorizada repetida duas ou mais vezes, contando como uma única sequencia, essa nova sequencia é derivada da que se repetiu.

Enquanto as últimas posições sorteadas não formam um grupo completo (por exemplo, se houver apenas uma ou duas posições após a formação do último grupo), as mesmas devem ser memorizadas individualmente, e sempre que uma nova posição é sorteada, você deve dizer em pensamento, em tom “vibrante” (como se falasse em voz alta meio que gritando, só que em pensamento) a cor da posição em questão para que a mesma não seja esquecida instantes depois, enquanto você se preocupa em memorizar os grupos anteriores.

Assim que houver três posições sorteadas que não foram agrupadas, você deve associar um grupo às mesmas a fim de não ficar muitas posições a serem memorizadas individualmente. Este grupo poderá crescer, se você ver que consegue memorizar um grupo maior, adicionando a nova posição a este grupo recém-formado.

Uma dica importante é prestar atenção nas repetições feitas pelo jogo a fim de mostrar as posições anteriores à nova cor sorteada para a próxima posição, tais repetições ajudam o jogador a memorizar as posições (ou os grupos de posições) pelo fato das mesmas se repetirem a cada novo sorteio de cor para cada nova posição. Essas repetições não ocorrem no modo Magic Memory, que apresenta apenas a cor da posição seguinte, sem exibir as repetições.

Basicamente, a minha técnica é essa. Espero que eu tenha sido bem claro neste post. Em caso de dúvidas quanto a essa minha técnica, escrevam as mesmas nos comentários.

Comendo no Ragazzo

Posted in Lazer on 20/04/2012 by Allan Taborda

Apesar de eu ter escolhido este tema para o post de hoje, este post não é patrocinado pelo Ragazzo, antes que alguém fale alguma coisa.

Ultimamente, geralmente à noite, mas às vezes na hora do almoço também, tenho ido ao Ragazzo a fim de matar a minha fome. Geralmente, eu peço sempre as mesmas coisas (eu costumo pedir nhoque ao sugo, ragazzones e/ou torta holandesa), mas às vezes eu vario os meus pedidos, pedindo outro prato de massa ou milk-shake ou outra coisa que eu não tenha comido.

Para quem não conhece, o Ragazzo é uma rede de fast-food de comida italiana que possui restaurantes em diversos lugares da capital e em outras cidades. Pertence ao mesmo grupo de empresas do Habib’s e seu slogan é “O fast food italiano do Habib’s”. Eu costumo ir no Ragazzo situado na Rua Vergueiro, 6487, no cruzamento com a Avenida Gentil de Moura, no bairro do Ipiranga. Às vezes, na hora do almoço, de segunda a sexta, vou no Ragazzo situado próximo ao metrô Saúde, na Avenida Jabaquara, 1070, mas vou poucas vezes devido a eu preferir almoçar em outro restaurante que tem perto do meu local de trabalho.

Uma das coisas que eu mais peço no Ragazzo são os ragazzones, que são salgados recheados que custam atualmente R$0,98 (sabores escarola, calabresa e portuguesa) ou R$1,20 (sabores marguerita e frango). De vez em quando, lançam promoções que permitem a compra de uma certa quantidade de ragazzones por um preço fixo mais barato do que se comprar os mesmos sem estar na promoção (atualmente, há a promoção de comprar 8 ragazzones de qualquer sabor por R$4,95). O meu sabor preferido é o de escarola, mas costumo pedir também os de portuguesa (que combinam com ketchup, fornecido sem custo caso o freguês peça) e os de frango (que combinam com pimenta, também fornecido sem custo caso o freguês peça). Os de calabresa, que combinam com mostarda, ultimamente estou comendo com menos frequência pelo fato desse sabor não ser muito saudável, e o de marguerita eu não gostei muito, além de ser mais caro.

Além dos ragazzones, peço também o nhoque ao sugo, que atualmente está em promoção, custando R$3,95 (fora da promoção sai por R$7,90), mas mesmo fora da promoção eu peço o nhoque ao sugo. Ele, na minha opinião e quantidade de fome à noite, é o prato perfeito para se comer à noite, após o expediente. Às vezes, eu peço, além do nhoque ao sugo, dois ragazzones de escarola, caso eu ainda esteja com fome.

Até pouco tempo atrás, havia no cardápio o tortelli de bacalhau, que custava R$9,50, mas infelizmente o mesmo foi removido do cardápio, provavelmente por ter pouca demanda, bem como a opção de molho de bacalhau à vicentina. Espero que o tortelli de bacalhau volte a constar no cardápio um dia, eu costumava pedir o mesmo no almoço, aos fins de semana, quando eu passo os mesmos em São Paulo.

Uma das minhas sobremesas preferidas é a torta holandesa, que atualmente custa R$5,90. Entretanto, nem sempre eu peço sobremesa, já que muitas vezes eu já me dou por satisfeito antes de pedir a mesma. De vez em quando, peço o milk-shake de chocolate, que sai por R$5,80 ou a torta de limão, que atualmente está em promoção, por R$2,95, mas como essa torta é muito doce, não costumo pedir torta de limão.

Quando o freguês pede a conta, dependendo de qual restaurante do Ragazzo você estiver, ou o garçom vai até a mesa onde o freguês está e lhe apresenta a conta (é o caso do situado na Rua Vergueiro), ou o garçom informa o mesmo para se dirigir ao caixa e informar o número da mesa (é o caso do situado na Avenida Jabaquara), em ambos os casos, constará na conta uma infâmia taxa de serviço, no valor de 10% do valor total do pedido arredondado para baixo, que poderá ser retirada a pedido do freguês, pois a mesma é opcional (eu sempre peço para retirar).

De vez em quando, os garçons erram nos pedidos, trazendo um sabor de ragazzone diferente do requisitado, trazendo uma massa diferente ou com molho diferente da requisitada, etc (esse é o motivo de eu não pagar a taxa de serviço, além de que, na minha opinião, a gorjeta deveria ser paga voluntariamente, num valor estipulado pelo próprio freguês). Uma vez, ocorreu de chegarem pedidos de outras mesas, um monte de pedidos, e alguns deles saíram na minha conta, aí eu tive que pedir para tirar os itens que eu não havia pedido e acabou dando um rolo, mas foi só uma vez que aconteceu isso (deve ter dado pau no sistema deles, e se eu tivesse feito o sistema deles, isso nunca teria ocorrido). Fora esses problemas, o atendimento do Ragazzo costuma ser bom (é comum os supervisores e até o gerente atender os pedidos) e os problemas que ocorrem não inviabilizam de eu ir lá comer.

O uniforme dos funcionários do Ragazzo, bem como ocorre com os do Habib’s, é horrível, eles deveriam mudar aquele uniforme tosco. Ele é todo preto, semelhante ao dos funcionários do Habib’s, que é vermelho e pior ainda. Espero que um dia mudem os uniformes dos garçons tanto do Habib’s quanto do Ragazzo.

Um colega meu do serviço, que comeu uma vez no Ragazzo da Avenida Jabaquara, já me reportou uma vez que achou um pedaço de plástico no nhoque e por isso ele não vai mais lá e nem outros colegas da empresa onde trabalho. Apesar disso, das inúmeras vezes que comi no Ragazzo, nunca encontrei algo estranho na comida servida lá, no máximo um pequeno pedaço de fettucini dentro do nhoque, mas isso é algo perfeitamente perdoável.

Além do freguês poder comer as opções do cardápio sentado a uma das mesas localizadas no interior do restaurante, é possível fazer o pedido para viagem, diretamente no caixa. Neste caso, não consta a taxa de serviço na conta e as opções do cardápio são mais limitadas, não tendo as massas como opção (creio eu), por exemplo. O pedido vem numa caixinha de papelão.

O post sobre o Ragazzo fica por aqui. Até o próximo post e espero que o tortelli de bacalhau volte a constar no cardápio, ainda que por um preço maior do que antes.

Como usar imagens ISO do Debian como repositórios locais do mesmo

Posted in Tutoriais on 17/03/2012 by Allan Taborda

No post de hoje, um breve tutorial de como usar imagens ISO do Debian armazenadas no HD como repositórios locais de pacotes, podendo instalar ou atualizar programas a partir dessas imagens. A versão do Debian que esse tutorial se refere é a 6.0, mas pode ser usada em qualquer versão, seja mais antiga ou lançada futuramente.

1) Para cada imagem ISO, crie uma pasta dentro da pasta /mnt:

mkdir /mnt/m1
mkdir /mnt/m2
mkdir /mnt/m3
mkdir /mnt/m4
mkdir /mnt/m5
mkdir /mnt/m6
mkdir /mnt/m7
mkdir /mnt/m8

Os comandos acima devem ser executados como root. Na verdade, todos os passos deste tutorial devem ser executados como root. Como eu uso os oito DVDs do Debian, criei oito pastas, uma para cada imagem ISO de DVD.

2) No arquivo /etc/apt/sources.list, insira as seguintes linhas, uma para cada imagem ISO:

deb file:///mnt/m1/ squeeze contrib main
deb file:///mnt/m2/ squeeze contrib main
deb file:///mnt/m3/ squeeze contrib main
deb file:///mnt/m4/ squeeze contrib main
deb file:///mnt/m5/ squeeze contrib main
deb file:///mnt/m6/ squeeze contrib main
deb file:///mnt/m7/ squeeze contrib main
deb file:///mnt/m8/ squeeze contrib main

Se for usar outra versão do Debian que não é a Squeeze, substitua “squeeze” pela versão que esteja usando.

3) Monte todas as imagens ISO:

mount -t iso9660 -o loop /home/irmaodamara/ISO/Debian/amd64/debian-6.0.4-amd64-DVD-1.iso /mnt/m1/
mount -t iso9660 -o loop /home/irmaodamara/ISO/Debian/amd64/debian-6.0.4-amd64-DVD-2.iso /mnt/m2/
mount -t iso9660 -o loop /home/irmaodamara/ISO/Debian/amd64/debian-6.0.4-amd64-DVD-3.iso /mnt/m3/
mount -t iso9660 -o loop /home/irmaodamara/ISO/Debian/amd64/debian-6.0.4-amd64-DVD-4.iso /mnt/m4/
mount -t iso9660 -o loop /home/irmaodamara/ISO/Debian/amd64/debian-6.0.4-amd64-DVD-5.iso /mnt/m5/
mount -t iso9660 -o loop /home/irmaodamara/ISO/Debian/amd64/debian-6.0.4-amd64-DVD-6.iso /mnt/m6/
mount -t iso9660 -o loop /home/irmaodamara/ISO/Debian/amd64/debian-6.0.4-amd64-DVD-7.iso /mnt/m7/
mount -t iso9660 -o loop /home/irmaodamara/ISO/Debian/amd64/debian-6.0.4-amd64-DVD-8.iso /mnt/m8/

No GNU/Linux, só é possível montar até oito imagens ISO de cada vez, se você tiver mais de oito imagens e precisar usar todas elas, considere usar a imagem Blu-Ray do Debian, você pode gerá-la usando as imagens de CD ou DVD que você possui utilizando o Jigdo, usando aquele tutorial que eu escrevi a alguns posts atrás, em Novembro de 2011.

4) A fim de registrar os novos repositórios, execute os seguinte comando:

aptitude update

O aptitude pode ser substituído pelo apt-get, se assim desejar.

5) Agora os repositórios estão registrados, você já pode usar suas imagens ISO como um repositório local do Debian. Inclusive, pode atualizar de uma versão para outra.

6) Após terminar de usar suas imagens ISO como repositórios, desmonte-as:

umount /mnt/m1/
umount /mnt/m2/
umount /mnt/m3/
umount /mnt/m4/
umount /mnt/m5/
umount /mnt/m6/
umount /mnt/m7/
umount /mnt/m8/

Para usar novamente as imagens como repositórios locais, basta montá-las novamente e usá-las.

E aqui termina este tutorial, se tiverem alguma dúvida sobre o mesmo, deixem comentários.

Por que o veganismo não faz sentido algum

Posted in Temas polêmicos on 11/02/2012 by Allan Taborda

No post de hoje, que é um post polêmico, assim como os quatro anteriores, irei falar sobre o que eu acho do veganismo (já vou adiantando que a minha opinião é contrária a isso), além de desmistificar a necessidade ou não do consumo de carne por nós seres humanos.

Algumas pessoas optam por não consumir carne vermelha, outras optam por não consumir nada que seja de origem animal. O motivo dessas pessoas não consumirem tais produtos é o fato de que os mesmos são obtidos de forma que o animal no qual originou aquele produto seja maltratado ou morra (e isso é o que acontece na obtenção da carne vermelha).

Algumas pessoas se limitam apenas não comerem carne, estas são consideradas vegetarianas. Algumas outras, apesar de não comerem carne, comem peixes (e eu não vejo coerência nisso). Outras são mais radicais e não comem nada de origem animal, estas são consideradas veganas.

Assim como ocorre com os religiosos, nos quais existem os que apenas praticam sua religião e outros que a pregam (alguns enchendo o saco), há vegetarianos e veganos que optam por não comerem carne e/ou produtos de origem animal mas não pregam isso para outras pessoas, e há os que propagandeiam isso a outros, seja orientando seus conhecidos, seja postando sua ideologia anti-sofrimento animal na Internet pelo Facebook, Orkut, Twitter, Youtube ou outros sites (ou até em sites próprios, como blogs) ou até mesmo participando de protestos em vias públicas e/ou na porta de estabelecimentos comerciais que vendem produtos de origem animal, como o McDonalds. E, assim como alguns religiosos não tão praticantes, há os que se dizem vegetarianos ou veganos, mas comem carne e usam produtos de origem animal às escondidas, estes são considerados hipócritas e se dizem vegetarianos ou veganos mais para passar uma imagem melhor ou mais cool para os outros e/ou ser aceito em algum grupo de amigos, mas isso já é uma outra história e está além do escopo deste post.

Em primeiro lugar, eu considero o veganismo uma hipocrisia, e o vegetarianismo mais ainda. Eles não consomem nada que cause sofrimento aos animais, mas não se importam em consumir produtos que causem sofrimento aos vegetais. Vegetais também sofrem, ainda que não demonstrem isso ou não sangrem quando mortos e/ou maltratados. E alguns vegetais são consumidos ainda vivos, como a chamada comida viva, os brotos de feijão e outras sementes germinadas. Outros são cozidos ainda vivos, como é o caso da cenoura, por exemplo. E o sofrimento dos vegetais é comprovado por pesquisas científicas. Lembro de uma que eu vi que comprovava que as plantas sentem dor quando têm suas folhas arrancadas. Isto sem contar que os veganos não deixam de ter em suas casa móveis feitos de madeira, obtidos através da derrubada das árvores.

Além disso, o nosso organismo precisa de carne, nós precisamos ingerir carne para que nosso organismo tenha as proteínas necessárias para o seu bom funcionamento. Os veganos podem argumentar que as necessidades diárias de proteínas do organismo podem ser supridas por soja e/ou outros vegetais ricos em proteínas. Acontece que o organismo da gente não é adaptado para absorver proteínas vegetais, ele absorve mal as proteínas vegetais. Para uma pessoa suprir suas necessidades de proteínas, se ela fosse consumir soja, que é um dos vegetais que mais contém proteínas, essa pessoa teria que consumir uma quantidade muito grande de soja todos os dias, e soja é um alimento que enjoa se for comer todo o dia, ainda mais que muitas pessoas não gostam de seu gosto característico. Já a carne vermelha, apenas cem gramas consumidos diariamente já seriam suficientes para supor as necessidades de proteínas do organismo.

Além das proteínas, o nosso organismo precisa de outro componente necessário, e este só é provido pelos alimentos de origem animal, que é a vitamina B12. A vitamina B12 até é encontrada em vegetais, mas só e absorvido pelo nosso organismo se for processado pelo organismo de outro animal. Alguns vegetarianos e veganos compensam a falta de vitamina B12 com suplementos alimentares e cápsulas de vitamina B12 sintética, mas se esquecem que tais produtos, ou são testados em animais, ou são obtidos a partir de animais, ou ambos.

Eu conheço dois casos de pessoas que tiveram atrofia no sistema digestivo por não comerem carne, devido à falta de vitamina B12 no organismo. Um é o caso da Vanda, que foi minha terapeuta holística e me receitava florais há alguns anos. Segundo ela própria, ela ficou 20 anos aproximadamente sem comer carne, até que teve problemas no estômago e o médico a diagnosticou com atrofia no sistema digestivo causado por falta de vitamina B12. A partir daí, a Vanda voltou a comer carne. O outro caso ocorreu com uma pessoa mais conhecida, o führer alemão responsável pela morte de seis milhões de judeus, Adolph Hitler. Foi diagnosticado nos últimos anos de sua vida pelo seu médico. Não morreu por causa disso (ele se suicidou, segundo a história oficial), mas que adoeceu, adoeceu sim.

O veganismo e o vegetarianismo não possuem embasamento científico algum, não há estudos científicos comprovando que uma alimentação sem produtos de origem animal é melhor para o nosso organismo do que uma alimentação com carne e ovos, por exemplo, ou comprovando que os alimentos de origem animal são dispensáveis. Tanto é verdade que os médicos recomendam o consumo de alimentos de origem animal, como carne magra (com pouca gordura), leite e ovos.

Já vi na Internet alguma vez em um vídeo e em alguns outros sites que o ser humano seria, na verdade, herbívoro, e teria passado a comer carne por, na pré-história, não saber plantar. Como um dos principais argumentos, foi dito que a arcada dentária do ser humano é semelhante à dos animais herbívoros, como o gorila, enquanto animais carnívoros possuíam arcada dentária diferente, mais adaptada a comer carne. Acontece que o ser humano não é o único animal que tem “arcada dentária com alimentação trocada”. O chimpanzé, assim como nós, também é um animal onívoro, pois, além de frutas e vegetais, também se alimenta de insetos e pequenos roedores, o chimpanzé tem arcada dentária semelhante à nossa. Já o panda, que tem arcada dentária adaptada a comer carne, atualmente se alimenta de bambus (antigamente o panda era carnívoro, mas ele foi meio que expulso de seu habitat natural pelas mãos do homem e teve que mudar sua alimentação para se adaptar ao seu novo habitat, uma região onde praticamente só há bambus).

Além do fato da arcada dentária não ditar a alimentação de uma espécie em específico, os cientistas não encontraram nenhum indício de que o homem já tenha sido um animal herbívoro alguma vez na história da humanidade. E, se a nossa arcada dentária aparenta estar adaptada a comer apenas vegetais, o nosso estômago certamente não está. Se fosse adaptado, além de não haver o problema da vitamina B12 que eu disse há quatro parágrafos atrás, o nosso estômago teria o dobro de seu tamanho e seria do tamanho do estômago dos gorilas. O estômago dos gorilas é duas vezes maior que o nosso para que as proteínas vegetais fiquem mais tempo no mesmo sendo digeridas, possibilitando assim sua absorção maior pelo organismo do primata.

Mas o principal argumento dos veganos para não se consumir produtos de origem animal é, claro, que os mesmos causam sofrimento aos animais. Eu também sou contra o sofrimento desnecessário aos animais para a obtenção de produtos de origem animal, mas o fato é de que a gente precisa ingerir carne e outros alimentos, como eu expliquei nos parágrafos anteriores. A gente precisa tomar vacinas, que são testadas em animais e produzidas muitas vezes usando ovos de galinha. Determinadas pesquisas com animais precisam ser feitas para que novos remédios e tratamentos sejam descobertos. Os veganos argumentam que essas pesquisas deveriam ser feitas com seres humanos ao invés de animais, mas eles se esquecem que os seres humanos também são animais, logo, continuaria a existir experiências com animais. Além disso, há experiências que não podem ser feitas em humanos, pois as mesmas poderiam causar sequelas ou causar a morte. É preferível fazer essas experiências em ratos, que vivem pouco, mas têm o genoma parecido com o nosso, do que em humanos, que vivem muitos anos. Imagine só um cientista causando uma lesão na coluna de uma pessoa para fazer uma experiência de regeneração da coluna com algum tratamento experimental.

Voltando ao assunto do consumo da carne vermelha e demais alimentos de origem animal, os veganos argumentam que o consumo desses alimentos faz com que seja causado mais sofrimento aos animais, principalmente na hora que os mesmos são abatidos para a obtenção da carne. Acontece que nem todos os alimentos causam sofrimento aos animais em sua obtenção. Os ovos, por exemplo, são obtidos sem sofrimento, pois as galinhas botam ovos naturalmente e iriam botar de qualquer jeito se não estivessem sendo criadas para isso. Claro que alguns criadores confinam as galinhas em recintos com as luzes acesas para que as mesmas acreditem que toda hora está de dia, fazendo a produção de ovos aumentar, pois as galinhas tendem a botar dois ovos por dia, mas não creio que isto cause um grande às galinhas. Com relação ao abate de bois e porcos, com exceção de abatedouros clandestinos, que matam os bichos com marretadas na cabeça, os animais são desacordados com um tiro de pistola de ar comprimido e só então são abatidos, decepando suas cabeças, é uma forma de abate com menos sofrimento possível. Não estou dizendo que nunca há sofrimento ao obter os produtos de origem animal, claro que em algumas vezes há sofrimento, mas nem em todas as vezes, como muitos acreditam.

O sofrimento aos animais não é causado apenas pela mão do homem. Na natureza, animais acabam se dando muito mal, principalmente quando viram refeição de outros animais, ou são feridos e/ou mortos em confronto com outros animais, seja na luta para conquistar uma fêmea, para impedir que um animal invada seu território ou por outro motivo.

Muitos veganos que possuem animais de estimação, como cães e gatos, não os alimentam com rações feitas com ingredientes de origem animal alegando as mesmas coisas que alegam em relação aos produtos de origem animal para humanos. Acontece que os cães e os gatos necessitam ainda mais do que nós de proteína animal em suas alimentações. Necessitam também de tomar vacinas, que são produzidas e testadas em animais. Na minha opinião, deixar de vacinar um cão ou um gato é praticamente um mau trato ao mesmo, já que o deixa de imunizar contra doenças perigosas para a saúde dele. E imagine só um vegano desse tipo alimentando um leão, que come cinco quilos de carne por dia, no zoológico. O leão iria morrer de fome ao lado de um pote cheio de soja. Se depender dos veganos, todos os animais virariam herbívoros, aí a superpopulação de animais das mais variadas espécies comeria solta, já que não haveria mais predadores naturais para nenhum animal, o que causariam um desequilíbrio ambiental de proporções bíblicas.

Para terminar, existem algumas pessoas que não comem carne por motivos religiosos, dizendo que Jesus não comia carne. Jesus comia carne sim, comia peixe, e peixe também é carne. É tão carne quanto uma vaca. Nem Jesus era vegano.

É essa a minha opinião acerca do veganismo. Vou encerrando este post com dois links, um para uma notícia que saiu esses dias de um médico recomendando o consumo de carne e recomendando o não consumo de salmão, pois este peixe está contaminado com metais pesados:

http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2012/01/salmao-e-um-dos-cinco-peixes-cancerigenos-afirma-oncologista.html

E outro afirmando que uma dieta vegetariana causa atrofia muscular e pode deixar a pessoa paraplégica (estranhamente, esta afirmação está em um site pró-vegetarianismo, mas há um debate nesse mesmo link sobre o tema, entre os membros do fórum):

http://www.centrovegetariano.org/index.php?print=1&message_id=2923

Até o próximo post, que provavelmente será também polêmico, mas não tanto quanto este aqui.

Minha opinião sobre a computação em nuvem

Posted in Temas polêmicos on 28/01/2012 by Allan Taborda

No post de hoje (e hoje é aniversário da Sandy), irei falar sobre a computação em nuvem, a chamada Cloud Computing na qual eu citei no post anterior.

Assim como dizem que nós vivemos (ou iremos viver) uma era pós-PC, onde o PC não seria tão importante e futuramente deixaria de existir, sendo substituído pelos dispositivos móveis como tablets e smartphones (e eu falei no post anterior que a tal era pós-PC é uma grande bobagem), muitos da área de informática (e até de fora dela) dizem que o futuro da computação é a Cloud Computing, onde os programas de computador não seriam mais executados no desktop como ocorre hoje, e sim acessados pelo navegador, embutidos em sites, e seriam escritos não mais em C++ ou Delphi, ou outra linguagem de programação para programas de computador tradicionais, e sim em HTML 5 e Javascript, ou em Flash, Adobe Air, Silverlight ou outra plataforma para o desenvolvimento de aplicações de navegador que precisam de plugin para executar a aplicação. Não só isso: os arquivos de computador, que atualmente são salvos no HD, no pendrive ou são gravados em um CD ou DVD, passariam a ser salvos em discos virtuais ou em espaços de armazenagem providos pelos próprios aplicativos da web.

Já existem alguns aplicativos completos que podem ser acessados (gratuitamente ou mediante assinatura do serviço) pelo navegador. Podem ser citados como exemplo o Google Docs, uma suite Office do Google, além do Office 360 da Microsoft, versão para a web da popular suite Office que muita gente usa, seja original ou pirata. Muitos consideram o GMail como um cliente de e-mail completo, uma vez que possui recursos similares a clientes de e-mail como o Outlook ou o Thunderbird, além de permitir que mensagens recebidas em outros serviços de e-mail sejam transferidas para a conta do GMail. Não só existem suites Office e clientes de e-mail, mas também outros tipos de programas, como programas de edição de imagem (há uma versão do Photoshop que pode ser acessada pelo navegador), programas de bate-papo e videoconferência, players de música (alguns permitem ao usuário fazer upload de seus próprios arquivos MP3), jogos (Orkut e Facebook têm um monte) e por aí vai.

O Google chegou a inclusive projetar um sistema operacional próprio para a computação em nuvem, e até pequenos notebooks (chamados de netbooks) com pouco poder de processamento contendo esse sistema operacional (chamado Chrome OS) chegaram a ser produzidos e vendidos. Neste sistema operacional, nenhum programa seria executado localmente, todos os programas seriam acessados pelo navegador, e o espaço em disco local seria bastante limitado, visto que os dados ficariam todos na nuvem. O Chrome OS seria basicamente um sistema operacional usando o kernel Linux com um navegador web embutido e só, com este navegador web integrado ao sistema de modo a facilitar o uso dos aplicativos web.

Dependendo da necessidade, pode até ser que um determinado aplicativo que roda no navegador seja uma opção melhor do que um aplicativo desktop, principalmente quando o usuário precisa abrir arquivos independente de onde esteja. Entretanto, nem sempre os aplicativos na nuvem são a melhor opção. Muitos deles não possuem todos os recursos de aplicações desktop similares, mesmo as gratuitas. Além disso, se a conexão com a Internet zebrar, babau, você fica sem acessar o aplicativo. E se o arquivo no qual estava trabalhando estiver na nuvem, aí é que você se lascou, pois você não poderá editá-lo nem com um aplicativo desktop, a não ser que possua uma cópia offline, que provavelmente estará desatualizada. Sem contar que a performance do aplicativo, independente da velocidade do seu computador ou dispositivo móvel, estará limitada à conexão com a Internet, que no caso dos planos de Internet móvel das operadoras de telefonia celular, é na grande maioria das vezes um horror.

Além de todos esses problemas, existe um outro, que é a questão da privacidade dos dados armazenados na nuvem. Nem sempre é bom confiar em terceiros a armazenagem de dados confidenciais, principalmente considerando que o serviço na nuvem pode ser hackeado e os dados irem parar em mãos erradas.

No conceito de computação em nuvem, não existem apenas “nuvens públicas” (digamos assim), é possível montar uma nuvem particular, onde o usuário ou a empresa ficariam encarregados de montar toda a estrutura de computação em nuvem dependendo da necessidade. Entretanto, o custo de uma nuvem particular geralmente é alto e só no caso de empresas nas quais, após se fazer um estudo de viabilidade, for visto que compensa montar a estrutura e arcar com os custos de manutenção da mesma, é que compensa a criação de uma nuvem privada.

O conceito de computação em nuvem não é tão novo quanto se pensa, ele já existe há décadas, antes mesmo do surgimento da Internet como conhecemos hoje. Antigamente, a computação era baseada em mainframes, grandes computadores que tinham seus programas e arquivos acessados a partir dos chamados terminais burros, que não processavam e nem armazenavam informações, os aplicativos e os dados ficavam todos no mainframe. A computação em nuvem de hoje em dia segue praticamente o mesmo conceito, com os servidores onde as aplicações web são acessadas e onde são salvos os arquivos dos discos virtuais fazendo o papel dos mainframes e os computadores que acessam essas aplicações e discos virtuais fazendo o papel dos terminais burros, e o conceito de terminal burro fica mais evidente quando a aplicação ou o disco virtual é acessado por um netbook, tablet ou smartphone.

Não acho que a computação em nuvem seja uma moda passageira, como foi a moda dos netbooks (nos quais analistas, ou melhor, palpiteiros, já disseram que estes seriam o futuro da computação) e como é atualmente a moda dos tablets, entretanto, como eu já disse, não substituirá a computação desktop tradicional, ambas as computações coexistirão, cada um com seu foco e seu nicho de usuários.

Este post acaba aqui. Até a próximo post, que tem uma grande probabilidade de tratar de algum outro tema polêmico daqueles, assim como este e os dois posts anteriores, já que eu ando bastante polêmico atualmente.

Era pós-PC: realidade ou mito?

Posted in Temas polêmicos on 15/01/2012 by Allan Taborda

No post de hoje, irei falar sobre a tal da era pós-PC que tanto se fala por aí, principalmente em sites relacionados a informática e tecnologia.

Muitos da área de informática (e até de fora dela) consideram que estamos vivendo (ou estamos próximos de viver) uma era pós-PC, onde o computador tradicional estaria sendo substituído por dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Estes acreditam que os tablets, pranchetas eletrônicas como o iPad da Apple e o Samsung Galaxy Tab, juntamente com os smartphones, celulares que rodam aplicações e um sistema operacional como o Android, o iOS e o Windows Phone 7, serão o futuro da computação e que o tradicional desktop de ficar em cima da mesa, bem como os notebooks, cada vez menos seriam relevantes pelo fato de serem dispositivos mais complexos e de dos usuários geralmente usarem funções mais básicas, como acessar a Internet, ouvir música e digitar texto, a ponto de, no futuro, serem considerados como peças de museu. Se fala em, inclusive, armazenar os dados do usuário em algum servidor remoto (em um serviço de armazenagem de dados provido por empresas como o Google ou a Microsoft) e executar as aplicações por meio do navegador web (as aplicações ficariam localizadas em sites da Internet), a chamada computação em nuvem, também conhecida pelo termo Cloud Computing.

Eu acho essa história de era pós-PC uma grande bobagem. Eu ouço essa história de era pós-PC desde antes de eu ter meu primeiro computador, em 2002, na época dos Palms, os ancestrais dos atuais smartphones. Já se falava naquela época que os PCs iriam ser substituídos por dispositivos móveis. E até hoje, milhões de PCs e de notebooks são vendidos no mundo. E não irão deixar de serem vendidos tão cedo.

Além disso, nem tudo o que pode ser feito num PC pode ser feito num celular ou num tablet. E quando dá para fazer, não é tão confortável como se estivesse usando um PC ou notebook. Por exemplo, isto que eu estou fazendo agora, escrever este texto num editor de texto simples (para depois jogar no blog) e ouvir música ao mesmo tempo. Até dá para fazer isso no meu celular, mas além do fato da bateria acabar rapidinho, o teclado do celular é muito desconfortável e, pelo fato das teclas serem muito pequenas, eu vivo esbarrando na tecla do lado e tenho que corrigir o texto, sem contar que a autocorreção do celular às vezes corrige as palavras erroneamente pelo fato de tentar adivinhar o que eu quis dizer. E jogar o texto no blog então? Os textos que eu escrevo não são pequenos não, costumam ser grandes. Seria uma tarefa hercúlea selecionar todo o texto (mesmo textos pequenos já são meio difíceis de serem selecionados, pelo que vi), copiar o texto (nem sei como fazer isso), acessar o WordPress, clicar na página correta e colar o texto. E a bagaça nem tem como dar Alt-Tab, nem pelo teclado virtual.

Isto poderia ser feito num tablet também, mas, pelo fato da tela deste ser o teclado, parte da tela é comida pelo teclado virtual, restando menos espaço na tela para visualizar o texto (isso também ocorre com os celulares, obviamente). Além disso, por esse mesmo fato da tela ser o teclado, fica desconfortável você olhar para o que você está escrevendo e digitar ao mesmo tempo.

Outra coisa que eu costumo fazer no PC é programar, desenvolver softwares. Isso eu não tenho como fazer num celular, nem num tablet. Não existem ferramentas de desenvolvimento para dispositivos móveis. Imagine só, abrir o Eclipse (programa para desenvolvimento de softwares em Java e outras linguagens) no celular. A bateria provavelmente duraria muito pouco, além da hipotética versão do Eclipse para dispositivos móveis ter muito provavelmente menos recursos que a versão desktop. Outra coisa: já perceberam que as aplicações para celulares e tablets não são feitas nos próprios dispositivos, e sim em PCs? Além de tudo isso, pela natureza dos dispositivos móveis terem suas próprias plataformas de desenvolvimento, não é possível desenvolver aplicações em qualquer linguagem, somente algumas em específico.

Alguns podem afirmar que analistas disseram que os PCs iriam dar lugar aos dispositivos móveis. Mas esses palpiteiros profissionais (analista que faz previsões nada mais é do que um palpiteiro profissional) vivem dando palpites furados e errando suas previsões assim como ocorre com uns videntes que fazem previsões para o Ano Novo. Já vi cada previsão maluca que vocês nem vão acreditar, como por exemplo, a de que o Paradox (antigo software de banco de dados, não sei se ainda existe) iria ser o futuro dos bancos de dados para Windows, ou que o Windows Phone 7 irá em alguns anos dominar o mercado de sistemas operacionais para dispositivos móveis (o que é muito provável, ainda mais que outro palpiteiro, quase que simultaneamente a isso ser dito por pelo primeiro palpiteiro, disse que o Windows Phone 7 teria só um pouco mais de mercado do que atualmente tem).

Não sei que ano foi, mas acho que foi uns anos após eu já ter meu primeiro PC, vi uma notícia que o servidor web Apache havia sido portado para o sistema operacional Symbian, usado em smartphones mais antigos (hoje em dia, o Symbian está em vias de ser abandonado pela Nokia, atual proprietária do sistema). Na mesma notícia, foi dito que analistas previam que o futuro dos servidores web seriam os celulares (ou algo assim) e que buscadores como o Google teriam um grande desafio pela frente indexando conteúdo disponibilizado por servidores instalados em celulares que pipocariam na web a todo o instante. Até hoje essa previsão não se concretizou, e pelo jeito, nunca irá se concretizar. Quem aqui instala servidor web no celular? Alguém já viu uma pessoa instalar um servidor web no celular?

Os dispositivos móveis não irão substituir os PCs e notebooks, e sim coexistir com eles. Pode ser que, no futuro, os PCs evoluam para um dispositivo que permita fazer tudo o que se faz num PC e possua vantagens sobre este (ou seja substituído por um dispositivo semelhante). Mas ser substituídos pelos dispositivos móveis, isso certamente não irá ocorrer. Para mim, essa tal geração pós-PC seria, na verdade, uma geração pós-hegemonia do PC, não pós PC. E pode ser até que os tablets saiam de moda e caiam no esquecimento, podendo talvez desaparecer do mercado e/ou serem substituídos por outro badulaque tecnológico da moda (mas não é certo que isso ocorra, pode ser que a moda acabe mas continuem a existir tablets).

Sobre a chamada Cloud Computing, isso poderia ser um tema para um próximo post, mas basicamente, acho que a computação em nuvem também irá coexistir com a computação tradicional, uma vez que nem sempre é desejável manter os dados todos num servidor remoto, além de outras razões que irei explanar num outro post dedicado a este assunto.

É basicamente isso que eu acho dessa papagaiada de pós-PC. O post termina aqui. Até o próximo post, que poderá ser visualizado, assim como este e os demais, em um dispositivo móvel, uma vez que o WordPress possui uma interface própria para estes dispositivos. Só fazer comentários no post é que não é tão confortável, pelo que vi…

Crítica à crítica contra a corrupção

Posted in Temas polêmicos on 02/01/2012 by Allan Taborda

No primeiro post de 2012 deste blog, irei falar sobre uma mensagem compartilhada por alguns dos meus contatos do Facebook há alguns dias atrás, um pouco antes do Natal, uma mensagem na qual eu discordo (irei explicar o porquê). A mensagem, na forma de uma imagem de um palhaço à esquerda e um texto à direita, compartilhada originalmente por um perfil do Facebook intitulado “Campanha rir para não chorar”, dizia o seguinte, com letras maiúsculas e com a última frase em letras verdes: “Se todos brasileiros reagissem contra a corrupção da mesma maneira que se indignaram com o caso da enfermeira que matou o Yorkshire, com certeza teríamos um país muito melhor. Corrupção também mata.”

Em primeiro lugar, essa afirmativa, além de demagogóide, é completamente falsa. Nós não teríamos um país muito melhor, assim como a reação do povo indignado com o caso da mulher que matou o Yorkshire não adiantou nada, pois a mulher recebeu apenas uma multa, além de ter deixado de ser ré primária.

Em segundo lugar, o povo já se indigna com a corrupção, principalmente toda vez que um caso de corrupção pinta nos noticiários (principalmente nos últimos anos, que o partido da situação é repudiado pelos donos dos meios de comunicação, algo que não ocorria na época do FHC, na qual a corrupção também havia, mas os meios de comunicação faziam vista grossa e não noticiavam alguns indícios de irregularidades, pois os governos do PSDB e partidos afins são apoiados pelos donos dos meios de comunicação). Tal indignação por si só não adianta nada.

A segunda afirmação, escrita em letras verdes, também é falsa e demagogóide, pois até hoje, nunca, em nenhum lugar do mundo, foi emitido um atestado de óbito no qual a causa mortis do defunto foi corrupção.

Além do texto demagogóide, a figura do palhaço com cara de bunda à esquerda do texto é igualmente demagogóide. Virou um clichê botar figuras de palhaços e de pessoas com nariz de palhaço em mensagens protestando contra a corrupção, bem como em protestos em geral. Até quando ocorreu o caso do bullying à Geisy Arruda teve uns coiós com nariz de palhaço no campus da Uniban onde ocorreu o bullying, protestando contra sei lá o quê.

Mas então, como ter um país melhor e sem corrupção? Prender os corruptos resolveria o problema? Resposta: descobrir todos os casos de corrupção, abrir processo penal contra todos os corruptos (nas esferas federal, estadual e municipal, no executivo, no legislativo e no judiciário) e condená-los à prisão por um tempo proporcional aos crimes que cometeram seria uma solução eficiente, mas não eficaz, porque político corrupto é igual a site de torrent de conteúdo ilegal, tira-se um do ar e aparecem outros.

A corrupção de alguns políticos (uma minoria deles, que faz um estrago enorme apesar disso) é um mero reflexo da nossa sociedade. O pessoal que é eleito para cargos políticos nada mais é do que pessoas como nós, parte da nossa sociedade que se candidata e é eleita pelo povo para seus respectivos cargos.

Uma boa parcela do povo, sempre que possível, tira vantagem sobre alguém ou outros das mais diversas maneiras. Ao acharem carteiras perdidas, ainda com a identificação dos donos, não as devolvem e se apoderam de seu conteúdo. Ao pegarem emprestado livros, CDs, jogos de XBOX 360, objetos diversos, dão um jeito de não devolverem o artefato em questão. Ao venderem morango na feira, botam adoçante nos morangos a serem servidos aos eventuais trouxas que irão comprar a mercadoria para parecer que o morango é mais docinho a fim dos trouxas adquirirem os morangos pensando que eles são realmente docinhos. Ao venderem carne no açougue, botam carne bonita na vitrine e empurram sebo aos compradores após estes comprarem a carne. Ao fazerem o policiamento nas ruas, aceitam propina (ou até propõem receber propina) de traficantes e outros que estão fazendo algo fora da lei.

Isso ocorre devido a uma pseudocultura que diz que o mundo é dos espertos, a famigerada lei de Gerson, que diz que se deve levar vantagem em tudo, a cultura do “tirei o meu da reta, então foda-se”. O chefe não vai descobrir que eu estou acessando a Internet para fins alheios ao trabalho em pleno horário de expediente? Então que se dane, eu vou acessar! Ninguém tá vigiando os comes e bebes de um coffee-break alheio? Eu vou é encher a pança! Não vai dar em nada se eu empurrar os outros e passar na frente desses outros ao embarcar na estação Sé, na hora do rush? Então dá-lhe cotovelada e empurrão! Não há fiscalização a respeito de jogar lixo nas ruas da cidade? Então tome bituca/papelzinho de bala/casquinha de sorvete/panfleto/outras porcarias no chão, e depois a culpa é do Kassab (substitua o Kassab pelo prefeito da sua cidade, caso não resida na capital paulista) que não limpa os bueiros (que não foi ele que sujou, mas que se dane) e não faz as obras necessárias para conter as enchentes! E por aí vai…

E isso não ocorre apenas no Brasil, o famoso jeitinho brasileiro é, na verdade, jeitinho mundial. Países como Nigéria, Rússia, Índia, Itália e até os Estados Unidos são acometidos pelo jeitinho mundial por parte de seus respectivos povos. E a corrupção política também rola nesses países todos, teve uma vez que deu no Jornal Nacional, há uns anos atrás, a descoberta de um escândalo de corrupção em não sei em que governo no qual descobriram até pagamento de implante de silicone para a namorada do corrupto, tudo com dinheiro público. E a corrupção se estende até para fora da esfera política: um caso vergonhoso de combinação de resultados em competições futebolísticas na Itália em 2006 acabou em pizza (me parece que apenas um time foi rebaixado para a segunda divisão e de resto, ficou por isso mesmo) e há atualmente indícios de corrupção na FIFA.

A solução para o fim da corrupção, ainda que utópica, seria uma reforma da sociedade mundial (ou pelo menos da brasileira, se a intenção é apenas acabar com a corrupção do nosso país), uma mudança de mentalidade partindo de cada um de nós individualmente, com cada um de nós deixando de dar uma de espertos em cima dos outros. Se isso hipoteticamente acontecesse, ainda que os políticos corruptos não fossem presos, os mesmos, com uma mudança em suas mentalidades, deixariam de ser corruptos, devolvendo o que roubaram (caso seja possível) e não praticando mais seus delitos.

Claro que isso é tão fácil de acontecer quanto o Corinthians ganhar duas Libertadores em um mesmo ano e mais fácil ainda do que o Padre Quevedo admitir que o Inri Cristo é a reencarnação de Jesus (e o mesmo brigar com o parapsicólogo dizendo que não é o Jesus reencarnado, e sim um sósia lunático). Ainda assim, convido a você, seja um adepto da lei de Gerson ou não, a refletir acerca dos impactos das pequenas passadas de perna em outros na sociedade em geral. E peço para, se possível, deixar de ser um adepto da lei de Gerson, deixar de se dar bem em cima dos outros de forma desonesta com uma bela duma Troll Face na cara, abandonar a mentalidade de que o mundo é dos espertos. Sempre é tempo de mudar para melhor e deixar de repetir os erros do passado, como eu mesmo fiz e venho fazendo a cada erro que eu percebo que eu cometi. Eu mesmo, há anos atrás, já dei um jeito de passar na frente na fila do correio (e a fila era gerenciada por meio de senhas eletrônicas). Hoje eu sei que isso é ruim para todos que esperam nas filas do correio, até mesmo para mim, já que isto legitima outras pessoas a passarem na minha frente.

Vou encerrando este post com um link que achei na Internet que fala acerca da corrupção em países ricos, mais precisamente nos Estados Unidos, para verem que não é só nos países pobres como o nosso que a corrupção é uma praga. Segue o link:

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-corrupcao-nos-estados-unidos

Até o próximo post, que será postado não sei quando!

Obtendo o Debian (ou outras distros) usando o Jigdo

Posted in Tutoriais on 22/11/2011 by Allan Taborda

Desde Outubro de 2005, eu vendo pela Internet o Debian GNU/Linux, antigamente em CD (eram 14 CDs do Debian 3.1), posteriormente eu passei a vender também a versão em DVD e, com o aumento da quantidade de CDs nos quais o Debian é composto (atualmente são mais de 50, na atual versão 6.0), atualmente vendo apenas a versão em DVD, composta por 8 DVDs.

Cada vez que o projeto Debian lança uma atualização do conjunto de CDs/DVDs da distribuição, ou quando uma nova versão é lançada, lá vou eu baixar as novas imagens de instalação (atualmente, só as de DVD). Entretanto, eu não baixo tudo de novo quando sai uma atualização, ou mesmo quando é lançada uma nova versão. Eu utilizo o Jigdo para baixar as imagens ISO. Na minha opinião, o Jigdo é a melhor opção para obter as imagens de instalação do Debian (e de algumas outras distribuições também). E hoje, irei explicar como usar o Jigdo para baixar as imagens do Debian, aproveitando (ou não) partes de uma mídia de instalação mais antiga ou pacotes baixados anteriormente na hora de instalar atualizações de segurança da Internet, pelos repositórios do Debian.

O Jigdo trabalha da seguinte forma: ao invés dele baixar a imagem ISO propriamente dita, o Jigdo baixa os arquivos contidos na mesma, na sua maioria pacotes do Debian, e depois de baixar os arquivos, sempre de 10 em 10 (de 5 em 5 na versão para Windows), os adiciona a uma imagem ISO temporária que, ao término do download de todos os arquivos, se torna uma imagem ISO idêntica à que pode ser baixada dos servidores do Debian.

O Jigdo pode ser instalado no Debian/Ubuntu com o comando “apt-get install jigdo-file”, executando o mesmo com privilégios de root. Há também pacotes para outras distribuições, como o Fedora (consulte a documentação da distribuição em específico para saber como instalar o Jigdo) e até uma versão para Windows, que é meio bugada e eu não recomendo.

Uma vez instalado o Jigdo, para cada imagem ISO que quiser baixar, será necessário baixar dois arquivos, um com a extensão .jigdo e outro com a extensão .template, este sendo maior que o primeiro. Esses arquivos podem ser obtidos no site do Debian, na sessão de downloads dos arquivos para baixar o Debian com o Jigdo. Há também, em alguns repositórios na Internet, arquivos do Jigdo para versões antigas, para caso, por algum motivo, você precise de uma versão mais antiga do Debian.

O Jigdo é um programa em modo texto, mesmo na versão para Windows, que é executada pelo prompt de comando. Uma versão em modo gráfico chegou a ter seu desenvolvimento iniciado, mas não chegou a ser concluída. Na verdade, nem o Jigdo em modo texto é atualmente desenvolvido, visto que seu desenvolvedor encerrou seu desenvolvimento. Outros desenvolvedores atualmente trabalham num clone do Jigdo escrito em Python, que virá a substituir o Jigdo original.

Para executar o Jigdo, usa-se o comando: “jigdo-lite nomedoarquivo.jigdo”, com os arquivos .jigdo e .template no mesmo diretório que o comando é executado. Então, serão mostradas as informações acerca da imagem a ser gerada após os arquivos serem obtidos e aparecerá um prompt “files to scan”, neste prompt, você poderá informar o caminho de um diretório contendo pacotes do Debian, que pode ser inclusive o caminho do ponto de montagem do DVD, caso opte por usar um DVD já gravado do Debian (aí o caminho ficaria algo como /media/cdrom).

Eu costumo usar imagens ISO antigas para obter novas imagens ISO pelo Jigdo. Com um comando tipo “mount -t iso9660 -o loop imagem.iso /mnt/iso” (o diretório /mnt/iso deve ser previamente criado, e pode ser qualquer diretório, até mesmo um dentro do diretório de usuário, de preferência vazio), que deve ser executado com privilégios de root, é possível montar imagens ISO para que seu conteúdo possa ser escaneado pelo Jigdo, aproveitando os arquivos existentes nas mesmas.

Após escanear todos os diretórios desejados (eu escaneio o conteúdo de todas as imagens de DVDs antigas e mais o diretório /var/cache/apt/archives, onde ficam as atualizações de segurança baixadas pelo gerenciador de pacotes do Debian, e às vezes as imagens de DVD da versão i386 do Debian, caso eu tenha obtido essas primeiro e esteja obtendo a versão amd64 a fim de obter os novos pacotes que são comuns a ambas as versões), você pode dar Enter no prompt “files to scan”, o que fará o Jigdo a exibir o prompt perguntando de onde o restante dos arquivos deverá ser baixado. Você pode informar http://ftp.br.debian.org/debian/ e dar Enter, e então os arquivos restantes serão baixados, de 10 em 10, automaticamente do servidor brasileiro do Debian. Caso deseje baixar a partir do servidor estadunidense do Debian, substitua o “br” por “us” na URL anteriormente informada. Caso prefira o servidor alemão, substitua por “de”, caso prefira o servidor francês, substitua por “fr” e assim por diante. O servidor brasileiro costuma ser mais rápido para quem está situado no Brasil.

Ao final do download dos arquivos restantes, ou mesmo após escanear os diretórios, caso todos os arquivos tenham sido obtidos, a imagem ISO estará completa. Então, o Jigdo verificará a integridade da mesma, calculando seu checksum. Caso a imagem esteja íntegra (em 99% das vezes está), aparecerá a mensagem “Checksum matchs, image is good!” e a imagem estará pronta para ser gravada num DVD (ou num CD, caso seja uma imagem de CD, ou num disco BluRay, caso seja a imagem de BluRay, que só é distribuída pelo Jigdo ou por BitTorrent) ou usada para instalar o Debian numa máquina virtual.

O Jigdo, apesar de ter sido projetado especialmente para ser usado para obter imagens do Debian, pode ser usado para obter imagens ISO de outras distribuições, como o Fedora, caso haja a opção de baixar a distribuição pelo Jigdo, isto é, caso haja arquivos .jigdo e .template relativos às imagens ISO para serem baixados.

Então é isso. Caso tenha ficado com alguma dúvida do processo de obtenção de imagens ISO pelo Jigdo, escreva a mesma na sessão de comentários deste post.

O possível fim do CD

Posted in Música, Temas polêmicos on 07/11/2011 by Allan Taborda

Hoje eu irei comentar acerca de uma notícia recente que saiu na Internet em alguns sites de notícias, a notícia de que, no final de 2012, as gravadoras iriam deixar de lançar CDs, passando a vender música apenas por meio de download digital. Seria o fim da venda de música em mídia física praticamente, a não ser edições especiais de colecionador, como ocorre atualmente com o disco de vinil.

Há muita gente que já não compra mais CDs e prefere baixar as músicas de seus artistas preferidos pela Internet, seja em lojas de músicas on-line ou, na maioria das vezes, por “vias não-oficiais”, como os torrents e sites que oferecem discografias completas. Há outras pessoas que continuam a comprar CDs, mas muitas vezes pegam os CDs e convertem para MP3 (ou para outros formatos) a fim de ouvirem no computador ou no MP3 player (celular, iPod, etc), e em muitos casos, guardam o CD e acabam não mais o escutando, escutando apenas os MP3 copiados do CD. Outros ouvem os CDs mesmo, independente de copiarem as músicas para o PC ou não. E em muitos casos, o CD é obtido por “vias não-oficiais”, os chamados CDs piratas.

Por essas e outras, o CD muitas vezes é tido como um formato de distribuição de músicas obsoleto. Muitos já previam que um dia o CD ia deixar de existir, principalmente os nerds, que preferem tudo digital ao invés de gravado em mídia física, até filmes, que muitas vezes demoram horas para o download terminar e ainda faz o usuário ter o trabalho de buscar legenda em sites de legendas (e algumas vezes não achar as legendas, ou achar legendas fora de sincronia e/ou com erros de português), trabalho esse que não teria se comprasse o DVD/BluRay original.

E hoje, vi na Internet que as gravadoras, pelo fato do CD já não dar mais o lucro esperado, iriam disponibilizar os álbuns dos cantores e das bandas tudo por meio de download digital, por meio das lojas de músicas on-line. Só haveriam uns poucos lançamentos em CD, como edições de colecionador, vendidos pela Amazon e/ou alguma outra loja tipo a Amazon. Na verdade, as gravadoras ainda não se pronunciaram oficialmente acerca disso, parece que há apenas rumores disso acontecer.

Tem gente até comemorando que isto vai possivelmente acontecer, pessoas que ouvem apenas música baixada da Internet, dizendo que já sabiam que isto ia acontecer. Mas o fato é que, na minha opinião, o fato do CD deixar de existir pode acabar sendo algo muito ruim para muita gente que gosta de ouvir música, inclusive para os que preferem a música no formato digital. Vou explicar o porquê.

A maioria das lojas on-line de músicas vendem as mesmas com a chamada proteção contra cópia, que impede que você escute as músicas em outros dispositivos, como num MP3 player portátil ou outro computador, permitindo apenas escutar a música no dispositivo onde a compra foi feita, e/ou limita o número de cópias para apenas alguns dispositivos, e/ou força você a escutar a música apenas em determinados players de áudio, todos eles sendo softwares proprietários e de código-fonte fechado, muitas vezes tendo versão apenas para Windows, o que impossibilita escutar a música em players em software livre ou em distribuições GNU/Linux.

Como se isso não bastasse, muitas lojas on-line de músicas vendem as mesmas em formatos proprietários, como o WMA e o AAC, pois os mesmos suportam proteção contra cópia, ao contrário do MP3 ou do OGG. Por esses formatos serem fechados, sem documentação e/ou protegidos por patentes, apenas alguns players nos quais o fabricante possui acordo com o detentor dos direitos intelectuais sobre o formato de áudio possuem suporte aos mesmos. Outros podem até ter suporte, mas fazendo a implementação por meio de engenharia reversa e tentando não violar nenhuma patente, o que faz com que a implementação alternativa não seja tão boa quanto a original (apesar disso, há implementações alternativas que acabam se saindo melhores que as implementações oficiais).

Citei os que compram CDs e os convertem para MP3 (ou para outros formatos). Com o fim dos CDs, isto não irá mais poder ser feito e o usuário será forçado a usar o formato de áudio da loja de aplicativos. E provavelmente não vai poder converter para outro formato, já que haverá a proteção contra cópia. E como provavelmente algumas gravadoras terão seus lançamentos condicionados a apenas uma loja de músicas on-line devido a acordos de exclusividade, o usuário não irá poder escolher uma loja concorrente a fim de comprar a música de sua banda favorita.

Até os que baixam as músicas por “vias não-oficiais” sairão perdendo, já que esses “lançamentos não-oficiais” são originários de cópias de CDs, que não possuem proteção contra cópia.

Mas quem sairá perdendo mesmo serão os fãs do CD, que gostam de manusear a mídia física e olhar o encarte do CD, que gostam de olhar na caixinha a lista de músicas do CD e que são “ouvintes de música à moda antiga”. Pode parecer idiotice para alguns, sobretudo para os que preferem baixar as músicas pela Internet, mas para quem gosta do bom e velho CD, não há nada melhor do que o mesmo, ainda que o usuário por ventura também o copie para o PC. Eu mesmo sou um fã dos CDs, ainda que eu os copie (mas não os redistribua em cópias digitais) para meu notebook.

A música digital não tem tanta graça quanto um CD. Não tem nem encarte o bagulho. E nem dá para ostentar a coleção na parede utilizando suportes afixados na mesma ou outro lugar onde a coleção possa ficar armazenada. E não me venham dizer que a música digital pode ser gravada em CD virgem, pois a graça não é a mesma, tem tanta graça quanto um CD pirata sem encarte e de baixa durabilidade.

Se o CD fosse uma mídia física de baixa durabilidade (como as fitas cassete) ou de manuseio difícil (como os discos de vinil, que também possuem sua legião de fãs e que existe até hoje, principalmente em edições de colecionador), ainda poderia ser um motivo para os CDs terem sua fabricação descontinuada, mas esse não é o caso.

Espero que essa notícia não se confirme e que, no futuro, eu ainda possa comprar CDs das minhas bandas e cantores favoritos. Se a notícia se confirmar, será uma grande perda para os amantes da música.